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JAMB

SETEMBRO/OUTUBRO DE 2003

5

lém da Classificação

Brasileira Hierarquizada

de Procedimentos Médi-

cos (informações detalhadas na

página 6), outros três assuntos

também fizeram parte da pauta da

reunião do Conselho Deliberativo

da Associação Médica Brasileira,

realizada no dia 5 de setembro, em

Curitiba, que contou também com

a participação de membros da dire-

toria executiva do Conselho Fede-

ral de Medicina: Escolas Médicas,

Seguro de Responsabilidade Civil

e Projetos de Lei da área da saúde.

Coube ao consultor parlamentar

da AMB e do CFM, Napoleão

Salles, a apresentação dos princi-

pais projetos de lei envolvendo a

área da saúde. Ele exibiu 10 proje-

tos que tramitam na Câmara - como

por exemplo, o PL nº 5216/2001,

de autoria do deputado Alberto

Fraga, que permite que profissio-

nais de fisioterapia e terapia

ocupacional realizem ou solicitem

exames clínicos e radiológicos -

detalhando teor, implicações e

atuais estágios de andamento.

O 2º vice-presidente da AMB,

Ronaldo da Rocha Loures Bueno,

entregou o documento final, com

mais de 40 páginas, que resume os

trabalhos dos fóruns promovidos

pela AMB, “Novas Escolas de

Medicina: necessidade ou oportu-

nismo?”, e as decisões sobre o

assunto durante o último Enem -

Encontro Nacional de Entidades

Médicas, realizado em Brasília

(mais informações na página 8).

“Este documento resume dois

anos de trabalho e mostra a realidade

atual do sistema”, destacou Ronal-

do. “Apresenta a situação caótica e

terrível das escolas médicas, além de

ser uma referência no sentido de

encontrar soluções para os proble-

mas do setor”, completou Loures.

O Diretor de Defesa Profissio-

nal daAMB, Eduardo Vaz, também

apresentou o documento final apro-

vado pela Associação Médica

Brasileira, Conselho Federal de

Medicina, Federação Nacional dos

Médicos e Confederação Médica

Deliberativo em Curitiba

Reunião do Conselho contou com a participação

da diretoria do Conselho Federal de Medicina

penalidades disciplinares previstas

no Código de Ética Médica.

Diante dessas considerações,

entendemos que o seguro de respon-

sabilidade civil do médico pratica-

do no país é uma terapia ineficaz.

Parece-nos muito válido, portanto,

investir seriamente na prevenção do

estabelecimento deste tipo de ações

indenizatórias. A seguir, algumas

considerações sobre a profilaxia

que recomendamos:

• Mantenha-se tecnicamente capa-

citado para o exercício da profis-

são, através de atualizações

freqüentes;

• Respeite os limites de sua com-

petência profissional;

• Invista muito na manutenção

de uma boa relação médico-

paciente/familiares;

• Documente, sem protelação, da

maneira mais completa possível,

todos os seus atos médicos no

prontuário do paciente, o mais

importante documento médico-

jurídico disponível;

• Aborde o paciente/familiares uti-

lizando uma linguagemplenamen-

te compreensível por ele/eles;

• Não deixe de dizer sempre a

verdade;

• Não diga o que não sabe. É cor-

reto dizer “não sei” ou “isto não

se sabe”;

• Evite atendimentos e pres-

crições à distância (por exem-

plo, por telefone);

• Utilize o termo de consenti-

mento informado, constando nele

o estado clínico do paciente, o

tratamento necessário, os pos-

síveis riscos e complicações;

• Faça encaminhamentos responsá-

veis (por escrito, com arquivo de

cópia ou registro na ficha hospita-

lar, além de contato prévio com o

serviço que receberá o paciente);

• Não faça exames constrangedores

sem a presença de um assistente;

• Atenda a imprensa, se solicitado.

Neste caso: seja ágil; prepare-se,

se houver tempo; utilize uma

linguagem que o espectador

compreenda; procure manter a

calma, qualquer que seja a

pergunta; diga sempre a verdade;

não use expressões do tipo “nada

a declarar”; evite qualquer decla-

ração “em off” (com compromis-

so de não ser divulgada).

Associação Médica Brasileira

Conselho Federal de Medicina

Federação Nacional dos Médicos

Confederação Médica Brasileira

Esclarecimento das entidades médicas nacionais sobre

o Seguro de Responsabilidade Civil do Médico

Brasileira, com o posicionamento

oficial das entidades médicas nacio-

nais, sobre Seguro de Responsabi-

lidade Civil (quadro ao lado). “Pro-

curamos, de forma clara e objetiva,

esclarecer e também apresentar a

posição das nossas entidades

sobre essa questão”, destacou Vaz.

A reunião do Conselho Delibe-

rativo aprovou ainda moções de

apoio à AMB e ao CFM pela ela-

boração da Classificação Brasileira

Hierarquizada de Procedimentos

Médicos e do segundo volume do

Projeto Diretrizes; ao movimento

que está sendo realizado no Rio de

Janeiro, como movimento médico

legítimo; e contra o veto do presi-

dente Lula à isenção do ISS – Im-

posto Sobre Serviços às cooperati-

vas de trabalho médico – Unimeds.

Reunião do Conselho Deliberativo, em Curitiba

Seguro médico: entidades são contra

As entidades médicas, ao final

subscritas, vêm conscientizar os mé-

dicos a respeito da sua posição con-

trária à contratação do seguro de res-

ponsabilidade civil dos médicos.

Os seguros comercializados no

país apresentam uma apólice com

cobertura limitada, principalmente

no que se refere ao dano moral, não

eximindo o profissional de colocar

em risco seu patrimônio, caso seja

condenado ao pagamento de impor-

tância acima do que fora contrata-

do. Os valores pleiteados em juízo

são freqüentemente superiores

àqueles cobertos pelos seguros.

Não existe previsão para índice

de reajustes das apólices desses

seguros, tornando sua renovação

imprevisível e fatalmente deficitá-

ria sob o aspecto financeiro.

O pagamento mensal desse

produto torna-se uma despesa per-

manente e exclusiva do médico, que

não tem condição de repassar esse

ônus aos seus honorários.

Em virtude da morosidade do

sistema processual vigente, as

ações indenizatórias por erro

médico tramitam no poder Judi-

ciário por um longo período. Neste

caso, a garantia do pagamento do

prêmio do seguro ao final da

demanda, além de poder ser insufi-

ciente, também fica na dependên-

cia da saúde financeira da empresa

seguradora contratada na ocasião.

Experiências internacionais têm

demonstrado que a aquisição

desse seguro pela classe médica

contribui para o aumento do núme-

ro de ações, que muitas vezes se ba-

seiam em pedidos quase sempre

emitidos, destemperadamente, por

pacientes mal orientados, ou ainda

envolvendo interesses financeiros

de terceiros.

Outros países apontam que a

escalada dos seguros ocasionou o

desinteresse de médicos em atuar

em determinadas especialidades de

maior risco de envolvimento em

processos, deixando a população

desassistida. Isto se deve ao fato

de que esses profissionais não têm

condições

financeiras

de

arcar com o custo do seguro ou,

até mesmo, as próprias segurado-

ras deixam de comercializá-los.

Esses seguros atendem apenas

à questão financeira discutida na

demanda, de forma parcial, e não

afastam as questões morais envol-

vidas no processo judicial contra o

médico, além de não isentá-lo das

CBHPM é apresentada

aos médicos paranaenses

O presidente da AMB, Eleuses Paiva, apresen-

tou oficialmente à classe médica paranaense

(foto acima) a Classificação Brasileira Hierarqui-

zada de Procedimentos Médicos. O encontro, que

reuniu membros da diretoria do Conselho Federal

de Medicina, Sindicato dos Médicos do Paraná,

Conselho Regional do Paraná e Associação Médi-

ca do Paraná, além de lideranças médicas regio-

nais do Estado, aconteceu na noite de sexta-feira

(04/09), na sede da Associação Médica do Paraná.

Além do Paraná, a Classificação Brasileira

Hierarquizada de Procedimentos Médicos também

já foi apresentada oficialmente aos médicos dos

Estados do Espírito Santo, Pernambuco, Minas Gerais,

Rio Grande do Sul e Brasília.

A Classificação Brasileira Hierarquizada de Proce-

dimentos Médicos já está à venda na sede da AMB.

Informações mais detalhadas sobre preço podem ser

obtidas pelo tel. (11) 3266-6800 ou site

www.amb.org.br

Os médicos pernambucanos, convocados pelas enti-

dades estaduais, reuniram-se em assembléia no dia 27 de

agosto (foto acima). Entre os assuntos pautados, estavam

a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimen-

tos Médicos, a Comissão Estadual de Honorários Médi-

cos, a Resolução n° 1.673/03 do CFM e uma discussão

sobre o atual relacionamento com os planos de saúde.

Após explanação feita pelo presidente da Comissão

Estadual de Honorários Médicos (CEHM) e vice-presi-

dente da AMB (Região Nordeste), Flávio Pabst, sobre a

metodologia de desenvolvimento da CBHPM, os médi-

cos concordaram em considerá-la como referência para

remuneração dos serviços prestados às operadoras de

planos de saúde.

ACEHM foi autorizada a dar início aos contatos com

os diversos planos de saúde e começar as negociações

tendo como base os valores sugeridos pela AMB. Con-

tatos iniciais já foram feitos com SulAmérica, Bradesco,

Unimed e com o grupo Unidas.

Pernambuco: médicos

realizam assembléia