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MEDICINA

CONSELHO FEDERAL

ENCONTRO NACIONAL

Grande parte da

população médica

reside nas capitais

do Brasil (62,1%). A

porcentagem dos

que moram no

interior do país é de

37,9%

Maio-junho/2003

CFM apresenta dados preliminares da

pesquisa Perfil do Médico Brasileiro

Toda mudança tem início com o conhecimento

de seu objetivo precípuo, isto é, o que se pretende

mudar. Só após o diagnóstico do objeto da inter-

venção devem ser formulados os seus propósitos

mais gerais e as metas particulares a serem atingi-

das.

Assim, as pré-condições mais importantes para

nortear o trabalho de quem pretende intervir sobre

algum aspecto da realidade são saber sobre o que se

está trabalhando e o que se pretende fazer. A isto es-

tão acostumados todos os médicos, pois suas inter-

venções (terapêuticas ou reabilitadoras) dependem

do diagnóstico da condição patológica e dos objeti-

vos pretendidos com o procedimento.

Em setembro de 2002, o Conselho Federal

de Medicina, CFM, deu início à

Pesquisa de

Qualificação, Trabalho e Qualidade de Vida do

Médico

, visando conhecer a realidade vivida pe-

los médicos em todo o país. Seu objetivo principal

era traçar o perfil do médico brasileiro, o mais mi-

nuciosamente possível, de modo a conhecer a es-

trutura e a dinâmica do exercício da profissão. Isto

foi feito.

Na quinta-feira (29/5), o presidente do CFM,

Edson de Oliveira Andrade, apresentou aos partici-

pantes do X ENEM alguns dados preliminares da

pesquisa, que só se completará e será amplamente

divulgada no segundo semestre de 2003. De acor-

do com Andrade, as informações obtidas naquela

investigação devem favorecer “os direcionamentos

e as decisões a serem tomadas para implementar as

políticas e medidas que valorizem o trabalho médi-

co e promovam melhorias na qualidade de vida des-

se profissional ”.

A pesquisa apresentou um aspecto original mui-

to importante, que merece ser destacado: toda a

coleta dos dados foi feita por meio da Internet. Já é

possível empregar esse instrumento de comunicação

para alcancar parcela significativa dos médicos em

todo o território nacional. Essa realidade abre imen-

sas possibilidades para as entidades médicas conhe-

cerem seus associados e, ao revés, para a partici-

pação dos mesmos na vida das entidades.

O questionário com as informações a serem

processadas na pesquisa ficou disponível nos sítios

eletrônicos do Conselho Federal de Medicina, dos

Conselhos Regionais de Medicina, da Associação

Médica Brasileira e de outras associações e entida-

des médicas, pretendendo facilitar o acesso de to-

dos os médicos ao formulário de perguntas – o que

foi amplamente divulgado na imprensa das entida-

des médicas e em congressos das especialidades.

Primeiras constatações

I) Dados sociodemográficos

Todas os dados listados a seguir resultaram do

processamento das informações prestadas pelos que

responderam ao questionário.

O Brasil contava, na época de realização da

pesquisa, com cerca de 283 mil médicos. As pri-

meiras conclusões resultantes de uma amostragem

significativa dentre eles, que podem ser menciona-

das, são:

do contingente de médicos brasileiros, a grande

maioria é do gênero masculino (69,8%); a parti-

cipação feminina fica em torno de 30,2%;

grande parte da população médica reside nas ca-

pitais do Brasil (62,1%). A porcentagem dos que

moram no interior do país é de 37,9%;

63,4% dos médicos têm menos de 45 anos e 3%,

mais de 60;

68,2% vivem e trabalham em seu estado de ori-

gem e 1,5% deste contingente veio de outro país.

II) Formação e aperfeiçoamento

99,1% dos médicos graduaram-se no Brasil; só

0,9% estudou no exterior;

69,9% foram graduados em faculdades públicas

e apenas 30,1% completaram o terceiro grau em

instituições privadas de ensino;

45% contam menos de 15 anos de formados; 31,5%

têm entre 15 e 24 anos de formados e 23,5%, têm

25 anos ou mais de atuação profissional;

78,1% possuem algum curso de pós-graduação;

deste contingente:

61,6% fizeram residência médica

37,3% concluíram uma especialização

14% possuem mestrado

6,8% fizeram doutorado

1,3% tem pós-doutorado

66,5% dos médicos possuem título de especia-

lista (dentre as especialidades, cresce o número de

pediatras (10,4%), cardiologistas (10%), gineco-

logistas (8,4%), anestesiologistas (7,9%) e cirur-

giões-gerais (6,6%). 70,2% dos títulos foram con-

Presidente do

CFM apresenta

dados da

pesquisa Perfil

do Médico

Fonte:Conselho

Federal de Medicina