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4

Jornal

da

Setembro

| Outubro

2007

Matéria

de

capa

Alerta contra

"apagão

na saúde"

A

Associação

Médica

Brasileira,

representada

pelo

presidente

José

Luiz

Gomes do Amaral, participou, no dia 14 de

agosto,

em

Brasília,

de

ato

público

promovido

pela

Frente

Parlamentar

da

Saúde, com o objetivo de alertar o governo

para

um

possível

“Apagão”

na

área

da

saúde.

O

movimento

pleiteia

a

regulamentação

da

Emenda Constitucional

29,

conhecida

como

emenda

da

saúde

ou

PEC

29,

que

garante

recursos mínimos

para

o

setor,

e

também

a

imediata

atualização

na Tabela

do SUS, que não é reajustada há dez anos.

A

mobilização,

que

reuniu

cerca

de

550

pessoas, entre elas

líderes e

representantes

de

entidades

ligadas

ao

setor

de

saúde,

teve

início

às

17h00

com

uma

concentração

na Câmara

dos Deputados.

De

lá,

os

participantes,

portando

velas

acesas,

seguiram

em

caminhada

até

o

Palácio

do

Planalto,

onde

lideranças

do

movimento

foram

recebidas

pelos

ministros

de

Relações

Institucionais,

Walfrido dos Mares Guia, e da Saúde,

José

Gomes Temporão.

Ao

deixar

o

Palácio

do

Planalto,

o

presidente

da AMB,

José

Luiz Gomes

do

Amaral,

informou que Walfrido dos Mares

Guia

se

comprometeu

a

conversar

sobre o

assunto

com o presidente Luiz

Inácio Lula

da Silva

e

os ministros

da Fazenda, Guido

Mantega,

e

do

Planejamento,

Paulo

Bernardo.

“O

foco

principal

da

manifestação

foi

a

r e g u l a m e n t a ç ã o

d a

E m e n d a

Constitucional

29,

mas

existe

outra

questão.

A

sua

aprovação

ocorreu

em

2000. Desde então, o orçamento da Saúde

triplicou.

E

aonde

foi

esse

dinheiro? Não

houve

reflexo

na

tabela

do

SUS.

Por

que

estamos

então

pleiteando

melhorias

no

orçamento? Não

deveríamos,

ao

defender

a

Emenda,

defender

também

a

sua

aplicação?,

questiona

o

presidente

da

AMB, José Luiz Gomes doAmaral.

Após

o

encontro

com

as

lideranças,

o

ministro

da

Saúde,

José

Temporão,

demonstrou

o

seu

envolvimento

com

o

movimento, defendendo a

importância da

regulamentação da Emenda 29.

“Enquanto

não

se

definir

com

clareza

o

que

são

ações

e

serviços

de

saúde,

vai-se

ficar no arbítrio e na avaliação sutil de cada

Tribunal

de

Contas

estadual.

Com

essa

regulamentação

vai-se

ter

a

clareza

absoluta

do

que

deve

estar

dentro

dos

12%,

no

caso

dos Estados,

e

dos

15%,

em

FOTOS: M[ARCIO ARRUDA/CFM

relação

aos

municípios”,

afirmou

Temporão.

O

ministro

disse

acreditar

que

a

regulamentação

tornará

mais

práticos

o

planejamento

e

a

sustentabilidade

econômica

do

sistema

público

de

saúde,

emmédio e

longo prazo.

“A regulamentação permitirá que o sistema

seja planejado na medida em que

se

sabe o

montante de

recursos

com que

se

contará.

Isso

é

fundamental

para

se

planejar

uma