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7

J O R N A L D A

A S S OC I A Ç ÃO MÉ D I C A B R A S I L E I R A • AMB

- JAN/ FEV -

2 0 0 8

trazer médicos de fora não é solu-

ção para o problema da falta de

assistência em áreas remotas. Pois os

mesmos também terão dificuldade

de assumir tal missão já que o

governo não cumpre seu papel, que

seria o de criar condições para atrair

os profissionais e garantir sua

fixação nessas regiões. Atualmente,

não existe um plano de carreira, não

existe a possibilidade de o médico

manter-se atualizado cientifica-

mente, não existem recursos para o

adequado atendimento, entre outras

deficiências”.

Para as entidades médicas é

fundamental a comprovação de que

o médico está apto a responder às

necessidades de nosso sistema de

saúde. E isso vale para cubanos,

bolivianos, americanos, europeus,

etc. Inclusive, como é o caso, para

Edson Andrade:

regra deve

ser igual

para todos

O texto tramita na forma

do Projeto de Decreto Legisla-

tivo 346/07, oriundo da

Comissão de Relações Exterio-

res e de Defesa Nacional. Pelo

ajuste, os diplomas poderão ser

reconhecidos por universidades

públicas brasileiras e, para isso,

essas instituições terão de firmar

convênios com a Escola Lati-

no-Americana de Medicina

(Elam). O ajuste também deter-

mina a criação de uma comis-

são nacional, coordenada pelos

ministérios da Educação e da

Saúde, a quem caberá elaborar

exame nacional, teórico e

prático, para reconhecimento

dos títulos, sempre que se

comprove a inexistência de

compatibilidade com os currí-

culos brasileiros. Para cele-

bração de convênios com a

Elam, a comissão deverá

comprovar a compatibilidade

dos conteúdos curriculares.

O PDL 346/07 tramita em

regime de urgência e será

analisado pelas comissões de

Seguridade Social e Família;

de Educação e Cultura; de

Constituição e Justiça e de

Cidadania e também terá de ser

aprovado em Plenário. A

oficialização dos diplomas, no

entanto, será feita pelas uni-

versidades públicas do País

Fontes: CFM e Agência Câmara

Projeto já

tramita no

Congresso

José Luiz G.

Amaral,

presidente da

AMB: entidade

acusa o governo

de privilegiar

formados em

Cuba

Fotos: Arquivo

os brasileiros que se formam no

exterior.

“Cada médico, formado em

qualquer lugar do mundo, tem que

responder por sua qualificação.

Não importa se vêm de Harvard,

todos devem demonstrar sua

competência. Não é a grife de uma

escola, de qualquer natureza ou

país, que deve, a princípio, ser

considerada como suficiente e

bastante para a revalidação. O que

queremos é criar no Brasil um

mecanismo uniforme e unitário de

revalidação de diplomas e que

todos os brasileiros ou não-brasi-

leiros que queiram vir aqui traba-

lhar como médicos possam ser a

ele submetidos de maneira justa,

adequada e honesta”, disse o

presidente do Conselho Federal de

Medicina, Edson Andrade.