AMB
contrata Cubana
Mais médicos
Maisa Thomaz
N
ão podemos compactuar com a afir-
mação de que estes médicos cuba-
nos estão fazendo um curso e, por
isso, recebendo uma bolsa de US$
400. Eles estão trabalhando, prestan-
do assistência à nossa população. Quem vier
trabalhar no Brasil deve estar de acordo com
as nossas leis. Não somos contra nenhum mé-
dico formado no exterior atuar em nosso país,
desde que faça o exame de revalidação do di-
ploma”, destacou o presidente da AMB, Flo-
rentino Cardoso, durante a cerimônia que ce-
lebrou o contrato de trabalho entre a entidade
e a médica cubana Ramona Rodriguez, na
sede da Associação Médica de Brasília (foto).
Ramona começou a trabalhar na sede ad-
ministrativa da
AMB, em
Brasília, no dia 12 de
fevereiro. Seu contrato prevê remuneração de
R$ 3 mil, além de todos os benef ícios e garan-
tias trabalhistas, para atuar como assessora da
diretoria e presidência da AMB, já que legal-
mente não pode exercer a medicina no país.
A AMB também irá auxiliá-la a encontrar
uma moradia em Brasília e o apoio necessário
para capacitá-la a revalidar o diploma médico.
Ela concedeu a seguinte entrevista ao JAMB.
JAMB - Como era o seu dia a dia no
Programa?
R -
Às 8 horas da manhã já estávamos
no posto de saúde, onde os doentes nos
aguardavam. Trabalhava até às 17 horas, com
duas horas para almoço, isso de segunda a
quinta-feira.
JAMB - Que tipos de doença tratava?
R -
Principalmente as intestinais, como
parasitas e giárdias. Também havia muitos
doentes com gastrite, diabéticos, asmáticos
e muitas outras enfermidades.
JAMB - Tinha equipamentos para
atendimento?
R -
Eram poucos e também faltavam
medicamentos.
JAMB - Então os pacientes não tinham
acesso aos medicamentos necessários?
R -
Apenas ao básico.
JAMB - Quando atuou na Bolívia, o
sistema de trabalho oferecido era o
mesmo que no Brasil?
R -
Não, porque na Bolívia era uma missão
humanitária. Este (Mais Médicos) tem
contrato de trabalho. Lá, o salário era de
US$ 200, e outros US$ 100 para alimentação,
que entregávamos a um responsável pela
compra dos alimentos da casa em que
morávamos. Além disso, eles pagavam a
moradia e o transporte.
JAMB - Como encarou a proposta de
trabalho da AMB?
R -
Agradeço à AMB e espero ajudar no que
for preciso e que também me ajudem, pois
desejo revalidar meu diploma para ficar aqui.
É isso que pretendo fazer.
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JAMB
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janeiro/fevereiro
2014