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MEDICINA

CONSELHO FEDERAL

Nov/Dez/2003

BALANÇO POLÍTICO

As discussões do X ENEM foram abertas

com a mesa-redonda destinada a debater a regu-

lamentação do ato médico. A escolha do tema, à

época do evento e ainda hoje, foi bastante elogia-

da porque os médicos consideram este o assunto

mais importante para o atual momento vivido pela

classe.

Desde o f inal do ENEM, a Comissão

Nacional em Defesa do Ato Médico, coordenada

pelo conselheiro Mauro Brandão Carneiro, tra-

balha arduamente para dar mais visibilidade ao

Projeto de Lei nº 25/2002, que busca regulamen-

tar a pro fissão médica.

Segundo Brandão, ao longo de 2003 o CFM

organizou, em todo o Brasil, diversos debates so-

bre a regulamentação do ato médico. Com isto, o

p rojeto pôde ser conhecido e conquistou aliados

entre parlamentares e estudantes do curso médi-

co - o que ficou amplamente demonstrado na

pesquisa r ealizada ent re os estudant es de

Medicina, a ser divulgada pelo CFM. Nela, a ex-

pressiva maioria dos entrevistados é a favor da

regulamentação, ao contrário do que propagam

alguns dirigentes. Neste ano, também avançou a

tentativa de obter algum consenso com os diri-

gentes das outras entidades de pro fissionais de

saúde acerca de mudanças de forma no texto, de

modo a contentar a maioria.

Pela aprovação

Os esforços da classe médica ainda não foram

suficientes para fazer com que as discussões so-

bre o projeto avancem no Congresso Nacional.

Desde setembro, o PLS 25/2002 foi apensado

ao PLS 268/2002, que também dispõe sobre o

exercício da medicina, o que significa dizer que a

tramitação de ambos, agora, é conjunta. O apen-

samento foi solicitado pelo senador Tião Viana

(PT-AC). Assim, o PLS 25/2002 voltou para a

Comissão de Constituição e Justiça do Senado

Federal. O novo relator é o próprio Tião Viana,

que apresentará, em 2004, um substitutivo para

a fusão dos dois projetos.

Diante da lenta tramitação do PLS 25/2002,

a Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico

passou a trabalhar em outras frentes. Em ou-

tubro, o CFM e a AMB colocaram no ar, em âm-

bito nacional, um filme publicitário em favor do

ato médico, para marcar as comemorações do Dia

do Médico.

Em continuidade, o CFM distribuiu cartazes

para todos os CRMs e hospitais universitários,

bem como cartilhas explicando o ato médico, para

todos os parlamentares do Congresso Nacional

- materiais que compõem o

kit

publicitário desen-

volvido para dar projeção ao PLS 25/2002 e

mostrar que grande parte da campanha contra o

mesmo não tem fundamento.

A cartilha

Ato Médico

explica porque deve

ser feita a regulamentação da profissão, con-

tribuindo para esclarecer os parlamentares acer-

ca do projeto - a propósito, juntamente com esta

edição do MEDICINA estamos enviando um

exemplar para cada médico brasileiro.

Para o próximo ano, a Comissão pretende or-

ganizar grandes mesas-redondas de discussão so-

bre a regulamentação do ato médico. Haverá

mesas de debate com defensores dos interesses

da população, com a presença de jornalistas, re-

presentantes do Ministério Público, do Executivo

federal e estadual, de órgãos de defesa do con-

sumidor e de parlamentares. E também mesas-

redondas para debates com os demais profissio-

nais de saúde, sempre na perspectiva do entendi-

mento.

O primeiro evento deste porte está previsto

para acontecer no Rio de Janeiro, no primeiro

trimestre de 2004.

Em defesa do ato médico

Os membros da

Comissão Nacional em

Defesa do Ato Médico

reúnem-se todos os

meses na sede do

CFM, em Brasília

jornal DEZEMBR - PARA SALVADOR 12/29/03 11:56 AM Page 6