JAMB Março/Abril/Maio 2004

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História preservada RESIDÊNCIA MÉDICA – A Universidade
Federal de São Paulo acaba de exportar para
a equipe do Ministério da Educação um
professor titular. O chefe da clínica médica
da universidade, Antônio Carlos Lopes, é o
novo secretário executivo da Comissão
Nacional de Residência Médica, vinculada à
Secretaria de Ensino Superior do MEC.
Defensor de uma prática médica que valoriza
a relação entre médico e paciente e as questões
sociais da saúde, Lopes pretende propor mudanças nas residências do
País - uma espécie de pós-graduação que o graduado em medicina faz
para concluir sua formação. É na residência que o aluno treina para se
transformar em médico. “Minha principal preocupação será lutar para
que o residente assuma com consciência o seu compromisso ético com a
comunidade, o que será incentivado pela inclusão de aspectos sociais e
um currículo que seja essencialmente humanista, em contraposição ao
tecnicismo muitas vezes praticado”, afirma Lopes.
TABAGISMO – O Ministério da Saúde, o
Instituto Nacional do Câncer, a Secretaria de
Estado da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde
e a Universidade de São Paulo publicam o estudo
“Aspectos Epidemiológicos do Câncer no
Município de São Paulo - Fatores de Risco”.
O trabalho, realizado no ano de 2003 e coordenado
por Antonio Pedro Mirra, representante da
Associação Médica Brasileira na Comissão
Nacional de Combate ao Tabagismo, apresenta
estatísticas sobre o avanço do câncer. Mais informações pelo telefone
(11) 3066-7799 ou e
MÉDICO CANDIDATO – Com a proximida-
de das eleições municipais, as entidades médi-
cas de Santa Catarina - Associação Catarinense
de Medicina, Conselho Regional de Medicina
e Sindicato dos Médicos de Santa Catarina
acatam indicativo de reunião realizada entre
seus membros e dirigentes de diversos hospi-
tais e clínicas em atividade na capital, em reu-
nião realizada no último dia 18 de fevereiro no
sentido de apoiar candidatos comprometidos com
as causas do setor, na busca de aliados e representantes legitimamente
eleitos e capazes de auxiliar nas diversas lutas enfrentados pela área na
atualidade. Em Florianópolis, as entidades apóiam a candidatura do mé-
dico Murillo Ronald Capella à Prefeitura da Capital, que já esteve à fren-
te das principais entidades da sua classe, como presidente da ACM, vice-
presidente da AMB, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediá-
trica, presidente da Academia Catarinense de Medicina, conselheiro titu-
lar do Conselho Regional de Medicina e mestre do Colégio Brasileiro de
Cirurgiões – Capítulo de Santa Catarina. Além disso, Capella é o atual
vice-prefeito de Florianópolis e já ocupou a Secretaria de Saúde do Mu-
nicípio, a direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão, a superinten-
dência da Fundação Hospitalar de Santa Catarina e a chefia do Depar-
tamento de Pediatria da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
isando preservar a histó-
ria da pediatria brasilei-
ra, a Sociedade Brasilei-
ra de Pediatria inaugurou, no dia
26 de março, na centenária Casa
da Bica da Rainha, patrimônio
cultural e ecológico do Rio de
Janeiro, o Memorial da Pediatria
Brasileira (foto).
“A SBP estava perdendo um
acervo quase centenário. Anais de
congressos, atas, publicações de
todo o tipo precisavam ser recu-
perados, assim como a produção
científica dos pediatras brasileiros”,
conta o presidente da SBP, Lincoln
Freire. O objetivo maior do
Memorial – acrescenta o presidente
da SBP – é “fazer justiça aos cole-
gas que, desde 1910, vêm traçando
as linhas da medicina de crianças e
adolescentes”.
Na inauguração foi aberta a Mos-
tra Permanente – uma homenagem
à pediatria do Brasil e à história
de lutas da SBP. Também serão
abertos o Centro de Documentação
e Referência e a Biblioteca –
com informações sobre a Socie-
dade; com o banco de dissertações
(foram listadas cerca de 700) e te-
ses de pediatria (300) e sobre pedi-
atria (mais de 300 no total) defen-
didas por brasileiros e sobre proble-
mas do País; biografias de patronos
do Conselho Acadêmico e ex-pre-
sidentes da SBP, e um protótipo
formado por 100 documentos, que
vão demonstrar como será realiza-
do o controle quando todo o acervo
estiver definitivamente organizado.
A visitação é aberta ao público, de
segunda a sexta, das 10h às 17h.
Os telefones para informações e
agendamento de visitas são (21)
2245-3110 e (21) 2245-3083.
Câmara rejeita projeto para
criação de especialidade
A Comissão de Seguridade Social da Câmara Federal aprovou, por
unanimidade, o parecer do relator, deputado Manato (PDT-ES), contrá-
rio ao Projeto de Lei de autoria do deputado Ribamar Alves (PSD-MA),
que propunha o reconhecimento de especialidade médica – especifica-
mente a ultra-sonografia – por intermédio de Projeto de Lei.
Segundo o parecer do relator, “a proposição desconsidera o processo de
regulamentação das especialidades médicas no País, aperfeiçoado ao
longo de décadas”. Manato acrescentou ainda em seu parecer que
“atualmente, existem 52 especialidades e 53 áreas de atuação, reconhe-
cidas por meio de resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e
convênios firmados com a Associação Médica Brasileira (AMB) e com a
Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) do Ministério da
Educação, e que os Conselhos de Medicina apenas registram os títulos de
especialista obtidos de acordo com os critérios definidos pelas instituições
representativas da formação e acompanhamento da atuação dos médicos
brasileiros”. E finalizou: “Em virtude da rápida evolução do conhecimento
técnico e científico é indispensável que definições relacionadas à criação e
regulação de especialidades médicas continuem na esfera das entidades
profissionais”. Com o encerramento do prazo para recurso, no dia 12 de
maio, automaticamente a proposição será arquivada.