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Julho/2007

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MEDICINA

CONSELHOFEDERAL

JAMB

Médicos terão carreira no SUS

Francisco Eduardo de Campos, médico, secretário de Gestão da Edu-

cação e do Trabalho na Saúde e representante do ministro da Saúde, José

Gomes Temporão, afirmou durante sua conferência “A importância da car-

reira do médico na consolidação do SUS” que o Ministério já trabalha na

elaboração de um projeto para a criação de carreira federal para médicos.

“Existem mais de mil

municípios sem nenhuma

assistência. É preciso um

incentivo para que os médi-

cos sejam atraídos para es-

sas áreas”, disse. Sobre a

tabela do SUS, ressaltou

que “não é justa e o mi-

nistro Temporão pretende

acabar com esse faz-de-

conta, onde o profissional

faz que trabalha e o gover-

no faz que paga”.

Destacou, ainda, que para a consolidação do SUS – além do plano de

carreira, cargos e salários e a própria tabela do SUS – o Ministério pre-

tende incentivar a aplicação das diretrizes produzidas pelas entidades médi-

cas e também apoiar a formação dos médicos por meio de programas de

educação médica continuada.

Ainda sobre o tema, José Erivalder Guimarães discorreu sobre o plano

de carreira, cargos e salários para médicos, enquanto o 1º tesoureiro da

AMB, Amilcar Martins Giron, fez uma exposição sobre a CBHPM e anun-

ciou a sua aplicação (codificação e nomenclatura) no Tiss – Troca de Infor-

mações na Saúde Suplementar. “Isto, sem dúvida, será um grande passo para

a implantação da quarta edição da CBHPM pelas operadoras de saúde”,

afirmou. Giron adiantou que, em função desse fato, as próximas reuniões

da Câmara Técnica Permanente da CBHPM passarão a contar com re-

presentantes da Abramge e Santas Casas.

O tema foi finalizado com a exposição do diretor de Defesa Profis-

sional da AMB, Roberto Gurgel, que propôs a manutenção do “código 7”,

mecanismo de vinculação de honorários médicos com o SUS. “Atual-

mente, mais de 70% dos médicos dependem deste sistema para sua re-

muneração”, enfatizou.

Mesa 2

Entidades médicas

defendem o SUS

O terceiro tema de grande importância foi o Sistema Único de Saúde,

abrangendo seu financiamento, gestão, Emenda 29 e relações de traba-

lho do médico e seu papel.

O representante do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde

(Conass), Renilson Rehen de Souza, no painel “O financiamento e a

gestão do SUS”, lembrou que a responsabilidade pelo financiamento do

Sistema cabe às três esferas – federal, estadual e municipal.

Após apresentar a legislação pertinente, Rehen destacou

que o financiamento melhorou com a Emenda Constitucional

29, mas, com a ausência de regulamentação da mesma, faz-se

necessário definir o que pode ser considerado gasto com saúde,

assunto também abordado pelo gerente de projetos da Secre-

taria Executiva do SCTIE/Ministério da Saúde, Elias Antônio

Jorge – que discorreu sobre as formas de financiamento da saúde,

dentre elas a CPMF.

Paulo de Argollo Mendes, do Sindicato dos Médicos do Rio

Grande do Sul, em sua exposição sobre “Terceirização de serviços

– cooperativas, fundações, Oscips e OSs”, apresentou o históri-

co da criação das cooperativas e fundações e da precarização

do trabalho do médico. Segundo ele, as entidades devem reivin-

dicar a realização de concursos públicos para a área médica.

Maria Madalena dos Santos e Sousa, representante do Sindicato dos

Médicos de Minas Gerais, em sua palestra sobre “Contratualização – o

que é e como está sendo implementada, repercussão para os médicos”,

destacou a crise que atingiu as Santas Casas.

A representante do Conselho Nacional de Saúde, Rosane Maria

Nascimento da Silva, falou sobre “O papel do médico no controle so-

cial”. Segundo ela, “de fundamental importância para congregar forças em

prol do SUS”. E acrescentou que atualmente 71% dos secretários es-

taduais de saúde são médicos.

Mesa 3