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JAMB

MARÇO/ABRIL/MAIO DE 2004

6

m apelo à mídia e à popula-

ção brasileira foi feito no dia

9 de março pelas entidades

médicas, durante coletiva de impren-

sa na sede da AMB (foto ao lado).

“Ajudem-nos a atender nossos pa-

cientes dignamente e a mudar a rea-

lidade da Medicina brasileira”, pediu

o presidente da AMB, Eleuses Paiva.

“É inconcebível que a saúde seja ana-

lisada do ponto de vista econômico.

Temos a certeza de que é uma revol-

ta de toda a sociedade um paciente

ser submetido à operação sem reali-

zar exames pré-cirúrgicos porque seu

plano de saúde alega que o custo é

muito alto”, completou.

O evento, realizado em São

Paulo como parte do Dia Nacional

de Mobilização se destinou a refor-

çar para a imprensa a reivindicação

da classe médica pela adoção da

CBHPM e a apresentar a campanha

publicitária nacional - “Sabe quanto

um médico recebe dos planos de saú-

de para atender você? Doutor, mos-

tre o valor do seu trabalho” – veicu-

lada em outdoors, anúncios em revis-

tas e ainda adesivos para carro

(peças publicitárias acima, à direita).

“A correta remuneração dos

honorários médicos é vital não ape-

nas para a sobrevivência do médico

e de seus dependentes, mas também

para o exercício seguro da profissão

e o atendimento digno à população”,

afirmou o presidente do Cremesp,

Clóvis Constantino. A opinião foi

complementada pelo presidente

do Sindicato dos Médicos de São

Paulo, Erivalder Guimarães: “Com

a adoção da CBHPM temos uma

nova perspectiva de qualidade na

atenção à saúde”. O presidente da

APM, José Luiz Gomes do Amaral,

defendeu a necessidade de o cidadão

brasileiro conhecer a CBHPM:

“Quando o consumidor compra um

plano de saúde, ele recebe um livri-

nho com a relação de médicos

credenciados e assina um docu-

mento, mas não sabe dizer se será

atendido em tudo que precisar, seja

exame, tratamento ou internação”.

Eleuses Paiva lembrou que há

12 anos o rol de procedimentos

médicos atendidos pelos planos de

saúde não sofria uma atualização.

“É absolutamente essencial que o

cidadão brasileiro conheça todos os

procedimentos médicos disponíveis e

Mobilização em defesa da saúde

defenda a implantação da CBHPM

para garantir sua própria saúde,

porque tudo o que há de mais moder-

no na Medicina está contemplado na

Classificação”, explicou.

Paiva também citou os movi-

mentos que vêm sendo deflagrados

em todo o país, em alguns locais

com a paralisação ao atendimento

por guia de plano de saúde, ressal-

tando a receptividade por parte da

população e de órgãos públicos:

“Em cada cidade onde o movimen-

to foi instalado, procuramos os ór-

gãos de defesa do consumidor e

também o Ministério Público para

explicar nosso posicionamento e fo-

mos recebidos entusiasticamente.

Inclusive, o Ministério Público tem

se colocado como intermediador

das negociações, chamando as ope-

radoras ao diálogo”, disse o presi-

dente da AMB.

José Luiz Gomes doAmaral acres-

centou que apenas aAgência Nacional

de Saúde Suplementar (ANS) se man-

tém omissa quanto à reivindicação.

“A regulamentação na área da saúde é

falha. O Ministério da Educação é

omisso quanto à questão da abertura

indiscriminada de escolas médicas e a

conseqüente formação de profissionais

incapacitados. O Ministério da Saúde

é omisso quanto à relação entre

prestadores de serviço e operadoras de

planos de saúde. Infelizmente, as leis

O movimento de implantaç ã

Acre

– Já foram fechados acordos com a Unidas, Med Saúde e autogestão (Polícia Militar e Corpo de

Bombeiros). As negociações com a Unimed estão adiantadas, mas a Classificação ainda não foi adotada.

Alagoas

– Os médicos suspenderam o atendimento ao Bradesco e à Sul América desde 30 de março como

parte da estratégia de mobilização nacional pela implantação da CBHPM. Em 19 de abril, a Golden Cross

também teve o atendimento suspenso. A Ordem dos Advogados divulgou comunicado regional

apoiando a causa médica.

Amazonas

– A proposta da Comissão Estadual de Honorários Médicos para todas as operadoras é de

implantação da CBHPM com a banda mínima de 20% e nova negociação depois de seis meses. AUnimed

está fazendo um estudo de impacto para avaliar as possibilidades de adoção dos novos valores.

Bahia

– Estão suspensos os atendimentos, sendo realizados apenas por reembolso, dos planos Sul

América, Bradesco, AGF, Unibanco e Porto Seguro. No dia 5 de abril, os médicos decidiram fechar contas no

Bradesco e não renovar seguros com a Sul América. Cardiologistas e hemodinamicistas intervencionistas

se descredenciaram das duas seguradoras no dia 12 de abril. Segundo o boletim do “Movimento pela

Remuneração Justa e Valorização da Saúde”, a Unidas, em assembléia nacional ocorrida em 28 de abril,

decidiu implantar a CBHPM. A negociação das bandas de valores ficará a cargo das Comissões Estaduais de

Honorários Médicos e diretorias regionais da Unidas. A Unidas já concordou com a data de implantação da

CBHPM para 1º de agosto, mas continuam as negociações em relação às bandas. Em relação à Unimed,

estão previstas reuniões com as cooperativas de Itabuna e Ilhéus no sentido de implantar a CBHPM.

Outra estratégia do movimento baiano são campanhas publicitárias em rádios, outdoors e canais de televisão

para esclarecer a população sobre a CBHPM.

Ceará

– Os médicos decidiram suspender o atendimento ao Bradesco e à Sul América desde 1º de maio.

Cassi (Banco do Brasil) e Camed (Banco do Nordeste), ambas do Grupo Unidas, estão negociando e caso

não haja acordo também poderão ter o atendimento suspenso.

Distrito Federal

– O movimento denominado “Alerta Médico” suspendeu o atendimento ao plano Sul Améri-

ca. As negociações vêm sendo intermediadas pelo Ministério Público, mas até o momento não houve acordo.

Espírito Santo

– A Unimed se dispôs a implantar a CBHPM sem valores da UCO, desde que as

negociações sejam realizadas de forma individual com os cooperados. Nova reunião estava prevista para

o dia 19 de maio. Encontra-se em andamento uma negociação com a Secretaria Estadual de Saúde, que

trabalha com seis cooperativas, para a implantação da CBHPM.

Goiás

– AUnidas e a Samed se comprometeram a implantar a CBHPM em janeiro de 2005. Se não houver

acordos com as seguradoras, os médicos goianos prometem suspender o atendimento.

Maranhão

– Além das Unimeds de São Luís e Imperatriz, as entidades médicas do Maranhão

conseguiram com que Unidas, Fundo de Saúde do Exército, Amil, Multiclínicas, Long Life e Medplan

também assinassem compromisso de adoção da CBHPM. Todos os médicos maranhenses assinaram

documento se descredenciando das operadoras Golden Cross, Sul América, Bradesco e Hapvida.

Foi rejeitada a proposta da Geap, que pertence ao Grupo Unidas, por não cumprir a resolução 1673/03.

Se não houver acordo, a Geap também será descredenciada. Em Imperatriz, médicos de várias especia-

lidades estão assumindo o termo de descredenciamento dos planos - exceção à Unimed e Fusex - já que as

propostas não atendem à Resolução CFM 1673/03.

Mato Grosso

– Foi criada uma subcomissão de implantação da CBHPM na Unimed Cuiabá para discutir

a adoção da Classificação e elaborar uma proposta final a ser apresentada aos médicos em assembléia.

A Comissão Estadual de Honorários Médicos está se reunindo com as operadoras para fechar acordos

de implantação.

Mato Grosso do Sul

– Em Campo Grande, ortopedistas, urologistas, angiologistas, cirurgiões vasculares

e endovasculares suspenderam o atendimento às operadoras e já iniciaram o processo de descredenciamento

coletivo.

Minas Gerais

– A Unidas fez uma proposta de adoção da CBHPM com redutor de 20% para implantação

em janeiro de 2005. Uma nova assembléia para definir os rumos do movimento mineiro estava marcada

para o dia 17 de maio. Uma resolução do CRM-MG ( nº 253/04) determina que todos os médicos adotem

a CBHPM para atendimento ao sistema suplementar de saúde.

Pará

– As operadoras Cooperativa Mista dos Rodoviários Federais do Pará e do Amapá, Vida Plena,

Top Saúde, Supermercados Líder, Pró-Saúde, Amil e Saúde São Braz já adotaram a CBHPM. Os médicos

sergipanos também autorizaram os presidentes de Sociedades de Especialidade e Cooperativas a

encaminhar cartas de aviso de descredenciamento a 35 operadoras que não negociam a implantação

da CBHPM: Bradesco, Master Saúde, Golden Cross, Blue Life, Petrobrás Distribuidora, Mediservice,

Unafisco, Medial, AGF, Hapvida, Sul América, Pró-Social da Justiça Federal, PAS do Cefet e Luck

Saúde, além das ligadas ao Grupo Unidas (Asfepa, Assefaz, CVRD-Pasa, Cafbep, Caixa Econômica

Federal, Capesesp, Casf, Cassi, Celpa, Conab, Cosanpa/PAM, Eletronorte, Embrapa, Embratel, Correios e

Telégrafos, Fassincra, Geap Saúde, PAS/Banco Central, Petrobrás Petróleo Brasileiro S/A, Sesi Vida e

TRT-8a Região). AUnimed apresentou uma proposta para adoção da CBHPM sem incluir a área de SADT,

que foi rejeitada em assembléia. A Comissão Estadual de Honorários Médicos criou o site

www.cbhpmpara.com.br,

para divulgar o movimento do Estado.

Paraná

– Em relação à Fenaseg, a decisão da assembléia paranaense

foi prestar atendimento somente por reembolso desde 1º de maio.

A Assepas/Unidas, que congrega as empresas de autogestão, tem

prazo até o início de julho para avançar nas negociações voltadas

à implantação escalonada dos valores da CBHPM. O CRM-PR

publicou no Diário Oficial a Resolução nº129/04, que adota a

CBHPM como “instrumento normalizador dos atos médicos para o

Sistema de Saúde Suplementar, estabelecendo os parâmetros de seus portes como éticos e legítimos”.

de mercado passaram a se sobrepor

ao respeito à comunidade”, afirmou.

O encontro contou ainda com a

presença do conselheiro Alceu

Pimentel, representando o presiden-

te do CFM, Edson Andrade. Pimen-

tel reforçou o reconhecimento da

Classificação por parte do CFM como

padrão mínimo de remuneração dos

médicos no setor de saúde suplemen-

tar e conclamou todos os médicos do

país e a sociedade como um todo a

lutar pela implantação da CBHPM.