Background Image
Previous Page  7 / 36 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 7 / 36 Next Page
Page Background

JANEIRO/FEVEREIRO 2010

7

de material que poderia ser reciclado

e acaba sendo inutilizado devido ao

descarte incorreto.

A compostagem de resíduos gera-

dos durante o preparo de alimentos

na cozinha é o plano mais ousado do

hospital para 2010. Cascas de frutas,

legumes, talos e folhas de hortali-

ças que foram descartadas durante

a preparação receberão tratamento

para virar adubo. “Serão três tone-

ladas de resíduos alimentares que

deixarão de ir para aterros sanitários

todos os dias”, explica Ivana.

Outra instituição preocupada

com o impacto ambiental de suas

atividades é o Hospital Samaritano,

por isso a instituição criou o Plano

de Gerenciamento de Resíduos do

Serviço de Saúde.

“É um documento que

explicita as normas técni-

cas e legislações que

devem ser seguidas na

geração, segregação

e tratamento dos

resíduos”, afirma

Silvia Renata da

Silva, coordena-

dora da Gover-

nança.

O Samari-

tano implantou

a coleta seletiva

em 2002. Desde

então

promo-

ve campanhas e

treinamentos para

incentivar colabora-

dores e médicos a parti-

ciparem do projeto.

“Em 2009, fizemos um

concurso cultural com filhos de

funcionários para escolher a mascote

de uma ação que tinha como obje-

tivo aumentar o volu-

me de material

r e c i c l a d o

r e c o l h i d o

no hospital”,

relata

Silvia.

Em 2009, foram

reciclados 119 mil kg; no

ano anterior foram 100 mil kg.

A mesma empresa que coleta o

lixo comum compra o material reci-

clável do Samaritano. O valor arreca-

dado é revertido para o programa de

qualidade de vida dos funcionários.

Dentro do hospital, os médicos

são orientados por colaboradores a

separar e reciclar os resíduos. A coor-

denadora destaca a participação e

envolvimento deles no projeto dentro

do centro cirúrgico. “É um lugar

onde o programa anda muito bem”.

Para esse ano, o hospital preten-

de diminuir a entrada de resíduos

junto aos fornecedores. Outro ponto

é investir no treinamento para que

colaboradores e médicos continuem a

participar da coleta seletiva. “É preci-

so treinar constantemente, pois não

podemos diminuir o ritmo”, diz Silvia.

O Hospital Geral de Pirajussara

(HGP), administrado pela Associa-

ção Paulista para o Desenvolvimento

da Medicina (SPDM), tem a preser-

vação ambiental como um de seus

diferenciais. A instituição gerencia

resíduos com foco na minimização

de recursos, faz segregação de mate-

riais visando a reciclagem, coleta

de medicamentos vencidos, pilhas,

baterias e óleo de fritura. Implantou

ainda o uso de papel sulfite reciclado

e canecas ecológicas para os colabo-

radores. “Trabalhamos com a cons-

cientização da equipe hospitalar

para reduzir o percentual de resíduo

infectante e aumentar o material que

pode ser reciclado. Além disso, temos

como meta eliminar equipamentos

médicos com mercúrio, termômetros

e esfigmomanômetros”, explica Naci-

me Mansur, médico e superintenden-

te dos Hospitais Afiliados da SPDM.

Além do trabalho desenvolvi-

do com médicos e colaboradores,

o hospital também atua nas comu-

nidades vizinhas. “O desenvolvi-

mento desse projeto é fundamental,

pois reconhecemos o impacto que a

implantação de um hospital exerce

em seu entorno. Ainda mais quan-

do se trata de uma comunidade

carente como é o caso de Taboão da

Serra e Embu, onde está localizado o

Hospital Geral de Pirajussara”, relata

o superintendente.

Uma Comissão de Gerenciamento

de Resíduos e uma equipe corporativa

composta por um engenheiro ambien-

tal e uma gerente de hotelaria corpo-

rativa são os responsáveis pela admi-

nistração dos projetos ambientais.

“As metas são definidas pela superin-

tendência da Sociedade e os resulta-

dos apresentados por meio da análise

comparativa de dados das unidades

afiliadas à SPDM”, afirma Mansur.

Segundo o médico, todos os hospi-

tais que compõem a SPDM têm proje-

tos ambientais. Em 2008, o Hospital

das Clínicas Luzia Pinho de Melo, em

Mogi das Cruzes, recebeu o prêmio

Amigo do Meio Ambiente. A premia-

ção é um incentivo à propagação e

divulgação de ações de cuidado com

o meio ambiente desenvolvidas dentro

de hospitais ligados à Secretaria da

Saúde do Estado de São Paulo.

Mansur acredita que a sustentabi-

lidade já se tornou realidade na área

da saúde. “Hoje, o tema é discutido em

diversos eventos e as ações voltadas à

questão ambiental possuem grande

abrangência: edificações sustentáveis,

alimentação saudável, eliminação do

mercúrio, reuso de água, uso de placas

solares, coleta seletiva, tratamento de

esgoto e combate a incineradores”,

finaliza.

Foto: Divulgação

Coleta seletiva no Sírio Libanês