Alguns exemplos são bastante sig-
nificativos. Temos um programa de edu-
cação continuada bastante completo,
um enorme congresso brasileiro e uma
revista da especialidade (o BJORL), em
inglês e em português, indexada, com
um fator de impacto em constante cres-
cimento. Temos ainda um comitê de de-
fesa profissional muito atuante no que
tange aos interesses da especialidade,
bem como um departamento jurídico à disposição da
defesa de qualquer um de nossos associados em casos
de processos médicos, sem qualquer custo para eles.
Em nossa gestão, iniciamos um projeto de incen-
tivo à formação de cooperativas regionais. Para isso, a
ABORL-CCF estudou e preparou um vasto material de
apoio (cartilhas e aulas) que tem como objetivo ajudar
os colegas de diferentes regiões do país a formarem
cooperativas regionais para localmente lutarem por
melhores condições de trabalho. Essa iniciativa está
tendo uma enorme repercussão e é, hoje, o assunto
mais comentado entre os associados. As sessões sobre
o assunto no último congresso brasileiro estiveram to-
das lotadas!
A ABORL-CCF assume ainda a responsabilidade
pela qualidade dos novos especialistas que chegam ao
mercado de trabalho. Para isso, o nosso Comitê de Resi-
dência e Treinamento vistoria sistematicamente todos
os serviços credenciados que formam os novos especia-
listas. E, ao final, esses novos colegas são avaliados pelo
nosso Comitê de Título de Especialistas, que aplica uma
das provas mais bem organizadas e justas que já pude
testemunhar.
Realmente não conseguiria falar sobre tudo o que
fazemos, mas posso dizer com toda a certeza que temos
hoje mais de 200 colegas que atuam na nossa Associa-
ção, de forma 100% voluntária, tentando fazer o melhor
pelos associados e pela especialidade.
Jamb:
O que o otorrino mais precisa atualmente no
exercício da medicina no país?
Domingos:
Nosso país tem enormes diferenças re-
gionais e o que mais influi na profissão são as precá-
rias condições de trabalho, principalmente na saúde
pública. É muito duro, para o profissional ético e bem
formado, ver o paciente doente e não poder tratá-lo
adequadamente porque o Estado não lhe oferece as
condições mínimas necessárias, como acesso à medi-
cação, um quarto limpo e digno para internar ou uma
vaga no centro cirúrgico. Vendo dessa maneira, acho
que o que mais precisamos hoje é de uma assistência
médica pública mais responsável e digna para a nossa
população mais carente.
Jamb:
A qualificação do programa de residência médica
é satisfatória?
Domingos:
É
altamente satisfatória. Como já disse, fa-
zemos avaliação
in loco
de todas as instituições creden-
ciadas da ABORL-CCF. Além disso, nossa prova de Título
de Especialista é exemplar e, acima de tudo, muito justa.
Acredito que esse seja um dos pontos altos da nossa as-
sociação: a qualificação de nossos especialistas.
Jamb:
De que forma a ABORL proporciona atualização
profissional aos seus associados?
Domingos:
A oferta de educação médica continuada
na ABORL é vasta. Em nosso
site
, os médicos encon-
tram videoaulas, livros e palestras. Também temos
cursos de atualização e palestras dadas na nossa sede,
além de cursos itinerantes ministrados em várias re-
giões do país (neste ano, foram 14 no total). Destaco
ainda o programa de gerenciamento da profissão, com
mais de 20 aulas preparadas só para orientar os novos
especialistas. A quantidade de material oferecido de
forma gratuita em nosso
site
é enorme. Em junho de
2016, tivemos ainda o I Combined Meeting de três su-
bespecialidades e, emnovembro, o Congresso Brasileiro
de ORL emGoiânia.
Jamb:
Como a ABORL atrai novos sócios e
recém-formados?
Domingos:
Residentes de primeiro ano não pagam anu-
idade; residentes de segundo e terceiro anos, um valor
com enorme desconto, e somente após dois anos de for-
mado é que começam a pagar a anuidade plena. Além
do favorecimento nas anuidades, os residentes podem
participar de nossos congressos pagando apenas ta-
xas simbólicas, que depois são convertidas em parte
da anuidade (desde que compareçam efetivamente no
congresso), visando a estimulá-los a participar da vida
associativa, para que possam se beneficiar de todas as
vantagens já mencionadas anteriormente.
Entrevista
“
Em nossa gestão, iniciamos um
projeto de incentivo à formação
de cooperativas regionais
”
SETEMBRO/OUTUBRO-NOVEMBRO/DEZEMBRO 2
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JAMB
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