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JAMB

SET/OUT/NOV/DEZ DE 2004

3

CFMempossa nova diretoria

Conselho Federal de Me-

dicina empossou na noite

de 13 de outubro os seus

novos conselheiros titulares e su-

plentes, eleitos por eleição direta

entre os 280 mil médicos brasi-

leiros. A solenidade, realizada no

auditório Petrônio Portela, no Se-

nado Federal (foto acima), contou

com a presença do ministro da Saú-

de, Humberto Costa, do presidente

da Frente Parlamentar da Saúde,

Rafael Guerra, do presidente da

Ordem dos Médicos de Portugal,

Germano de Sousa - representando

as entidades médicas internacionais -,

do presidente da AMB, Eleuses

Vieira de Paiva, do presidente da

Federação Nacional dos Médicos,

Waldir Cardoso, do secretário de

Saúde do Distrito Federal, Arnaldo

Bernardino, do presidente da Asso-

ciação Brasileira de Educação Mé-

dica, Guido Correa, e ainda de mais

de 600 lideranças médicas de todos

os pontos do Brasil, senadores,

deputados e outras autoridades. A

mesa teve como anfitrião Edson de

Oliveira Andrade, reconduzido à

presidência do CFM por votação

unânime dos novos conselheiros.

Após a posse formal de todos os

conselheiros titulares e suplentes, o

ministro da Saúde ocupou a tribu-

na para saudar o novo coletivo do

Conselho Federal de Medicina, que

estará à frente da instituição até o

ano de 2007. Humberto Costa pa-

rabenizou a todos os médicos brasi-

leiros e destacou que o CFM é uma

entidade cuja importância vai mui-

to além de seu papel regulador da

medicina e fiscalizador da ética.

“O CFM é uma instituição que

tem larga representatividade e

influencia os destinos não apenas

da saúde como do Brasil. Cumpre

com zelo a tarefa fundamental de

fazer com que o sistema de saúde

de nosso País funcione de forma

adequada”, destacou Costa.

Em seu discurso, o presidente do

CFM também agradeceu a todos os

médicos brasileiros pela dignidade

e qualidade com que exercem a me-

dicina, apesar de todos os entraves

que encontram no dia-a-dia. Desta-

cou a importância do debate sobre

a criação da Ordem dos Médicos do

Brasil e ressaltou a necessidade

social da aprovação do Projeto de

Lei 25/2002, conhecido como a

Lei do Ato Médico.

“Essa Lei é, sem dúvida, impor-

tante para os médicos, mas interes-

sa mais ao cidadão. Infelizmente, o

cidadão que procura um posto de

saúde está, hoje em dia, correndo o

risco de não ter a necessária clare-

za na qualificação do profissional

que o atende. Entendemos que este

cidadão tem o direito de saber quem

é quem na assistência que lhe é

prestada, mas infelizmente isto não

está ocorrendo em muitos lugares

deste País”, destacou Andrade.

A luta pela implantação da

CBHPM no sistema de saúde suple-

mentar tambémmereceu atenção do

presidente do CFM, que registrou

ser esta batalha “fundamental para

o resgate da qualidade da medicina

brasileira e do indivíduo que a cons-

trói”. Ele ainda fez críticas à aber-

tura indiscriminada de faculdades

de medicina sem condições adequa-

das de oferecer uma formação de

qualidade aos futuros médicos.

“Salvar o ensino médico não é ape-

nas uma questão de sobrevivência

profissional; é uma questão de so-

brevivência da nossa sociedade”,

afirmou Edson Andrade, em seu

discurso. Em seguida, ele recebeu

os cumprimentos das autoridades

presentes.

“O Dr. Edson Andrade é uma

pessoa admirada e respeitada não

só por toda a diretoria da AMB,

mas, acredito, que por todas as

entidades médicas deste País, pela

sua habilidade e poder de aglutinar

a classe médica. Graças a ele, hoje

temos uma pauta conjunta entre as

três entidades médicas nacionais,

que é de suma importância para

continuarmos avançando no movi-

mento médico e nas questões da

saúde brasileira. Sua recondução à

presidência do CFM foi um gran-

de passo que a comunidade médi-

ca deu no sentido de evoluirmos

nas várias questões ligadas à saú-

de e à valorização do médico”, sen-

tenciou o presidente da AMB,

Eleuses Paiva.

Para Waldir Cardoso, presi-

dente da Federação Nacional dos

Médicos, a reeleição de Edson

Andrade é o prêmio pelo trabalho

que desenvolveu nos últimos anos.

“A recondução do Dr. Edson

Andrade à presidência do Conse-

lho Federal de Medicina é o reco-

nhecimento de um trabalho feito ao

longo de cinco anos, principalmen-

te pela sua capacidade de lideran-

ça e de agregação no plenário do

CFM. Temos a expectativa de que

nessa nova gestão ele dê conti-

nuidade a esse trabalho que trará

vitórias para os médicos e para a

sociedade brasileira”, afirmou.

Além do presidente Edson Oli-

veira Andrade, a nova diretoria do

Conselho Federal de Medicina é

composta por Antônio Gonçalves

Pinheiro, 1º vice-presidente,

Rubens dos Santos Silva, 2º vice-

presidente, Clóvis Francisco

Constantino, 3º vice-presidente,

Lívia Barros Garção, secretária-ge-

ral, Marco Antônio Becker, 1º se-

cretário, Gerson Zafalon Martins,

2º secretário, GenárioAlves Barbo-

sa, tesoureiro, Alceu José Peixoto

Pimentel, 2º tesoureiro, e Roberto

Luiz d’Ávila, corregedor.

“As ações do CFM continuarão

sendo definidas pelo coletivo dos

conselheiros e à diretoria caberá

apenas operacionalizá-las. Será um

trabalho integrado pela valorização

da medicina, do médico e da saú-

de do Brasil”, finalizou Edson

Andrade.

Encontro Nacional dos

Conselhos de Medicina

SAÚDEDOMÉDICOEORDEMDOSMÉDICOS

– Contribuindo para

a implantação do Programa de Atenção à Saúde e Qualidade de Vida do

Médico, o ENCM, realizado em Brasília, convidou o secretário do Colégio

de Médicos de Barcelona, Jaume Padrós, para abordar os seis anos de

experiência do Programa de Atenção Integral ao Médico Enfermo.

Jaume explicou que, dentre os motivos que agravam a saúde do médi-

co, está o fato de que não recorrem ao sistema sanitário e tendem a não se

comportar como pacientes; além disso, eles têm medo de serem identifi-

cados e não pedem ajuda nem tratamento. “Para o sucesso na implanta-

ção do programa de atenção à saúde do médico é fundamental sua adap-

tação à cultura e necessidades da região ou país”, destacou Padrós.

Antes da palestra, o coordenador do programa e vice-presidente do

CFM, Rubens dos Santos Silva, explicou a realidade no Brasil e o anda-

mento do projeto. Segundo o coordenador, o programa é dirigido a médi-

cos com doenças mentais e problemas com drogas e visa a identificação,

o tratamento, o acompanhamento e a reabilitação do profissional, sendo-

lhe garantidos o sigilo, a assistência especializada, serviços e médicos

credenciados por referências regionais e central de atendimento 24 horas

para orientações e recebimento de informações sobre os casos.

O Encontro também contou com a contribuição do presidente da

Ordem dos Médicos de Portugal, Germano de Sousa, que explanou

sobre o funcionamento e estrutura da entidade. Segundo Germano, a

Ordem dos Médicos de Portugal tem poder para atribuir Títulos

de Especialista, exerce função disciplinar e julgadora, zela pelos inte-

resses e pela imagem dos médicos, atua na defesa sócio-profissional e

judicial, convenciona e estabelece valores relativos aos atos médicos,

dentre outras muitas atribuições.

ATO MÉDICO E A CBHPM

– O último dia do ENCM foi reservado

para uma avaliação geral sobre o Projeto de Lei do Ato Médico, que

regulamenta o exercício da profissão no país, e sobre a CBHPM, além da

apresentação da campanha de mídia preparada pelo CFM e AMB, veicu-

lada por ocasião do Dia do Médico. A pauta do Projeto de Lei do Ato

Médico, que atualmente se encontra na Comissão de Assuntos Sociais do

Senado Federal, sob responsabilidade da senadora Lúcia Vânia, foi

conduzida por Alceu Pimentel, membro da Comissão Nacional em Defe-

sa do Ato Médico. Foram apresentadas novas estratégias da Comissão no

sentido de esclarecer vários segmentos da sociedade sobre o Projeto de

Lei. A campanha será dirigida à população, classe médica, instituições,

estudantes e parlamentares, visando sensibilizá-los. Convidado para

compor a mesa, o assessor parlamentar, Napoleão Puentes, informou que

a votação do projeto deverá ocorrer somente no início do próximo ano,

em virtude do acúmulo de pautas no Congresso Nacional. As discussões

sobre a CBHPM aconteceram no período da tarde e tiveram início com a

apresentação das propostas oriundas da reunião entre a Comissão Nacio-

nal de Implantação da CBHPM e as Comissões Estaduais de Honorários,

realizada no dia 14 de outubro, também na sede do CFM. Em seguida,

o presidente da AMB, Eleuses Paiva, apresentou um relato

sobre o trâmite político para a aprovação do Projeto de Lei nº 3466, de

autoria do deputado Inocêncio Oliveira, que referencia a CBHPM no

sistema suplementar de saúde, e também sobre a posição dos sistemas

Unimed, Abramge, Unidas e Fenaseg quanto à implantação da CBHPM.

“O Projeto de Lei do

Ato Médico é de longe

a mais avançada

entre todas as

legislações existentes”.

Edson Andrade