Jornal
da
9
Setembro
| Outubro
2007
AMB
no
encontro
de
Secretários
do
Nordeste
O
presidente
da AMB,
José Luiz Gomes
do
Amaral,
participou,
no
dia
11
de
s e t emb r o ,
em
Fo r t a l e z a
(CE ) ,
juntamente com as entidades médicas do
Nordeste
(Associações
Médicas,
Conselhos
Regionais
e
Sindicatos)
de
reunião
com
os
secretários municipais
e
estaduais
de
saúde
da
região
(foto)
para
debater
os
problemas
enfrentados
pelo
sistema público de saúde, principalmente
no que diz
respeito à defasagem da
tabela
de
remuneração
do
Sistema
Único
de
Saúde
(SUS)
e
ao
financiamento
destinado ao setor.
De
acordo
com
a
Carta
do
Nordeste
(pode
ser
acessada
na
íntegra
em
www.amb.org.br),
documento
redigido
após
o
encontro
e
encaminhado
ao
ministro
da
Saúde,
José
Gomes
Temporão, médicos e gestores pedemque
60%dos R$ 2 bilhões descontingenciados
pelo
Ministério
da
Fazenda
no
início
deste mês
sejam
destinados
ao
reajuste
dos procedimentos, principalmente os de
média
complexidade,
e
o
restante
seja
utilizado
para
o
aumento
dos
limites
financeiros dos Estados
e municípios, de
forma
a
diminuir
as
desigualdades
existentes entre as regiões. ACarta ainda
propõe, a
fim de
tentar
sanar a crise, que
seja
aplicado
por
todo
o
País
o
valor
mínimo
de
R$
130,00
per
capita,
a
utilização
da
CBHPM
como
parâmetro
para
reestruturar
a
tabela
do
SUS,
a
construção e
implementação do Plano de
Carreira,
Cargos
e
Salários
(PCCS)
em
nível
federal
e
a
volta
do
Código
7,
mecanismo que
remunera diretamente o
profissional. Por
fim, pedem
a
aprovação
e a regulamentação da EC 29.
O
presidente
da
AMB
destacou
dois
pontos
fundamentais que culminaramna
crise pela qual passa a
saúde do Nordeste
e
no
início
das
reivindicações. Primeiro,
os médicos nordestinos
trabalham quase
que exclusivamente para o SUS, uma vez
que
apenas
9%
da
população
é
conveniada
a
algum
plano.
Segundo,
a
região
recebe poucos
investimentos para
o
setor. Outro
ponto
frisado
por Amaral
refere-se
à
aproximação
entre
gestores
e
médicos.
Segundo
ele,
ambos
devem
trabalhar
juntos,
uma
vez
que
têm
o
mesmo
objetivo.
"Ao
longo
do
tempo,
houve
um
afastamento
entre
os
dois,
o
que
precipita
as
crises
e
dificulta
uma
solução",
disse.
O
presidente
da
AMB
ressaltou
ainda
que
de
2000
para
cá,
o
orçamento
da
Saúde
triplicou, mas
não
houve
reflexos no SUS.
"A
remuneração
dos
médicos
continua
a
mesma,
continuamos
sem o PCCS, e o Código 7,
que
era
a
única
forma
de
remuneração
direta,
foi
extinto.
Isso
faz
com
que
os
médicos se sintam alijados da proposta de
assistência à saúde no Brasil", declarou.
Reajuste
Quinze
dias
após
o
encontro
no
Nordeste,
o
ministro
da
Saúde,
José
Gomes Temporão,
anunciou
a
liberação
de R$ 1,2 bilhão para o
reajuste de
cerca
de mil procedimentos da
tabela do SUS e
o
aumento
do
teto
financeiro
(limite
de
gastos)
em
todo
o
país.
O
reajuste
da
tabela e os novos
tetos passaram a vigorar
para
os
serviços
prestados
a
partir
de
1º
de
setembro.
O
impacto dos
recursos
anunciados
pelo
ministro
será
de
R$
3,6
bilhões
no
orçamento
de
2008
em
todo
o
país. O
reajuste
médio
desses
procedimentos,
cujos
valores
se
achavam
muito
defasados
-
acumulou
entre 1994
e 2002
uma defasagem de 110%
-
ficou em cerca
de
30%,
gerando
um
impacto
global nos
valores
pagos
a
hospitais,
ambulatórios,
serviços
de
diagnóstico
e
tratamento,
e
profissionais médicos
em
torno
de
20%.
Um
dos
principais
itens
da
tabela
que
sofreu
reajuste
foi
a
consulta
médica,
comumaumento de 32,4%.
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