AMB CRIA PROGRAMA
DE APOIO AOMÉDICO
ESTRANGEIRO
Mais médicos
V
isando a garantir proteção à liberda-
de e à integridade dos profissionais
trazidos de outros países pelo progra-
ma Mais Médicos do governo federal,
a AMB criou o Programa de Apoio
ao Médico Estrangeiro.
O objetivo é atender tanto médicos cuba-
nos como de outras nacionalidades que ne-
cessitem de orientação ou que estejam insa-
tisfeitos no Programa Mais Médicos, pelas
condições oferecidas.
“Com esse programa, demonstramos à so-
ciedade que os médicos brasileiros não são
contra a vinda de médicos formados no exte-
rior para atuar no Brasil. Defendemos que eles
devem fazer o Revalida e, agora, por meio dos
programas de educação médica continuada da
AMB e de nossas especialidades, estamos ofe-
recendo essa possibilidade”, destacou o presi-
dente da AMB, Florentino Cardoso.
Por intermédio do programa, a AMB ofere-
cerá, de forma sigilosa e gratuita, uma cartilha
ao médico com instruções dos procedimentos
a serem seguidos na própria localidade em que
está atuando; assessoria jurídica durante os trâ-
mites legais para pedido de refúgio ou asilo po-
lítico no país; curso preparatório para o exa-
me Revalida; aulas de português; e suporte de
ONGs voltadas para a garantia dos direitos in-
dividuais do médico. O Programa de Apoio ao
Médico Estrangeiro da AMB pode ser aces-
sado pelo telefone (11) 97078-4610 ou pelo
.
O presidente da AMB informou que já re-
cebeu consultas de mais de uma dezena de mé-
dicos cubanos interessados em saber mais de-
talhes sobre o programa e que os casos estão
sendo estudados individualmente.
“Estamos determinados a ajudar pessoas
que respeitamos e que estão expostas a situa-
ções indignas, seja de ordem salarial ou de liber-
dade de expressão. Não compactuamos com o
que está sendo feito com os cubanos, que tra-
balham igual aos demais estrangeiros, mas que,
apenas por serem cubanos, recebem salário
menor, além de estarem sujeitos a outras restri-
ções. A AMB defende o respeito a todos os mé-
dicos, independentemente de serem formados
aqui ou não. Por isso, desde o início, sempre
exigiu transparência do nosso governo quanto
ao programa. No entanto, até hoje, [o governo]
continua devendo respostas a algumas pergun-
tas como, por exemplo, quais convênios temos
com a Opas? Por que se paga mais pelos mé-
dicos cubanos que, por sua vez, recebem me-
nos? Por que não temos acesso a tais contratos?
Por que não se paga diretamente aos profissio-
nais?”. Estes foramalguns dos questionamentos
do presidente da AMB na entrevista coletiva à
imprensa, na sede da entidade (foto), ao anun-
ciar o programa.
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Maisa Thomaz
janeiro/fevereirO
2014 •
JAMB
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