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JAMB

MAIO/JUNHODE 2001

3

UNIMED

Conselho Deliberativo e

a Diretoria Plena da AMB

estiveram reunidos no

dia 1 de junho, em Brasília. Entre

os vários assuntos incluídos na

pauta da reunião, a decisão da ANS

- Agência Nacional de Saúde Su-

plementar em manter a lista de

exclusões do que considera do-

ença preexistente mereceu aten-

ção especial.

“Não podemos negar que

houve um recuo da agência ao

reduzir o número de procedi-

mentos, porém mantemos nos-

sa posição inicial de que a Agên-

cia é totalmente responsável

pelos riscos aos usuários que

essa lista provocará. Já notifica-

mos a entidade via cartório, e

agora, juntamente com os órgãos

de defesa do consumidor, esta-

mos pensando em entrar na jus-

tiça com uma ação de responsa-

bilidade”, afirmou o presidente

Eleuses Paiva, no relato que rea-

lizou ao abrir a reunião.

O presidente da Associação

Médica Brasileira também infor-

mou que, por exigência da pró-

pria Agência e a interferência do

vice-presidente Samir Bittar, atual

representante da AMB nas reuni-

ões da ANS, as entidades médi-

cas terão oportunidade de se reu-

nir com as operadoras de saúde

para uma discussão sobre reajus-

te de honorários médicos, con-

gelados há mais de cinco anos.

Outros dois assuntos também

tomaram a atenção da plenária:

Deliberativo e Plena emBrasília

o manifesto da Bahia, em rela-

ção ao descredenciamento que

vem sendo realizado pela Sul

América (matéria completa na

página 8) e a discussão de uma

resolução estabelecendo que,

além de médicos, enfermeiros

também podem prescrever

(matéria abaixo).

O diretor de Atendimento ao

Associado, Ricardo Bessa, fez

um relato sobre o projeto de

Educação Médica Continuada

que está sendo desenvolvido

em conjunto com o CFM. “Re-

cebemos várias propostas de

parcerias e em breve estaremos

apresentando à diretoria para

uma definição”, explicou. Já o

Secretário-Geral, Aldemir Soa-

res, apresentou detalhes sobre

a Cinaem, informando que as

próximas reuniões serão decisi-

vas para a implantação de sua

quarta fase, ou seja, a real parti-

cipação das escolas médicas en-

volvidas na reformulação do en-

sino médico nacional.

O I Congresso de Acadêmicos

da AMB e o Fórum de Responsa-

bilidade Civil, Ética e Penal do

Médicos foram abordados por

Jurandir Marcondes e José Luiz

Gomes do Amaral, respectiva-

mente (mais detalhes nas pági-

nas 9 e 12). O Sinam – Sistema

Nacional de Atendimento Médi-

co voltou a ser debatido no en-

contro por apresentar um fato

novo: respondendo a uma con-

sulta feita pela Associação Pau-

lista de Medicina, a Agência

Nacional de Saúde Suple-

mentar informou que o

mesmo deveria ser registra-

do na entidade para ter va-

lidade. Uma comissão foi

composta para avaliar as res-

ponsabilidades e conseqü-

ências no caso da efe-

tivação de tal registro. A co-

missão é integrada por José

Luiz Gomes do Amaral,

Jadelson Andrade, Marcos

Sarvat, Eduardo Vaz e José

Guerra Lages.

Clube Médico

No encontro, o presiden-

te da Associação Paulista de

Medicina, José Luiz Gomes

do Amaral, foi eleito para

presidir o Clube Médico.

Além dele, Jurandir Marcondes,

presidente da Associação Médi-

ca do Paraná, também foi empos-

sado vice-presidente. Os integran-

tes dos demais cargos foram

mantidos: Aldemir Soares (Secre-

tário-Geral), Amilcar Martins

Giron (1º Secretário); Edmund

Chada Baracat (1º Tesoureiro);

José Alexandre Sittart(2º Tesou-

reiro). O Conselho Fiscal Efetivo

está composto por Nabi Salum

(Goiás), Hilberto C. Almeida (Rio

Grande do Sul) e Severino Dantas

Filho (Espírito Santo). Henrique

Batista e Silva (Sergipe), José

Alves Pereira (Mato Grosso do

Sul) e Carlos Gilberto Crippa (San-

ta Catarina) compõem o Conse-

lho Fiscal Suplente.

Reunião em Brasília: posicionamentos comuns foram adotados

pela diretoria Plena e Conselho Deliberativo da AMB

As diretorias do Conselho Fe-

deral de Medicina e da Associa-

ção Médica Brasileira realizaram

reunião conjunta, dia 1º de junho,

na sede do CFM, para debater a

regulamentação do ato médico e

encaminhar o planejamento es-

tratégico das duas entidades, ten-

do em vista a elaboração de uma

agenda comum. O presidente do

CFM, Edson de Oliveira Andrade,

levantou a necessidade de regu-

lamentar em lei o ato médico, a

partir de uma correspondência

encaminhada pela Coordenação

Nacional de DST e AIDS, do Minis-

tério da Saúde, estabelecendo

que, “além de médicos”, enfer-

meiros também podem prescre-

ver e tratar portadores de AIDS,

com “a utilização do método da

abordagem sindrômica”.

Apoiado pelo presidente da

AMB, Eleuses Vieira de Paiva, e

pelos demais diretores, Edson

afirmou que é urgente a necessi-

dade de regulamentar em lei o

ato médico antes que a própria

profissão médica se esvazie. “Di-

agnóstico e prescrição são atos

exclusivos de

médicos, não

podendo ser

t r ans f er i dos

para outras

p r o f i s s õ e s ,

mesmo que

da área de saú-

de”, disse.

As duas di-

retorias deci-

diram elaborar

um texto a res-

peito do as-

sunto, que de-

verá ser enca-

minhado ao Congresso Nacional

como proposta de projeto de lei.

Sergipe

A prescrição por profissionais

não-médicos já começa a preo-

cupar a população. Durante a reu-

nião do Conselho Deliberativo da

AMB, o presidente da Sociedade

Médica de Sergipe, Henrique Ba-

tista, informou que em seu esta-

do ocorreu o óbito de uma crian-

ça, cujo tratamento vinha sendo

prescrito por uma enfermeira. O

fato foi encaminhado à Polícia Fe-

deral e também ao Ministério Pú-

blico de Sergipe visando a apura-

ção dos fatos.

“É inaceitável que isso ocorra

em nosso País”, salientou Henri-

que Batista. “Estamos atentos ao

fato e vamos apurá-lo detalhada-

mente para que esse tipo de

ocorrência não se repita”, com-

pletou.

Em relação ao planejamento

conjunto, foi definido que as duas

diretorias manterão um acompa-

nhamento constante do que vem

sendo realizado, fazendo um ba-

lanço mensal para a correção de

possíveis problemas.

Ato médico em debate

Ato médico foi o tema do encontro AMB/CFM

Marcio Arruda