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Jornal

da

8

Setembro

| Outubro

2007

Política médica

Ministro

debate

crise

com

lideranças

médicas

Lideranças

médicas

nacionais

estiveram

reunidas no

dia

23

de

agosto,

em Brasília,

com

o

ministro

da

Saúde,

José

Gomes

Temporão

(foto). O

assunto

principal

do

encontro

foi a crise no

setor de

saúde, com

a

paralisação

de

profissionais,

em

várias

capitais da

região Nordeste, especialmente

emAlagoas e na Paraíba.

“Apresentamos

ao

ministro

um

relato

completo

de

tudo

o

que

ocorria

nessas

regiões”,

afirmou

o

presidente

da

AMB,

José

Luiz

Gomes

do

Amaral,

que

participou do encontro.

Amaral

relatou que na Paraíba nem

todos

médicos

participaram do movimento, mas

apenas

um

grupo,

sem

vínculo

com

SUS

que

prestava

serviços

regularmente

ao

Sistema.

No

mês

de

junho,

esse

grupo

notificou

a

Secretaria

de

Saúde

sobre

a

impossibilidade

de

continuar

trabalhando

de

acordo

com

a

remuneração

que

vinha

sendo

paga.

Trinta

dias

antes

da

interrupção dos

trabalhos,

a Secretaria

foi

novamente

notificada

da

decisão,

porém

nenhuma posição

foi repassada ao grupo.

“Ou

seja,

a

Secretaria

foi

omissa

em

três

aspectos:

ao

não

estabelecer

diálogo

com

os

médicos;

ao

não

tomar

medidas

para

evitar

a

falta

de

assistência

à

população

e

a o

v e i c u l a r

q u e

a

c u l p a

e r a

responsabilidade

dos

médicos,

quando

a

crise

foi

ocasionada

pela

omissão

da

própria

Secretaria”,

relatou

Amaral

ao

ministro.

Amaral

também

fez

questão

de

esclarecer

outro

fato

ocorrido no Estado

-

a morte

de

uma

paciente,

creditada

à

falta

de

assistência. Segundo

sindicância

instaurada

pelo

Conselho

Federal

de

Medicina,

apurou-se que a paciente havia sido operada

e

que

o

óbito

havia

ocorrido

durante

sua

transferência

para

o

hospital,

não

configurando,

portanto,

falta

de

assistência à paciente.

“É

preciso

ficar

claro

que

tempos

os

médicos

vêm

denunciando

as

más

condições

de

trabalho.

Não

houve

movimento

de

greve

e

sim

demissão.

Ninguém

é

obrigado

a

trabalhar

em

condições

que

não

lhes

satisfaçam”,

acrescentouAmaral.

No

sentido de evitar novas crises,

também

foi

solicitado

ao

ministro

que

a

agenda

conjunta

de

trabalho

do

Ministério

da

Saúde

com

as

entidades médicas, definida

em

reunião

realizada na

sede da AMB, em

abril

deste

ano,

deve

ser

imediatamente

implementada,

com

prioridade

para

os

seguintes

pontos:

a

construção

de

um

plano de cargos e carreira no SUS; Código

7;

definição

de

um

piso

salarial

para

médicos e

reajuste na Tabela do SUS, além

de

maior

financiamento

para

o

setor.

Outros

dois

aspectos

também

foram

debatidos

com

Temporão:

o

programa

de

interiorização

do

médico

e

a

capacitação para Programas do SUS.

Além

do

presidente

José Luiz Gomes

do

Amaral,

o

tesoureiro

da

AMB,

Luc

We c k x ,

t amb ém

p a r t i c i p o u

d a

audiência.

Conselheiros

e

o

presidente

Edson

Andrade

representaram

o

Cons e l ho

Fede r a l

de

Med i c i na ,

enquanto que a

Federação Nacional dos

Médicos

fez-se

representada

por

seu

presidente, Eduardo Santana.

FOTOS: MÁRCIO ARRUDA/CFM

O Movimento Médico

no Nordeste

Estado

Alagoas

Bahia

Ceará

Pernambuco

Paraíba

Rio G. Norte

Situação Atual

Reajuste

de

39,3%

em

cinco

parcelas,

aumentando

o

piso

para R$

1.414,00

Reivindicação

atendida

Em

negociação

Paralisação

Desvinculação

do SUS

R$

1.900,00

de

piso

(20

hs/semana)

+

gratificação

de

plantão,

além

de PCCS

a

partir

de

Janeiro

/

2008

Aumento

para R$

4.000,00

Assinado

termo

de

ajustamento

de

conduta

O

Estado

repassará

ao Município

60%

do

adicional

e

pagará

os

atrasados.

Pleito

Reajuste

de

50%

no

piso

de

20

hs/semana

Suspensão

do

corte

de

25%

do

teto

de

atendimento

a

clínicas

e

hospitais

privados

conveniados

ao SUS

Serv. municipais

Piso de R$ 3.400

(20 hs/semana) + PCCS

Cirurgiões Cardiovasculares

Recebimentopela CBHPM

Anestesiologistas

Recebimento pela CBHPM

Piso

de R$

2.161,00

(20

hs/semana)

+PCCS

PSF

(J. Pessoa)

Reajuste

salarial

para R$

4.500,00

Cirurgiões

250%

de

reajuste

nos

procedimentos

Ortopedistas

Repasse

e

pagamento

do

adicional

à

tabela

dos SUS

atrasado