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EDIÇÃO ESPECIAL |
Setembro - Outubro de 2015
Foi positiva a mobilização dos
médicos, AMB, CFM e entidades de
classe. Conseguimos um consenso
que atende o objetivo da AMB que
é formar especialistas de melhor
qualidade.
Antonio Jorge Salomão - Secretário-
Geral da AMB
Vi de forma bastante positiva, pois
há muito não acontecia uma união
tão grande da classe em prol de
um objetivo comum. Essa união
produziu o resultado desejado e por
isso parabenizo toda a diretoria da
AMB e aos demais presidentes de
especialidades.
Ariovaldo Ribeiro Filho – Presidente
da Associação Médica Homeopática
Brasileira
Esse governo agiu pautado pela
política de baixo nível, tentando
manobrar a sua conveniência, a
outorga de título das especialidades.
Esse grupo pertinaz voltará a
manobrar
insidiosamente
em
detrimento da medicina de alta
qualificação.
Prado Neto – Presidente da Socieda-
de Brasileira de Cirurgia Plástica
A medicina brasileira sentiu-se mais
uma vez ultrajada e desrespeitada
com o Decreto 8497. A resposta
imediata das nossas instituições,
rejeitando esta ingerência e lutando
pelos nossos direitos, denota que
estamos atentos e não aceitamos
esta campanha de desvalorização da
nossa categoria.
Antônio Geraldo da Silva. - Presi-
dente da Associação Brasileira de
Psiquiatria - ABP
A AMB e sua diretoria tiveram uma
conduta da qual esperamos de uma
liderança de sua importância e re-
presentatividade. Mobilizaram todas
as Sociedades de Especialidade para,
juntas, combater uma grave ameaça
a todos os médicos do Brasil.
Regina Helena M. F. Chueire -
Presidente da Associação Brasileira
de Medicina Física e Reabilitação
A AMB desempenhou papel crucial
na reestruturação da lei de Cadastro
de Especialistas. Unida ao CFM e à
CNRM, teve revertida uma situação
que certamente incorreria em
prejuízo à qualidade da assistência
prestada à população brasileira.
Lavinia Schuler-Faccini - Presidente
da Sociedade Brasileira de Genética
Médica
Representantes de entidades médicas reunidas com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
verno brasileiro guarda a sete
chaves as informações sobre o
convênio com a Opas, organi-
zação que junto com o gover-
no cubano fica com quase 70%
dos recursos desembolsados
pelo Mais Médicos. No próprio
evento de comemoração de dois
anos do programa, o ministério
falou em uma população de 63
milhões de pessoas atendidas
pelos 18.240 mil médicos con-
tratados desde meados de 2013.
Infelizmente, essa conta do mi-
nistério não bate. Se batesse,
com os atuais mais de 400 mil
médicos que existem no Brasil,
seria possível atender pratica-
mente toda a Europa, os EUA e
a América do Sul. Os números
estão errados ou é licença poé-
tica para ação de marketing
político? Será má-fé ou é uma
confissão da visão do governo
de que a população dessas áreas
atendidas pelo programa neces-
sita de menos médicos por mil
habitantes do que a do restante
do País?
Seja qual for a justificativa, ficou
claro mais uma vez que as infor-
mações repassadas pelo governo
precisam ser sempre muito confe-
ridas, caso não se queira comprar
gato por lebre. Com distorções em
dados tão simples de serem checa-
dos como esses, fica cada dia mais
difícil acreditar em outras infor-
mações repassadas pelo governo,
embasadas por dados que somente
o próprio governo possui e que não
divulga por completo. É cada vez
menor a legitimidade de projetos e
ações do Ministério da Saúde, cria-
dos a partir de premissas extraídas
de dados sem transparência e sem
que haja possibilidade de checa-
gem, e isso é crítico para a saúde
do País. Cada vez mais, o governo
decide ideologicamente o que quer
fazer e depois constrói números
para justificar a decisão tomada.
E quem questiona esse processo é
logo rotulado de corporativista ou
acusado de não estar preocupado
coma saúde da população.
Defendendo a
causa e a classe
Na relação com as entidades mé-
dicas, há muito tempo o ministé-
rio já vinha adotando discursos
diferentes para o mesmo tema,
conforme a entidade com a qual
se reunia, nitidamente com o in-
tuito de minar o ambiente dos
debates e colocar uma entidade
contra a outra. Diante dessa que-
bra de confiança, não restoualter-
nativa à AMB e demais entidades
médicas a não ser declarar que