Background Image
Previous Page  2 / 12 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 2 / 12 Next Page
Page Background

JAMB

ABRIL/MAIO DE 2002

2

DIRETORIA

P

RESIDENTE

Eleuses Vieira de Paiva

P

RIMEIRO

V

ICE

-P

RESIDENTE

Lincoln Marcelo Silveira Freire

S

EGUNDO

V

ICE

-P

RESIDENTE

Ronaldo da Rocha Loures Bueno

V

ICE

-P

RESIDENTES

Ronaldo da Rocha Loures Bueno,

Remaclo Fischer Junior, Rui Haddad,

Lincoln Marcelo Silveira Freire, Neri

João Bottin, Samir Dahas Bittar,

Jadelson Pinheiro de Andrade, Flavio

Link Pabst, Lineu Ferreira Jucá, José

Luiz Amorim de Carvalho.

S

ECRETÁRIO

-G

ERAL

Aldemir Humberto Soares

1º S

ECRETÁRIO

Amilcar Martins Giron

1º T

ESOUREIRO

Edmund Chada Baracat

2º T

ESOUREIRO

:

José Alexandre de Souza Sittart

D

IRETORES

:

Cultural

- Severino Dantas Filho;

Relações Internacionais

- David Miguel

Cardoso Filho;

Científico

- Fabio Biscegli

Jatene;

Defesa Profissional

- Eduardo

da Silva Vaz;

DAP

- Martinho Alexandre

R.A. da Silva;

Economia Médica

- Lúcio

Antonio Prado Dias;

Marketing

- Paulo

Roberto Davim;

Saúde Pública

- Mauro

Chrysóstomo Ferreira;

Atendimento ao

Associado

- Ricardo de Oliveira Bessa;

Proteção ao Paciente

- Elias F. Miziara;

Acadêmico

- Jurandir M.R. Filho;

Jamb

- Horácio José Ramalho.

D

IRETOR

R

ESPONSÁVEL

Horácio José Ramalho

E

DITOR

E

XECUTIVO

César Teixeira (Mtb 12.315)

C

OLABORAÇÃO

E

R

EVISÃO

Luciana Leitão

CAPA

Adaptação de Ÿendis/92

D

IAGRAMAÇÃO

, E

DITORAÇÃO

E

A

RTE

Sollo Comunicação

P

UBLICIDADE

Américo Moreira Publicações

D

EPARTAMENTO

C

OMERCIAL

Fone (11) 3266-6800

T

IRAGEM

: 60.000 exemplares

P

ERIODICIDADE

: Bimestral

F

OTOLITO

:

B

UREAU

O

ESP

I

MPRESSÃO

:

Cia Lithográfica Ypiranga

R

EDAÇÃO

E

A

DMINISTRAÇÃO

Rua São Carlos do Pinhal, 324

01333-903 – São Paulo – SP

Fone (11) 3266-6800

Fax (11) 3266-9412

E-Mail:

jamb@amb.org.br

A

SSINATURA

Fone (11) 3266-6800, ramal 137

Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00.

As colaborações assinadas expressam

unicamente a opinião de seus autores,

não coincidindo necessariamente

com as posições da AMB.

No limite da

(in) tolerância

o mês de maio, médicos de todo

o Brasil participaram do “Dia

Nacional deMobilização Contra

os Piores Planos de Saúde”. Tratou-se de

um movimento de caráter ético, profis-

sional e social, para alertar a sociedade e

as autoridades governamentais sobre os

abusos cometidos por certas operadoras

da saúde privada contra médicos e

pacientes.

A Associação Médica Brasileira, o

Conselho Federal de Medicina, a Fede-

ração Nacional dos Médicos, a Confe-

deração Médica Brasileira, Sindicatos dos

Médicos, Conselhos Regionais, Federadas

da AMB, Sociedades de Especialidade,

enfim, a unanimidade das entidades

representativas dos médicos, chegaram ao

limite da tolerância, entendendo que é

inaceitável as operadoras continuarem

priorizando a busca do lucro fácil em

detrimento à saúde da população.

A lei 9656/98 regulamentou a relação

operadoras/usuários, mas não foi vigorosa

o suficiente para evitar autênticos atentados

à ética médica. Desde a sua aprovação,

empresas de saúde privada passaram a

interferir truculentamente no exercício da

medicina e na autonomia do médico,

impondo a diminuição do tempo de

internação, desrespeitando o período pré-

operatório, insistindo nas restrições para

doenças preexistentes e interferindo em

atos diagnósticos e terapêuticos, mediante

a aquiescência de médicos-auditores.

A falta de uma regulamentação espe-

cífica, normatizando a relação entre ope-

radoras e médicos gera ainda outros

problemas. Entre eles, as glosas, a redução

do valor dos honorários, prática adotada

desde 1998, e o excesso de burocracia na

prestação de serviços, que afeta tanto o

profissional da medicina quanto os

pacientes.

Nossas entidades médicas já

realizaram algumas campanhas com o

intuito de mostrar as vísceras da saúde

privada no Brasil. No entanto, nem o

apoio da mídia e da opinião pública foram

suficientes para aplacar a ganância de

certos planos. Ainda hoje, temos seguidas

provas de que a visão mercantilista dessas

empresas sempre se sobrepõe aos

interesses de uma saúde universal e de

qualidade. Recentemente, por ocasião do

aumento dos casos de dengue, repre-

sentantes das operadoras pleitearam

reajuste nos planos para atender o crescente

número de exames em função da epidemia.

Semanas depois apresentaram a proposta

indecorosa de acabar com a cobertura

integral prevista na lei 9656/98, sugerindo

a criação de planos que só atendama alguns

casos de doença. Houve ainda quem de-

fendesse o não ressarcimento ao Sistema

Único de Saúde nos casos de tratamento

de alta complexidade dispensado por

hospitais públicos a quem paga plano de

saúde.

Essas empresas não se queixam, por

exemplo, e jamais se queixarão, daquela

parcela que contribui desde os primeiros

dias de vida até 20 ou 30 anos sem

praticamente utilizar os serviços. No

entanto, penalizam os idosos e criam todos

os tipos de empecilhos aos que eventual-

mente necessitam de tratamento de saúde.

Esse comportamento deplorável faz das

operadoras de planos recordistas de

reclamações tanto no Idec quanto no

Procon. O agravante neste caso é que elas

tratam com vidas humanas e seus abusos

podem levar à morte.

No movimento deflagrado no dia 8 de

maio, durante o “Dia Nacional de Mobi-

lização Contra os Piores Planos de Saúde”,

discutimos todas essas questões com

nossos pacientes. Estamos dispostos a

levar esse movimento em frente para

resguardar os pacientes e o livre exercício

da medicina. Inclusive, já colocamos em

andamento uma pesquisa que revelará os

piores planos em cada um dos Estados

brasileiros. E, em uma etapa futura, vamos

apresentar uma série de propostas

concretas para que os abusos de opera-

doras de planos sejam coibidos.

A saúde privada brasileira precisa

urgentemente alterar seu foco. Um aten-

dimento acessível e de qualidade a todos

os usuários dos planos é uma exigência

dos médicos e de toda a sociedade.

Contamos com a sensibilidade das

autoridades para promover as interven-

ções necessárias no setor, garantindo

assim o sagrado direito à saúde dos

quase 40 milhões de brasileiros usuários

de planos de saúde.

Eleuses Vieira de Paiva

Presidente da AMB

CARTAS

Ramb

A nova revista da Associação Médica

Brasileira foi feita a primor. O esmero está

na capa, nas seções apresentadas,

agradando tanto o especialista como o

generalista pela escolha dos temas e pela

diagramação. De parabéns o conselho

editorial e o Dr. Eleuses Vieira de Paiva

por mais esta iniciativa.

Joaquim Paiva Martins

João Pessoa – PB

Escolas Médicas

Anotícia veiculada no exemplar de nov./

dez. do JAMB, a respeito do projeto de lei

que regulamenta a abertura de novas escolas

médicas, é bastante auspiciosa à nossa classe

e sem dúvida à sociedade em geral. O

próximo passo, ao nosso ver, seria uma

rigorosa avaliação das 108 escolas existentes

com fechamento daquelas que não

apresentassem condições mínimas. Tal

procedimento, realizado no Estados Unidos

(relatório Flexner), trouxe melhora na

qualidade do médico formado naquele país.

Parabenizo o presidente da AMB, Dr.

Eleuses Vieira de Paiva e o Dr. Edson de

Oliveira Andrade, presidente do CFM, por

seus posicionamentos intransigentes em

defesa da medicina brasileira. São atitudes

como essas que correspondem à expectativa

que temos das nossas lideranças.

João Carlos Ferreira Braga

Marília - SP

Medalha Prof. Jairo Ramos

Desejo, em meu nome pessoal e na

condição de Governador do Estado,

cumprimentar a Associação Médica

Brasileira pela honra que concedem a

Santa Catarina, concedendo ao Dr.

Murillo Ronald Capella a Medalha de

Mérito Médico “Professor Jairo Ramos”.

Creia, a homenagem dessa associação

premia um cidadão exemplar, um médico

capaz e humanitário, um membro da

Sociedade Catarinense que inclusive tem se

destacado na difícil arte de fazer política,

exercendo atualmente o honroso cargo de

vice-prefeito nomunicípio de Florianópolis.

Esperidião Amin

Governador do Estado

Santa Catarina - SC

Título de Especialista

No JAMB nº 1316, ano 42, nov./dez.

2001, pág. 5, no artigo “Novas propostas

paraTítulo de Especialista”, onde consta que

o Ministério da Saúde fez promessa em

exigir a revalidação do título de especialista,

devem os órgãos competentes solicitar sim,

antes da revalidação, é óbvio, o Título de

Especialista, pois têm muitos profissionais

credenciados por esse Ministério da Saúde

sem o referido título, assim como a Unimed

(que divulga para seus associados os nomes

dos profissionais como “especialistas” sem

que tenham capacitação para tal). Isso

acontece não só emminha cidade como em

todo o Brasil, simplesmente porque os

órgãos responsáveis não fiscalizam,

esperam pela denúncia, o que nunca ocorre.

Existem, inclusive, colegas sem título hoje

em cargos de chefia de entidades

assistenciais, exigindo de outros colegas o

título para credenciamento. Então, nada

contra a revalidação, aliás muito válida, mas

antes, vamos possuir o título. Atualmente,

tenho um filho fazendo residência médica

para melhorar sua qualificação e conquistar

um título de especialista, para depois

competir emcondições, afora a qualificação,

de igualdade com outros “especialistas”.

Em resumo: primeiro vamos tê-lo, exigi-

lo; depois, revalidá-lo. Só assim o valori-

zaremos e também aos que os possuem.

Ciro Renato Almeida Melo

Santana do Livramento - RS

EDITORIAL

CIRCULAÇÃO: JUNHO/2002