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MAR/ABR DE 2005

6

A pedido da Associação Médica Brasileira, Conselho Fede-

ral de Medicina e Federação Nacional dos Médicos, a Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu prorrogar por

mais 150 dias o prazo para a assinatura dos contratos de

prestação de serviços entre médicos e operadoras de planos de

saúde. Com esta decisão da diretoria colegiada da ANS, toma-

da no dia 2 de março, o prazo final para a contratualização

passa a ser 14 de agosto.

Além da prorrogação do prazo, que venceria em março, as

entidades médicas nacionais haviam solicitado à ANS

a intermediação nas negociações sobre contratos com as

seguradoras e as empresas de medicina de grupo. No fim

de fevereiro, as entidades finalizaram uma proposta de con-

trato com a direção nacional da Unidas, ficando dois pontos

de discordância a serem discutidos regionalmente. A Fenaseg

e a Abramge já foram convidadas a desenvolver trabalho

semelhante em conjunto com as entidades médicas.

Por enquanto, a recomendação é de que só sejam assina-

dos contratos com as empresas de autogestão, de acordo com

a proposta elaborada pelas entidades médicas nacionais e pela

Unidas, depois de solucionados os pontos de divergência

pelas entidades estaduais.

Contratualização

Elaboração de

proposta de

contrato con-

sensual com a

Unidas; con-

cordância da

ANS sobre o

modelo de con-

trato; negocia-

ção com a Fenaseg para a elaboração de uma proposta

conjunta; proposta àAbramge de discussão dos contratos.

CBHPM

D i s c u s s õ e s

c om v á r i a s

Especialidades,

sendo corri-

gidas falhas

e s t r u t u r a i s

com mudanças

de portes para

outros capí-

tulos, correções de nomenclatura e verificação de

duplicidade para nova edição da CBHPM

Órtese e Prótese

Frentes de tra-

balho: indica-

ções das pró-

teses; avaliação

da qualidade

dos materiais;

critérios para

arbitrar eventu-

ais discussões;

e limites para a relação custo-benefício; análise das

listas de órteses, próteses e materiais especiais em

Ortopedia das operadoras Cassi, Geap e Unimed.

Materiais e Medicamentos

Análise da lis-

ta de materiais

descartáveis

utilizados em

serviços de

saúde; solicita-

ção à equipe do

Projeto Diretri-

zesAMB/CFM

de elaboração de um protocolo sobre as indicações do

uso de contrastes nos exames radiológicos, especifican-

do quando eles devem ser iônicos e não iônicos;

proposta de apresentação do trabalho à Anvisa como

subsídio para a regulamentação do uso de contrastes.

Incorporação de Tecnologias

Discussão da

legislação so-

bre o tema;

elaboração de

regimento in-

terno da Câ-

mara Técnica.

Diretrizes

Já foram elabo-

radas 120 dire-

trizes, que ga-

nharão versões

resumidas; dis-

cussão de te-

mas para novas

diretrizes, de

acordo com a

demanda observada na prática médica; cursos de

orientação e capacitação sobre medicina baseada em

evidências; participação no Fórum Nacional para

Implementação do Projeto Diretrizes, em Brasília.

No final de fevereiro, as entidades médicas nacionais -

Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina

e Federação Nacional dos Médicos - divulgaram a proposta de

contrato de prestação de serviços entre médicos e operadoras

de autogestão, acordada com a direção nacional do grupo

Unidas na Câmara Técnica da Contratualização.

A proposta, que havia sido concluída em meados do mês,

também foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da AMB,

reunido no Rio de Janeiro, no dia 25 de fevereiro. O texto foi

Resumo das decisões

das Câmaras Técnicas

Recomendações

A Comissão Nacional para Implantação da CBHPM, reunida

em Maceió, Alagoas, em 8 de abril de 2005, analisou o estágio

atual da contratualização entre médicos e operadoras, e deliberou

por recomendar que: 1) Todos os esforços sejam empreendidos

com o objetivo de interromper a prática abusiva, até recentemente

praticada pelas operadoras, de propor contratos sem negociação

prévia; 2) Os contratos com todas as empresas de autogestão

tenham como base a proposta consensual acordada entre as

entidades médicas nacionais e a direção nacional do grupo

Unidas, analisando-se no âmbito das Comissões Estaduais de

Honorários Médicos apenas as cláusulas de dissenso; 3) Não

assinem contratos com as seguradoras, exceto se negociados

previamente, propondo aguardar as negociações com as entidades

médicas que ora se iniciam, cujo intuito é obter uma proposta de

contrato que atenda aos interesses da classe, nos mesmos moldes

do trabalho realizado com a Unidas; 4) Não assinem contratos

com as operadoras daAbramge, exceto se negociados previamen-

te, pois esse setor tem se negado a negociar um modelo; 5) Não

haja precipitação na assinatura, pois o prazo irá expirar somente

em 14 de agosto deste ano, buscando sempre o respaldo e as

orientações das Comissões Estaduais de Honorários Médicos.

ANS: novo prazo para contratos

elaborado a partir do contrato apresentado pela Unidas em

dezembro, cuja totalidade dos itens foi analisada e discutida

em cinco reuniões.

Segundo o presidente da Câmara Técnica, Samir Dahas

Bittar, dos mais de 80 itens do contrato inicial apresentado pelas

Unidas, houve apenas dois pontos de discordância. O primeiro

diz respeito ao limite de cobertura dos novos procedimentos,

pois nem todas as operadoras da Unidas aceitam incluir os

procedimentos da Classificação Brasileira Hierarquizada de

Procedimentos Médicos (CBHPM) que não estão no rol da

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O outro se

refere ao índice de reajuste, sendo que a proposta dos médicos

é estabelecer um índice nos contratos a ser aplicado dentro de

12 meses, mas a Unidas prefere definir esse índice ao final do

período.

Dessa forma, a Câmara Técnica recomenda às Comissões

Estaduais de Honorários Médicos e às superintendências

estaduais e entidades filiadas à Unidas que negociem regional-

mente os dois pontos de discordância. “Essa proposta de

contrato resume o trabalho das Comissões Estaduais, que

podem focar a negociação, com uma possibilidade muito

maior de acordo com as operadoras”, avalia o presidente da

Câmara Técnica.

Para Samir Dahas Bittar, “a abertura demonstrada nesse

trabalho com a Unidas modifica uma prática equivocada de

muito tempo, em que as operadoras enviavam contratos prontos

aos médicos, muitas vezes com cláusulas leoninas”.

Unidas: contrato acordado

Fenaseg: discussões sobre contratos

Durante a primeira reunião da

Câmara Técnica da

Contratualização

com a Federação Nacional das Empresas de

Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), no dia 20 de

abril, decidiu-se por uma análise dirigida individual do contra-

to das sete seguradoras que participaram do encontro: Bradesco,

Sul América, Marítima, Porto Seguro, AGF, Unibanco AIG e

Brasil Saúde).

Dessa forma, os representantes das entidades médicas naci-

onais - Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de

Medicina e Federação Nacional dos Médicos - irão se reunir

com as empresas separadamente, não estando descartados novos

encontros com o grupo completo para debater questões de

interesse geral.

Nesta primeira reunião, realizada na sede da AMB, em São

Paulo, além da metodologia do trabalho, foi discutida também

a experiência com o grupo Unidas, que chegou a uma proposta

de contrato em conjunto com as entidades médicas depois de

cinco reuniões.

O presidente da Câmara Técnica da Contratualização, Samir

Dahas Bittar, considerou o encontro bastante produtivo.

“Estamos alterando nossas relações. Pela primeira vez na his-

tória médicos e operadoras iniciam um entendimento nacional

buscando um consenso sobre os contratos, trabalho este que

tem como objetivo estabelecer as regras da relação entre médi-

cos e operadoras de saúde, com base na Resolução Normativa

nº 71 da Agência Nacional de Saúde Suplementar”, avaliou.

Deliberativo: Samir Bittar apresenta proposta de contrato com a Unidas