Transporte de órgãos
para transplante pela FAB
cresce 1000%
Celina Lopes e Ana Caroline Chaves
Capa
O
transplante de órgãos
no Brasil tem crescido
nos últimos anos e a ex-
pectativa para 2016 é a realiza-
ção de mais de 24 mil procedimen-
tos. Muitos deles somente podem
ser realizados se houver o desloca-
mento do órgão a ser transplanta-
do para outro local.
Enquanto de 2013 a 2015 68 ór-
gãos foram transportados em aero-
naves militares, de 9 de junho até
21 de novembro deste ano já foram
transportados 134 pela Federação
Aeronáutica Brasileira (FAB), em
100 missões, uma média de quatro
órgãos a cada cinco dias (63 fíga-
dos, 40 corações, 8 pâncreas, 17 rins,
4 pulmões e 2 tecidos musculoes-
queléticos).
Um deles foi para Ana Júlia
Aleixo, de apenas 8 anos de idade,
que estava internada no Instituto
de Cardiologia do Distrito Federal
desde abril, com diagnóstico de
miocardia dilatada, e precisava de
um transplante de coração. Casos
envolvendo crianças são sempre
mais complexos, pois envolvem ter
um doador com estrutura corporal
semelhante, além de outros requi-
sitos de compatibilidade.
O doador surgiu emUberlândia,
Minas Gerais, e a FAB foi acionada. O
capitão Vitor Freiras, pilo-
to do Esquadrão Guará,
de Brasília, recebeu a missão de de-
colar no dia 19 de junho da capital
federal com uma aeronave Learjet, ir
até Uberlândia e voltar com o cora-
ção para Ana Júlia.
Decreto –
A partir 6 de ju-
nho de 2016, a FAB ampliou sua
contribuição para a realização de
transporte de órgãos no país. O
Decreto nº 8.783, da Presidência
da República, define que a FAB
deve manter permanentemente
disponível, no mínimo, uma ae-
ronave para servir exclusivamen-
Equipe médica responsável por transplantes
desembarca de aeronave da FAB
FAB/Cb Feitosa
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