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EDIÇÃO ESPECIAL |

Setembro - Outubro de 2015

Esse episódio foi marcado pela união

das entidades médicas brasileiras,

capitaneadas pela AMB. Foi funda-

mental para pressionar as autorida-

des no sentido de alertá-las para o

equÍvoco que estava prestes a acon-

tecer.

Rafael K. Vasconcelos – Presidente

da Associação Catarinense de Me-

dicina

A AMB conseguiu mobilizar a classe

médica e, com muita clareza, de-

monstrou ao governo e deputados

a importância da atuação das en-

tidades médicas na homologação e

estabelecimento de critérios para as

especialidades médicas em conjunto

com as Sociedades de Especialidade.

João Carlos Gonçalves Baracho  -

Presidente da Associação Médica do

Paraná 

Depois de o governo tentar, mais

uma vez, cumprir promessas de

campanha na saúde, aumentando

o número de médicos especialistas,

a AMB reuniu entidades médicas e

levou a questão para a Câmara dos

Deputados,conseguindo sensibilizar

os parlamentares para modificar o

texto do decreto. Como estava, tra-

ria péssimas consequências à saúde

brasileira. 

Eleuses Paiva – 1º Vice-presidente da

AMB e ex-deputado Federal

A AMB conduziu de maneira clara e

transparente esse processo que con-

ta, além das suas federadas e espe-

cialidades, com médicos residentes e

estudantes de medicina, culminando

com a melhor maneira de qualificar

o profissional de medicina no país.

Nivio Lemos Moreira Júnior - Dire-

tor de Relações Internacionais da

AMB

É uma grande vitória da AMB, mas

o maior vitorioso foi o paciente que

ainda poderá confiar no especialista

qualificado pela AMB e não certifica-

do por interesses políticos do decreto,

sem observar a qualidade do médico.

Giovanni Cerri – Diretor Científico

da AMB

A ação imediata da AMB foi funda-

mental no movimento que revogou

este decreto espúrio e covarde para

a medicina brasileira. O empenho da

AMB, CFM, federadas e suas especia-

lidades foi responsável pela maior

vitória da medicina brasileira dos

últimos anos.

Emílio Cezar Zilli – Diretor de Defesa

Profissional da AMB

Brasília

no site da instituição, assinada

pelo próprio ministro, dando

pouca importância para as re-

clamações, reafirmando que o

decreto estava correto e, o pior,

claramente querendo encon-

trar cúmplices para o crime que

estava cometendo contra a saú-

de do Brasil. “As entidades mé-

dicas participaram do processo

de discussão da proposta”, di-

zia a nota. Obviamente não era

verdade.

Verdade “Flexível”

Era mais uma tentativa do go-

verno de confundir a opinião

pública e a sociedade brasilei-

ra, como tem feito desde o iní-

cio do Mais Médicos, quando

sob o pretexto de desinteresse

dos médicos brasileiros, trou-

xe médicos estrangeiros para,

sem o Revalida e sem tradução

do diploma, atender a popula-

ção brasileira. Conforme o in-

terlocutor, o governo mudava o

discurso. Para quem usa o SUS,

bradava aos quatro ventos que

trouxe médicos para atender a

população até então desassisti-

da. Mas, juridicamente, chama-

va os cubanos e demais estran-

geiros de intercambistas, numa

clara e rasteira burla das regras

do jogo.

Não se trata de uma mera ade-

quação de linguagem para tra-

tar com públicos diferentes. É

estratégia jurídica para não ter

que cobrar tradução de diplo-

ma, nem Revalida dos profissio-

nais cubanos, isentá-los de im-

posto de renda e não contribuir

com a previdência social. Com

isso, profissionais estrangeiros

trabalham há mais de dois anos

no País sem pagar impostos.

A única certeza que a popula-

ção brasileira tem de que são

realmente médicos é o fato de

participarem de um programa

do governo que se chama Mais

Médicos. Enquanto isso, o go-

AMB teve o grande papel agregador

das sociedades médicas não faci-

litando em nada e sendo intransi-

gente, dentro da ética e da moral, na

defesa do melhor atendimento aos

pacientes.

Antonio Carlos Lopes – Presidente

da Sociedade Brasileira de Clínica

Médica.