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indicados são os de safra 2015, já para

os brasileiros, os de 2016”, recomenda

Azevedo. “De preferência, commenos

de 13% de álcool, boa acidez e com

pouca ou nenhuma passagem por

barricas de carvalho, refrescantes e de-

licados, como os brancos Sauvignon

Blanc, Chardonnay e Riesling. Todos

eles podem ser consumidos gelados”,

acrescentaGuarnier. As temperaturas

podem ir de 7 graus, para espumantes,

a 10 graus para brancos e

rosés

.

“Nos últimos 15 anos, tem ha-

vido um crescimento constante

do consumo de espumantes entre

os brasileiros”, observa o enólogo

Christian Bernardi, diretor da Asso-

ciação Brasileira de Enologia (ABE).

As vendas do produto nacional subi-

ram aproximadamente 17% no ano

retrasado (o levantamento do ano

passado ainda não foi concluído),

segundo dados do Instituto Brasilei-

ro do Vinho (Ibravin). O ano de 2015

registrou a comercialização de mais

de 13 milhões de litros da bebida. Se

considerarmos a última década, o

consumo dobrou.

E os tintos?

Ao contrário do que muita gente pen-

sa, podem, sim, ser consumidos no

verão, desde que seguidas algumas

recomendações para que se desfru-

te do melhor que a bebida oferece.

“Para quem não abre mão dos tintos,

os melhores são aqueles mais leves,

como os elaborados com as uvas Ga-

may ou Pinot Noir”, indica Guarnier.

“A Pinot Noir possui casca fina,

acidez moderada, pouca matéria

corante e pouco tanino – substân-

cia presente na casca e na semente

da uva, de sabor amargo, mas rica

em antioxidantes – e é mais bem

cultivada em regiões de clima mais

frio. A variedade resulta em vinhos

mais leves e menos tânicos, que po-

dem ser servidos mais frescos. Isso

é o que torna os Pinots Noir muito

interessantes para os dias quentes”,

esclarece Azevedo.

Vinhos tintos fechados evocam

naturalmente uma expectativa de

sabor concentrado, e talvez de tani-

no e álcool elevados. A cor vermelha

normalmente representa o amadu-

recimento dos frutos na natureza, daí

a associação natural entre a cor mais

profunda e o sabor mais intenso.

“Mas muitos vinhos tintos podem de-

safiar essas expectativas, como aque-

les produzidos com uvas Gamay”,

acrescenta o presidente da ABS – SP.

Portanto, há uma gama de pos-

sibilidades para saborear um bom

vinho na praia ou na piscina. Há de-

zenas de estilos, castas, métodos de

elaboração e diferentes gradações

alcóolicas que nos permitemescolher

omelhor rótulo para os dias quentes.

E para gelar o vinho, os especia-

listas são unânimes: resfriá-los em

baldes com gelo, evitando o

freezer

,

que, além de comprometer as pro-

priedades da bebida, resseca a rolha.

No mais, é aproveitar os dias enso-

larados, regados a um vinho refres-

cante e em boa companhia. Com as

bênçãos de Baco.

Acervo pessoal

Gastronomia

Arthur Azevedo: “Fuja dos

freezers

: melhor lugar para resfriar vinho é o balde de gelo”

JANEIRO/FEVEREIRO 2

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JAMB

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