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JAMB

7

SETEMBRO/OUTUBRO DE 2003

Conselho Científico da

AMB, formado por repre-

sentantes das Sociedades

de Especialidade, se reuniu no dia

27 de agosto, na sede da entidade,

em São Paulo. Na pauta da reunião,

dois assuntos centrais: perspectivas

sobre a aplicação da Classificação

Brasileira Hierarquizada de Proce-

dimentos Médicos (CBHPM) e o

projeto de recertificação dos títulos

de especialista emitidos pela AMB

em conjunto com as Sociedades de

Especialidade.

O presidente da AMB, Eleuses

Vieira de Paiva, deu início à

reunião fazendo um relato sobre os

últimos acontecimentos em relação

à aplicação da CBHPM. Paiva

revelou que já se reuniu com os

responsáveis da Associação Brasi-

leira de Medicina de Grupo (Abran-

ge), Federação Nacional das Em-

presas de Seguros Privados e de

Capitalização (Fenaseg), União

Nacional das Instituições de Auto-

gestão em Saúde (Unidas), Brades-

co, Sul America e Unimed.

Segundo o presidente, a todos

foi apresentada a CBHPM, detalha-

da a metodologia de trabalho apli-

cada pela Fundação Instituto de

Pesquisas Econômicas (Fipe) para

identificar os procedimentos médi-

cos e classificá-los (resumidamen-

te, segundo o custo, o tempo gasto

e o grau de qualificação exigido do

profissional), e apresentados os

motivos dos médicos para reivin-

dicar sua aplicação pelas operado-

ras de planos de saúde. “Pedimos

para que todos se posicionem,

negativa ou favoravelmente, a

respeito do nosso trabalho”, desta-

cou o presidente da AMB.

Para Paiva, as negociações

caminham bem, principalmente em

relação à Unidas. “A conversa com a

Unidas foi proveitosa. Há boas

chances de aceitação. Coma Fenaseg

idem. Demonstraram que não estão

dispostos a se indispor com a classe

médica”. Em relação à Abramge,

afirmou que novas reuniões estão

marcadas visando a negociação.

Eleuses Paiva afirmou que

continuará insistindo na aplicação

da CBHPM pelas operadoras de

planos de saúde durante o Fórum

de Saúde Suplementar promovido

pelo Ministério da Saúde. Infor-

mou ainda que será criado pela

AMB um fórum permanente de

discussão sobre a Classificação e

sua aplicabilidade. “Passadas as

eleições nos Conselhos Regionais

de Medicina, temos que fazer

agora uma grande mobilização

para implantá-la”, afirmou.

Recertificação

A segunda parte da reunião do

Conselho Científico foi dedicada

à exposição do projeto do Diretor

Conselho Científico aprova

proposta de recertificação

Prezados Colegas,

O PLS 25/2002, que regulamenta o Ato Médico, encontra-se

na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal desde

dezembro do ano passado. Desde então foram nomeados dois

relatores, sendo que o último (senador Antero Paes de Barros, do

PSDB/MT) foi obrigado a declinar por ter assumido a relatoria

da CPI do Banestado.

Durante todo este período foram realizadas várias reuniões com

entidades de outras profissões da área da saúde, na busca de

esclarecimentos a respeito das críticas feitas ao projeto de lei.

Houve avanços, mas ainda persistem algumas incompreensões e

rejeições ao projeto. As entidades médicas nacionais não fogem

dos debates, ao contrário, temos provocado alguns deles.

No entanto, o PLS 25/2002 continua “parado” na Comissão.

Enquanto as audiências públicas não forem marcadas, não haverá

andamento para a aprovação definitiva do projeto.

Nesse sentido, a Comissão Nacional de Defesa do Ato Médico,

composta por representantes das quatro entidades nacionais,

reuniu-se no último dia 7 de agosto e deliberou pela retomada da

mobilização da classe nos Estados, através do corpo a corpo com os

senadores dentro de suas respectivas bases eleitorais. É fundamen-

tal a sensibilização destes parlamentares pelas entidades médicas de

seus Estados, pois esta é a única forma de garantirmos a pressão

suficiente para que o projeto de lei saia da “gaveta”. Só a pressão

dos senadores viabilizará a convocação das audiências públicas na

Comissão.

Para tanto, estamos reiterando aos colegas que marquem as

audiências com os senadores em seus Estados, levando os docu-

mentos que fundamentam a necessidade e a justeza da aprovação

do PLS 25/2002.

Saudações,

Científico, Fábio Biscegli Jatene,

sobre a recertificação dos títulos de

especialista emitidos pelaAssocia-

ção Médica Brasileira. “A certifi-

cação é o atestado de competência

do profissional. A recertificação é

a garantia da atualização constante

de técnicas e conhecimentos”,

afirmou Jatene.

O projeto, baseado em experiên-

cias realizadas em outros

países, embora

ainda sem meto-

dologia definida,

prevê prazo de

validade de cinco

anos para os

títulos.

A recertifi-

cação também

poderá levar em

consideração a

soma de crédi-

tos conseguidos

em diversas ati-

vidades profis-

sionais (testes, participação em

congressos e palestras reconhe-

cidos pelas especialidades, e

outros métodos de acompanha-

mento educacional).

Na reunião foi aprovado, por

unanimidade, que todas as Socie-

dades instituirão a recertificação,

tendo o título validade de cinco

anos, além da criação de uma

Comissão encarregada de ela-

borar os detalhes operacionais do

programa.

A Comissão será composta por

representantes de Sociedades que

já vêm desenvolvendo programas

de recertificação semelhantes ao

proposto por Fábio Biscegli

Jatene. Desta maneira, irão com-

por a Comissão um representante

das seguintes

Especialidades:

Alergia

e

I m u n o l o g i a ,

C a r d i o l o g i a ,

Cirurgia Diges-

tiva, Cirurgia

Plástica, Gine-

cologia, Orto-

pedia e Trau-

m a t o l o g i a ,

Otorrinolarin-

gologia, Patolo-

gia Clínica e

Urologia, mais

dois representantes do Conselho

Federal de Medicina. Pela Asso-

ciação Médica Brasileira, os

representantes serão o Diretor

Científico, Fábio Jatene, o primei-

ro secretário, Aldemir Humberto

Soares, e o coordenador do

Projeto Diretrizes, Wanderley

Marques Bernardo.

Dr. Héder Murari Borba

Presidente Fenam

Dr. Eleuses Vieira de Paiva

Presidente AMB

Dr. Edson de Oliveira Andrade

Presidente CFM

Dr. Ricardo Albuquerque Paiva

Presidente CMB

O PLS 25/2002, que regulamen-

ta o Ato Médico, encontra-se na

Comissão de Assuntos Sociais do

Senado Federal desde dezembro do

ano passado. Durante todo este

período foram realizadas reuniões

com entidades de outras profissões

da área da saúde, na busca de escla-

recimentos a respeito das críticas

feitas ao projeto de lei. Houve avan-

ços, mas ainda persistem algumas

incompreensões e rejeições ao

projeto.As entidades médicas nacio-

nais não fogem dos debates, ao con-

trário, têm provocado alguns deles.

Enquanto as audiências públi-

cas não forem marcadas, não

Ato Médico depende

de regulamentação

Fábio Jatene: proposta de recertificação

Eleuses Paiva: implantação da CBHPM

“A recertificação

é a garantia

da atualização

constante

de técnicas

e conhecimentos”

Fábio Jatene

haverá andamento para a aprova-

ção definitiva do projeto. Em fun-

ção disso, a Comissão Nacional de

Defesa do Ato Médico, composta

por representantes das quatro

entidades médicas nacionais,

reuniu-se em agosto, e deliberou

pela retomada da mobilização da

classe médica nos Estados, por

meio “do corpo a corpo” com os

senadores dentro de suas respecti-

vas bases eleitorais, divulgando

apelo às entidades médicas (abai-

xo) visando sensibilizar estes

parlamentares, pois esta será a úni-

ca forma de garantir que o projeto

de lei prossiga em sua tramitação.