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Julho/2007

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descentralização será eficiente para fixar o

médico no interior.

“Só para ilustrar, há hospitais exemplares

em cidades no meu estado, o Acre, que ofere-

cem salários de até R$ 15 mil mensais para médi-

cos e mesmo assim não conseguem preencher

as vagas”, detalhou Viana.

Em sua apresentação, além do tema de sua

conferência, Rafael Guerra fez resumido re-

latório dos principais pontos das aspirações da

classe médica, expressas por projetos de lei que

ora tramitam na Câmara dos Deputados e no

Senado – casos da CBHPM, escolas médicas e

regulamentação da medicina –, porém se ateve

detalhadamente à Emenda Constitucional 29,

que garante mais recursos para o setor saúde.

“O presidente da Câmara afirmou, aqui,

que colocará a regulamentação da Emenda

Constitucional 29 em votação ainda este ano.

Isso será de extrema importância para a con-

solidação desse sistema que atende indistinta-

mente a todos os brasileiros”, destacou.

Debates

Além das conferências de abertura, o

primeiro dia de debates foi dedicado a discussões

sobre o ensino médico, abrangendo formação,

escolas médicas, residência médica, educação

continuada e revalidação de diplomas.

A carreira específica do médico, incluindo

mercado de trabalho e remuneração, foi tema

central do segundo dia de debates. Piso sala-

rial, plano de carreira, cargos e calários, saúde

suplementar, Tiss, CBHPM, honorários no

SUS e contratualização também foram temas

amplamente debatidos. Ao final, foi abordado

o Sistema Único de Saúde, suas formas de fi-

nanciamento e o papel do médico no controle

social. O último dia foi reservado para dis-

cussões de tema único: a Ordem dos Médicos

do Brasil.

Seguindo rigorosamente a sistemática pre-

viamente definida pela Comissão Organizado-

ra, todos os temas mantiveram o mesmo

modelo: após cada apresentação, era concedi-

do espaço para a plenária opinar e apresentar

sugestões. Ao final do evento, a Comissão Or-

ganizadora encarregou-se de reunir as mais de

100 propostas, distribuindo-as por assuntos,

assim como as moções de apoio e repúdio, além

de outras sugestões complementares (

confira

nas páginas 9 e 10 todos os destaques aprovados

no Enem

).

O teor dos principais pontos discutidos foi

resumidamente apresentado no documento

“Carta de Brasília”, assinado pelas três enti-

dades médicas nacionais e publicado em jornais

das principais capitais do país. Ainda como su-

gestão da plenária, foi aprovada a publicação,

na imprensa, da nota oficial intitulada “Basta”,

condenando as agressões ultimamente sofridas

por médicos peritos e exigindo ações enérgicas

das autoridades para coibi-las.

Enem debate ensino e formação do médico

O conselheiro do CFM, Geraldo Guedes, iniciou as apresentações

com o tema “Escolas médicas – autorização, reconhecimento, revali-

dação do curso e exame de habilitação”, lembrando que

atualmente há 78 pedidos de abertura de escolas de me-

dicina tramitando no MEC, dos quais 13 já têm parecer

favorável. Segundo ele, Minas Gerais é o segundo estado

com o maior número de escolas: 23.

O diretor de Educação Continuada da Fenam, André

Longo, traçou o histórico da residência médica: seu surgi-

mento, legislação e quadro atual. Frisou que até 2006 haviam

3.686 programas de residência, com 26.714 vagas e 17.111

residentes, o que revela grande quantidade de vagas ociosas

por inúmeros motivos, que precisam ser avaliados.

O representante da AMB, Aldemir Soares, falou so-

bre “Educação continuada – recertificação e o papel das

entidades na atualização”. Após apresentar o funciona-

mento mundial do processo de recertificação e educação

continuada do médico, ressaltou o interesse em se facili-

tar o processo para o médico no Brasil: “Atualmente tudo

pode ser feito online, por meio do site

http://www.cna-cap.

org.br

”, disse.

Por fim, o conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Alagoas,

Alceu Pimentel, expôs o tema “Revalidação de diplomas: caso Cuba e o

papel do MEC e das universidades públicas”.

Mesa 1

MEDICINA

CONSELHOFEDERAL

JAMB