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Julho/2007

3

MEDICINA

CONSELHOFEDERAL

JAMB

Regulamentação da

Emenda 29 já é consenso

A regulamentação da Emenda Constitu-

cional 29 – que vincula recursos federais, es-

taduais e municipais para a saúde de acordo

com o PIB nominal – deve entrar em votação no

Congresso Nacional ainda neste segundo se-

mestre, garantiu Chinaglia durante a abertura

do Encontro.

O presidente da Câmara voltou a afirmar a

intenção durante a homenagem prestada pelas

entidades médicas de São Paulo, no dia 21 de

junho.

A regulamentação da emenda já foi aprova-

da por unanimidade nas Comissões da Câmara e

aguarda aprovação do plenário há quase um ano.

A EC 29 é considerada fundamental por

entidades e profissionais do setor para a recu-

peração financeira da área de saúde. Segundo

o presidente do CFM, a regulamentação permi-

tirá o reajuste da tabela do SUS,

origem principal dos problemas fi-

nanceiros das entidades benefi-

centes.

O ministro da Saúde, José

Gomes Temporão, considera funda-

mental, para o equacionamento dos

problemas que afetam a saúde públi-

ca do país, a urgente regulamentação

da Emenda Constitucional 29. Mas

ressalta que não só o volume de in-

vestimentos vai melhorar a saúde

pública no Brasil. “A gestão dos re-

cursos também é vital e o Sistema

Único de Saúde precisa ser visto

como um dos bens mais valiosos

para a população”, afirmou em en-

trevista exclusiva ao jornal

Gazeta

Mercantil

.

Segundo Temporão, o próprio

governo federal e a maior parte dos

estados não cumprem o que deter-

mina a emenda. “Só 7 dos 27 estados cumprem

o que está na emenda. No Rio de Janeiro, cer-

ca de R$ 400 milhões que deveriam ter ido para

a saúde foram repassados a outras políticas”,

exemplificou.

Com as alterações no método de cálculo

do PIB, o crescimento da economia brasileira

em 2006 mudou de 2,9% para 3,7%, segundo

o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernar-

do, disse em entrevista a emissoras de rádios

parceiras da Radiobrás que o governo terá que

fazer novo cálculo dos gastos com a saúde para

este ano.

“Vamos ter que mudar certamente o cál-

culo do que tem que ser despendido de recur-

sos na área de saúde. Isso significa adequar o

orçamento, remanejar recursos e dar prioridade

na hora que formos liberar os recursos que

ficaram de reserva. Claro que íamos ter que

dar prioridade para a saúde, e agora vai ter que

ser mais ainda”, disse. Segundo ele, o governo

tem aproximadamente R$ 4,2 bilhões de reser-

vas no orçamento.

O presidente da Frente Parlamentar da

Saúde, Rafael Guerra, defende que não só os

médicos mas todos os brasileiros devem man-

ter a mobilização. “Convocaremos os ministros

da Saúde, Planejamento e Fazenda para au-

diência na Comissão de Seguridade Social e

Família da Câmara, para nos explicarem a pro-

posta do governo. Além disso, estamos mar-

cando um grande ato público para o dia 14 de

agosto, às 18 horas, aproveitando o encontro

nacional das Santas Casas de Misericórdia em

Brasília. Vamos caminhar da Câmara ao Palá-

cio do Planalto com velas acesas para evitar o

apagão da saúde!”, comunicou.