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Federal de Medicina

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Federal de Medicina

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MEDICINA

CONSELHO FEDERAL

Maio-junho/2003

ENCONTRO NACIONAL

cedidos pelas Sociedades de Especialidade, 19,7%

pela Comissão Nacional de Residência Médica,

1,6% por legislação específica e 8,5% por outras

entidades.

III) Aperfeiçoamento profissional

86,7% afirmaram participar de congressos de

atualização (56,6%, de congressos locais; 55,7%,

de congressos regionais; 70,3%, de eventos na-

cionais; 28,9% participam de congressos interna-

cionais realizados no Brasil e 16,2%, no exterior);

71,3% responderam ser filiados a Sociedades de

Especialidade; 67,2%, a associações médicas e

42,4%, a sindicatos médicos.

Entre os motivos alegados para o esforço de

aprimoramento profissional, listam-se:

maior qualificação 83,9%

ascensão profissional 10,3%

melhoria da remuneração 2,6%

outras razões 3,2%

IV) Estrutura do mercado de trabalho

98,3% dos médicos estão trabalhando; 0,9%

está desempregado e 0,8% está inativo (no

quesito

satisfação com a especialidade em que

atua

, 11,1% se dizem insatisfeitos e 65,4%,

satisfeitos);

10,8% dos profissionais avaliam sua atividade pro-

fissional como não-desgastante, enquanto 58,4%

a consideram desgastante. 72,6% dos médicos

residem na mesma cidade onde trabalham e 19,7%

na mesma cidade ou em outra do estado onde

moram.

67% dos profissionais trabalham em consultórios

69,7% mantêm vínculos empregatícios com o setor público

53,8% trabalham para o setor privado

20,3% trabalham para o setor filantrópico

18,9% se dedicam a atividades de docência

V) Rendimentos:

11,1% dos entrevistados possuem alguma fonte

de renda não-médica;

31,1% afirmam que sua remuneração diminuiu nos úl-

timos 7 anos (desde que foi realizada a pesquisa Perfil

do Médico, pela Fiocruz/CFM); 26,2% afirmam que

ela não se alterou nesse período e 42,7% afirmam que

sua remuneração aumentou (a renda média mensal

do médico gira em torno de 1.667 dólares, a renda

mensal desejada fica em 3.333 dólares e o piso salarial

considerado adequaldo pela categoria, para jornada

de 20 horas, gira em torno de 1.667 dólares).

VI) Orientação e participação sociopolítica

36,5% avaliam positivamente o SUS;

68,6% aprovam o Programa Saúde da Família;

32,9% não consideram adequada a assistência ma-

terno-infantil; 27,2% a consideram adequada;

39,9% reprovam o sistema atual de convênios,

enquanto 20,5% afirmaram ser favoráveis;

59,9% vêem com incerteza o futuro da profissão

médica; 46% relacionam isto com a competência

do médico; 45,7% encaram o futuro com pessi-

mismo e 14,7%, com otimismo.

Quando se trata de identificar quais valores se-

riam os mais importantes para a profissão, foram

obtidas as seguintes respostas:

97,3% acham que a honestidade é o principal valor do médico

88,2% afirmam que a afetividade é o valor mais importante

86,7% consideram a saúde como o valor primordial

80,8% disseram que a justiça é o atributo que mais valorizam

Quando perguntados sobre os valores menos

importantes, responderam: emoção (20,2%), poder

(17%), prestígio (12,5%) e religiosidade (11,6%).

Ato Médico abre as

discussões do primeiro dia do ENEM

As discussões do X ENEM foram abertas com

uma mesa-redonda destinada a debater a regulamen-

tação do ato médico. A escolha de tal tema foi bastan-

te elogiada por muitos dos que fizeram intervenções,

por considerá-lo o assunto mais importante para o

atual momento vivido pela classe. Existe hoje a arrai-

gada convicção de que a profissão médica deve ser

devidamente regulamentada, tal como sucede com

as demais da área de saúde.

A mesa diretora dos trabalhos foi composta

pelo presidente Marco Antônio Becker (CFM), um

pioneiro da luta pelo ato médico, pelo secretário

Márcio da Costa Bichara (Fenam) e pelo relator

Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior (CFM), au-

tor da Resolução CFM n° 1.627/2001, que define o

ato médico e foi usada como apoio para a propos-

ta legislativa que a ela se seguiu.

Abrindo o tema, o presidente da mesa, Becker,

lembrou que a regulamentação do ato médico é rei-

vindicação antiga da categoria médica. “Já na dé-

cada de 80, fui o responsável pela redação do pri-

meiro projeto de lei que pretendia regulamentar o

ato médico. Na época, propunha que deveria caber

ao CFM definir o que era ato médico. Entretanto,

reconheço que, naquele momento, as discussões

sobre o tema não estavam tão amadurecidas quan-

to hoje”.

As exposições iniciais ficaram a cargo dos rela-

tores das reuniões preparatórias do ENEM, as quais

foram levadas a cabo nas regiões Norte/Centro-

Oeste, Sul/Sudeste e Nordeste do país. Os relato-

res regionais apresentaram, para serem discutidas,

as principais recomendações trazidas das reuniões

preliminares.

Em seguida, o coordenador da Comissão

Nacional em Defesa do Ato Médico, o conselheiro

federal Mauro Brandão, informou sobre a

tramitação do Projeto de Lei nº 25/2002, que

regulamenta o ato médico, dando conta do estado

atual do processo legislativo.

Segundo Mauro Brandão, após a aprovação na

CCJ, em 4/12/2002, o projeto seguiu para a

Comissão de Assuntos Sociais, CAS, do Senado

Luiz Salvador,

Marco Antônio

Becker e Márcio

Bichara

discutem o ato

médico