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JULHO/AGOSTO 2010
ENEM
tratados segundo dia do XII Enem.
Florisval Meinão, 1º tesoureiro e
presidente da Comissão de Conso-
lidação e Defesa da CBHPM, e
Roberto Gurgel, diretor de Defesa
Profissional, representaram a AMB
nas apresentações.
Meinão lembrou que a implan-
tação da CBHPM exige atualização
dos valores praticados. “É preciso
encontrar mecanismos para insti-
tuir reajuste anual aos médicos”.
Além de oferecer bases lógi-
cas para remuneração, a CBHPM
é referencial dos procedimentos
médicos, fato que tem importância
fundamental na defesa dos interes-
ses dos pacientes.
O representante da AMB relatou
aos presentes que a partir de 1994 as
empresas de planos de saúde passa-
ram a produzir tabelas próprias e os
médicos deixaram de opinar sobre
o escopo de sua própria atividade
e os pagadores passaram a decidir
sobre o que deveria ser oferecido ou
não aos seus usuários.
“Com a implantação da Termi-
nologia Unificada da Saúde Suple-
mentar, que tem como base a
CBHPM, finalmente os médicos
recuperaram o domínio desse refe-
rencial”, disse.
O 1º tesoureiro da AMB ressal-
tou ainda a relevância do estabe-
lecimento de estratégias de mobi-
lização dos médicos que atuam
na saúde suplementar. Da forma
como o sistema suplementar hoje se
encontra todos estão insatisfeitos.
“Grande parte da população que
paga planos de saúde tem dificulda-
des de acesso aos serviços. Os médi-
cos, por sua vez, esperam que sejam
desenvolvidas formas de reverter
as perdas acumuladas ao longo de
tantos anos”.
Em sua explanação, Roberto
Gurgel ressaltou a necessidade de
estruturar-se um espaço de traba-
lho para o médico, seja no sistema
público de saúde, seja no suple-
mentar. “Queremos deixar claro
que combatemos energicamente a
Fotos: Márcio Arruda/CFM
Florisval Meinão, primeiro tesoureiro da AMB
Roberto Gurgel, diretor de defesa profissional da AMB
precarização das relações de traba-
lho do médico”. Nesse contexto, o
diretor da AMB reafirmou que a
entidade é contrária ao serviço civil
obrigatório. “O serviço civil obriga-
tório é uma indisfarçada tentativa
de substituir um plano de carreira
para o médico”.
Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente
do CFM e coordenador da Comissão
Nacional Pró-SUS, destacou a assi-
metria de representação entre a Agên-
cia Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), usuários, operadores e pres-
tadores. Assim como Meinão, Tibiri-
çá também pediu aos médicos que se
mobilizassem. “Não adianta ficar só
na ANS. É preciso fazer mobilizações
nos Estados”.
Em sua apresentação, Cid
Carvalhaes, presidente da Fenam,
qualificou o serviço civil obrigató-
rio como “excrescência.” Ele desta-
cou que o trabalho médico no SUS
tem “ilhas” de excelência, mas está
“sucateado”.
SUS, Políticas de Saúde e Rela-
ção com a Sociedade
Elias Fernando Miziara, diretor
de Comunicações, e Marcos Bosi
Ferraz, diretor de Economia Médi-
ca, falaram pela AMB nas interven-
ções que encerraram o último dia
do XII Enem.
Ao longo dos três dias de even-
to, todos os representantes da AMB