JAMB
MAIO/JUNHODE 2001
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LIMBROL
tendendo a um convi-
te da AMB, represen-
tantes da Anvisa -
Agência Nacional de Vigilância
Sanitária participaram da reu-
nião do Conselho Científico,
realizada no dia 26 de março,
na sede da entidade. Além de
dirigentes das Sociedades de
Especialidade, participaram
também o presidente da AMB,
Eleuses Paiva, o Secretário-Ge-
ral Aldemir Soares e, represen-
tando o Conselho Federal de
Medicina, o presidente Edson
Andrade e o Secretário-Geral
Rubens dos Santos Dias.
No encontro foram levanta-
Científico da AMB
discute genéricos
dos os principais problemas
acerca da política de medica-
mentos do País, especialmen-
te a implantação dos genéricos.
“Há uma certa resistência
por parte dos médicos quan-
to aos genéricos pela falta de
garantia de que o paciente uti-
lizará o medicamento”, afir-
mou Eleuses Paiva. “Mas é um
absurdo afirmar que os médi-
cos estão boicotando os gené-
ricos”, completou. “Apoiamos
incondicionalmente a política
de genéricos, mas não a políti-
ca de medicamentos existen-
te. Não é possível conviver
com três classes distintas de
medicamentos”, sentenciou
Edson Andrade, referindo-se
aos genéricos, medicamentos
de marca e similares.
A gerente-geral de medica-
mentos genéricos da Anvisa,
Vera Valente, explicou que o
principal objetivo dos genéri-
cos é proporcionar à popula-
ção acesso ao medicamento.
Dados da Anvisa demonstram
que apenas 20% da popula-
ção adquirem o medicamen-
to conforme foi receitado, ou-
tros 30% não compram e os
50% restantes abandonam o
tratamento.
“Por isso, nossa intenção é
estimular um mercado com
preços mais baixos, em média
40% mais baratos, porém com
qualidade. É um benefício para
população, que só tem a ga-
nhar”, afirma Vera.
Para facilitar a orientação e
a distinção destes medica-
mentos, por determinação da
Anvisa, a partir de setembro
não haverá mais medicamen-
tos similares com denomina-
ção genérica. Além disso, os
genéricos também apresenta-
rão novas embalagens, facili-
tando sua identificação. Todos
os genéricos conterão uma
tarja amarela, apresentando a
letra “G” em destaque.
Pouco mais de um ano do
seu lançamento, o medica-
mento genérico responde atual-
mente por 1,9% do mercado,
com crescimento de 20% ao
mês. No entanto, a Anvisa en-
tende que o sucesso da políti-
ca desses medicamentos no
País depende da participação
do médico.
“Por isso estamos aqui, para
nos aproximarmos das enti-
dades médicas e realizarmos
ações conjuntas. Temos certe-
za de que a adesão dos médi-
cos nesse processo levará a
nossa política de implantação
ao sucesso”, afirmou Vera.
O presidente da AMB, no
entanto, visualiza uma tímida
interface entre as entidades
médicas e a Anvisa. “As infor-
mações e os contatos com as
entidades médicas ainda são
superficiais. É preciso um en-
volvimento maior, criar parce-
rias e trabalhar em conjunto
para que possamos contribuir
de maneira eficaz para a im-
plantação dos genéricos no
Brasil”, finalizou.
Reunião do Conselho
Científico da AMB
contou com a
participação da
gerente de
medicamentos
genéricos da
Agência Nacional de
Vigilância
Sanitária,
Vera Valente
Michele Mifano