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JAMB

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JANEIRO/FEVEREIRO DE 2004

novo dia para a Mobilização Nacional dos médicos já

tem data: 9 de março. A decisão foi tomada na última

reunião da Comissão Nacional de Implantação da

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos

(CBHPM), realizada em 30 de janeiro (foto ao lado). No dia 6 de

março, a AMB, o CFM, a Federação Nacional dos Médicos e a

Confederação Médica Brasileira colocam nas ruas de todo o país

uma campanha publicitária chamando os médicos para omovimento

e esclarecendo a população sobre as reivindicações da categoria.

Acampanha “Doutor, mostre o valor do seu trabalho” será com-

posta de outdoors e anúncios em revistas, além de adesivos para

carro com os dizeres “Meu trabalho tem valor, sou médico”. Já no

dia 9, estão previstos atos públicos e entrevistas à imprensa, de acor-

do com o andamento da mobilização em cada Estado. As comis-

sões estaduais ficarão responsáveis por organizar as ações do dia.

“Optamos pelo início de março porque, assim, fortalece-

mos o movimento no Nordeste, já que este é o prazo que os

médicos da região deram aos planos de saúde para negociar a

implantação da CBHPM. Caso contrário, haverá uma

paralisação geral nos nove Estados nordestinos”, revelou o

presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva.

Paiva comentou ainda, de forma resumida, o andamento das

negociações da CBHPM com as entidades nacionais: a primeira a

aceitar foi o grupo

UNIDAS

(mais detalhes na pág. anterior). Com

o sistema

Abramge

as reuniões ainda mostram-se improdutivas,

pois há resistência para negociação. Já o sistema

Unimed

se

posiciona favorável à Classificação, sem no entanto definir uma

data final. As negociações estão avançadas e até em processo de

implantação por algumas singulares, casos de São José dos Cam-

pos (SP), Espírito Santo, Sergipe e Pernambuco. Também com a

Novo Dia Nacional de Mobilização: 9 de março

Acre

– Foi formada a Comissão Estadual de

Implantação da CBHPM, que decidiu negociar com

as operadoras os valores com banda de mais 20%.

Alagoas

– Integra o Movimento Nordestino, que une

os nove Estados da região. Em assembléias, os

médicos decidiram assinar cartas de adesão ao movimento. Se

não houver avanços nas negociações, haverá paralisação dos

trabalhos a partir de março.

Amazonas

–AComissão Estadual de Implantação tem

como foco das negociações a Unimed, principal plano

de saúde da região.

Bahia

– Integra o Movimento Nordestino e já definiu

a data de 15 de março para suspensão de atendimento

caso não haja acordo com a CBHPM.

Brasília

– Além das negociações feitas pela

Comissão Estadual com as operadoras, as Socieda-

des de Especialidade reforçam o movimento. Desde o início

do ano, várias especialidades suspenderam o atendimento aos

planos Bradesco, Sul América, Geap, Golden Cross, Amil,

Blue Life, Smile e Medial, sendo realizados apenas através de

reembolso.

Ceará

– Integra o Movimento Nordestino e, no mo-

mento, a Comissão Estadual aguarda resposta da

Unimed e da Unidas.

Espírito Santo

– Tem acordos praticamente fechados

com Unimed, Unidas e Asaspe, aguardando apenas

posicionamento final.

Goiás

– Possui comitê integrado pelas entidades

médicas locais. Aguarda propostas da Unidas e da

Geap, que deverão conter como cláusulas o aumento imediato e

a adoção da CBHPM.

Mato Grosso

– A principal operadora na região é

a Unimed e as entidades médicas locais aguardam

avanços com as eleições que acontecerão em março para a

nova diretoria da cooperativa: as duas chapas concorrentes

já sinalizaram a disposição em implantar a Classificação.

Mato Grosso do Sul

– Até 18 de dezembro, foram

realizadas reuniões semanais com as Sociedades de

Especialidade, para apresentar a CBHPM para os médicos e

chamá-los à mobilização. A Comissão de Implantação também

deu início às negociações.

Maranhão

– Outro Estado que integra o Movimento

Nordestino, que já tem data marcada para paralisação:

9 de março, caso acordo com CBHPM não seja fechado.

Minas Gerais

– A Comissão Estadual se reúne

semanalmente e enviou cartas às operadoras pedindo

reunião para negociações.

Pará

– AComissão, formada por representantes do Con-

selho Regional, da Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará e

pelo Sindicato dos Médicos, negocia com as operadoras a implanta-

ção com banda de menos 20%, em virtude da realidade econômica

do Estado. AUnimed tem demonstrado receptividade à proposta.

Paraíba

– Integra o Movimento Nordestino e tem o

apoio do Mistério Público local, além de uma resolu-

ção do Conselho Regional assinalando que as negociações com

os convênios devam ser norteadas pela CBHPM.

Paraná

– A Comissão Estadual realizou uma série de

reuniões com as Sociedades de Especialidade

para esclarecer a classe médica e enviou às operado-

ras locais carta convidando à negociação e, juntamente, um exem-

plar da CBHPM para que analisassem sua viabilidade.

Pernambuco

– Iniciou o Movimento Nordestino e tem

praticamente fechado acordo de implantação da

CBHPM com a Unimed, Unidas e Geap. A partir de 1º de março

os demais planos serão atendidos somente por reembolso.

Piauí

– Integra o Movimento Nordestino, e também

aguarda posicionamento para deflagrar movimento de

paralisação.

Rio de Janeiro

– Antes mesmo do 11 de novembro,

primeiro Dia Nacional de Mobilização, as entidades pa-

ralisaram o atendimento à Sul América, escolhida como

“plano-alvo”. Em janeiro, assinaram acordo, aceitando reajuste no

CH de 0,27 para 0,31. O atendimento foi normalizado e a operado-

ra se comprometeu a analisar a adoção da CBHPM a longo prazo.

Rio Grande do Norte

– Integra o Movimento

Nordestino e ganhou um apoio importante: de autoria

do deputado Paulo Davin (PT), ex-diretor da AMB, a Assem-

bléia Legislativa aprovou, em 28.01.04, a Lei 8483, já em vigor,

garantindo ao Conselho Regional competência para elaborar

referencial de honorários para fins de remuneração entre

médicos e operadoras. Apartir de março, há promessa da Unimed

em implantar a CBHPM, inicialmente pela consulta.

Rio Grande do Sul

– A Comissão Estadual ainda

está em fase de formação, mas atuará como conselho

consultivo da Central de Convênios que já vem atuando no

Estado como porta-voz da classe médica.

Rondônia

– Encontra-se ainda em processo de

mobilização da classe. Foram enviadas correspondên-

cias às entidades municipais, para que desenvolvam trabalho de

conscientização junto aos médicos.

Roraima

– A maior parte dos médicos do Estado tra-

balham na rede pública de saúde ou em consultórios

particulares. A única operadora atuante é a Unimed, com a qual a

negociação deverá ser tranqüila, já que é dirigida pelos mesmos

profissionais das entidades de classe.

Santa Catarina

– A Comissão Estadual realizou

reuniões com os médicos, solicitando o engajamento,

e enviou às operadoras a CBHPM para estudo de impacto. A

Unimed demonstrou interesse em implantar a Classificação e

disponibilizará três funcionários para trabalhar em conjunto com

as entidades a fim de acelerar um entendimento.

São Paulo

– A Comissão segue em negociação com

a Unidas e a Unimed. Os médicos assinaram carta

autorizando as entidades a negociar com a Amil a implanta-

ção da CBHPM e a fechar acordos quanto a pagamentos

atrasados e descredenciamentos unilaterais. No Estado, se

destaca o movimento deflagrado no Vale do Paraíba, que já

conseguiu o compromisso de adoção da CBHPM de oito

planos de saúde.

Sergipe

– Integrante do Movimento Nordestino, já

suspendeu atendimento aos planos Golden Cross, Sul

América, Amic e Plamed. As negociações com a Unimed e a

Unidas encontram-se próximas de um acordo.

Mobilização de implantação nos Estados

COMUNICADO

As entidades médicas nacionais abaixo signatárias,

através do presente ofício, comunicam às comissões de

honorários e a todos os médicos as deliberações a res-

peito do movimento para implantação da Classificação

Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos,

consubstanciada pela Resolução CFM 1673/2003. Foi

deflagrado em diversos Estados nordestinos processo

com diversas fases:

a) Mobilização dos médicos por ampla campanha da

classe;

b) Assembléias da categoria para aplicação do calendário

de negociação com as operadoras;

c) Documento de adesão dos médicos credenciados à

comissão de honorários para o atendimento por

reembolso;

d) Até o momento não houve resultado satisfatório com as

seguradoras;

e) Decisão da assembléia para atendimento a partir de

março/2004 por reembolso, como previsto na lei e nos

contratos, até a implantação da CBHPM ser efetivada

pelas seguradoras.

Pelo exposto, instamos e recomendamos às comissões

de honorários estaduais que promovam esforços para

viabilizar a implantação da CBHPM conforme as etapas

referidas anteriormente.

Associação Médica Brasileira

Conselho Federal de Medicina

Confederação Médica Brasileira

Federação Nacional dos Médicos

Fenaseg

as negociações encontram-se adiantadas. A entidade enca-

minhou ofício àAMB apresentando uma análise crítica da CBHPM.

“Numa avaliação inicial, não há nada que implique em alterações

substanciais em nosso trabalho”, afirmou Aldemir H. Soares, 1º

Secretário da AMB, acrescentando, no entanto que o documento

será encaminhado à CNHM para uma avaliação mais detalhada.

Em ofício (ao lado) destinado aos sindicatos, aos Conselhos

Estaduais de Medicina, às Federadas da AMB e às Sociedades

de Especialidade, as entidades médicas nacionais sugerem às

Comissões Estaduais de implantação da CBHPM que sigam o

exemplo dos Estados nordestinos que, em assembléia, decidi-

ram se unir para aumentar a força da mobilização e o poder de

negociação com as operadoras de planos de saúde.

Os médicos da região se comprometeram a implantar a

CBHPM a partir de março de 2004. Caso não haja avanços nas

negociações, deixarão de atender e cobrarão os valores estipula-

dos na Classificação diretamente dos pacientes.