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JAMB

JANEIRO/FEVEREIRO DE 2004

3

o dia 16 de janeiro, AMB e CFM

realizaram a primeira reunião da

agenda conjunta anunciada em

dezembro de 2003. Na pauta, o principal

tema foi a implantação da Ordem dos

Médicos do Brasil. As entidades decidiram

indicar, cada uma, três representantes que

ficarão responsáveis por discutir a viabili-

dade jurídica e política da Ordem e elaborar

um cronograma de trabalho. A intenção é

que, ainda no primeiro semestre do ano, se

tenha um projeto a ser apresentado publica-

mente e levado a plebiscito nacional.

“Em todos os locais em que a proposta da

Ordem foi apresentada, a adesão foi unâni-

me, o que significa que os médicos brasilei-

ros desejam ter um único órgão, forte, repre-

sentativo da classe.”, afirmou o presidente da

AMB, Eleuses Vieira de Paiva. “AMB e CFM

são duas entidades que já vêm caminhando a

uma certa velocidade e que terão que se unir

em determinado ponto, sem que isso signifi-

que paralisação dos trabalhos”, disse o presi-

dente do CFM, Edson de Oliveira Andrade.

Pela AMB, integrarão a Comissão o diretor

de Defesa Profissional, Eduardo da Silva Vaz,

o diretor de Saúde Pública, Samir Dahas Bittar,

e o vice-presidente da região Sul, Remaclo

Fischer Junior. Pelo CFM, o secretário-geral,

Rubens dos Santos Silva, o conselheiro Antô-

nio Gonçalves Pinheiro, e a segunda-tesourei-

ra Marisa Fratari Tavares de Souza.

Escolas médicas –

Também no encontro,

foi analisada cópia do mandado de

segurança impetrado pela Associação

Médica Brasileira, pelo Conselho Regional

de Medicina do Estado de São Paulo

(Cremesp) e pela Associação Paulista de

Medicina (APM) questionando a abertura da

faculdade de Medicina da Universidade

Cidade de São Paulo (Unicid), autorizada

pelo Ministério da Educação (MEC) apesar

da posição contrária do Conselho Nacional

de Saúde (mais detalhes no quadro abaixo).

Associação Médica Brasileira e Conselho

Federal de Medicina ainda se posicionaram

contra o decreto assinado pelo presidente

Luiz Inácio Lula da Silva que reconhece

diplomas emitidos em Cuba sem a avalia-

ção por entidades brasileiras e contra o

Projeto de Lei 3080/00, do deputado Serafim

Venzon (PSDB-SC), que estabelece que os

Títulos de Especialista na área de Medicina

sejam concedidos aos portadores de títulos

universitários de mestrado, doutorado, livre-

docência ou curso de especialização reali-

zado no exterior.

Greve dos peritos do INSS –

O CFM

apresentou a campanha publicitária de apoio

aos médicos peritos do Instituto Nacional do

Seguro Social (detalhes na pág. 8), esclare-

cendo a população que se sente prejudicada

com a greve. Paralisados desde dezembro do

ano passado, os peritos exigem um plano de

carreira com remuneração compatível à

função e a realização de concursos públicos

para o preenchimento das vagas.

Também foi discutido o mandado de se-

gurança impetrado pela Associação Médica

Brasileira, pelo Conselho Federal de Medi-

cina, pela Associação Paulista de Medicina e

pelo Conselho Regional de Medicina de São

Paulo contra o concurso público para audi-

tor-fiscal do trabalho aberto pelo Ministério

da Fazenda. O edital do concurso, direcio-

nado a médicos encarregados da fiscalização

das condições de salubridade do ambiente de

trabalho, exige como pré-requisito apenas a

conclusão da graduação e não a pós-gradua-

ção ou especialização na área de medicina do

trabalho, como defendem as entidades.

CBHPM –

Representantes da Unimed

Campinas também compareceram ao encon-

tro e apresentaram um estudo preliminar de

impacto da adoção da Classificação Brasilei-

ra Hierarquizada de Procedimentos Médicos.

O presidente da Unimed Campinas, Ubirajara

Ferreira, demonstrou interesse na implanta-

ção da Classificação: “Pelos resultados dos

estudos preliminares, posso dizer que a ado-

ção da CBHPM não é um sonho distante”.

Reunião conjunta AMB e CFM: primeiros passos para a criação da Ordem dos Médicos do Brasil

O Conselho Regional de Medicina

do Estado de São Paulo, a Associação

Paulista de Medicina e a Associação

Médica Brasileira impetraram manda-

do de segurança com pedido de liminar

junto à 6ª Vara da Justiça Federal em

São Paulo, no dia 2 de dezembro de

2003, questionando, no mérito, a vali-

dade da criação do curso de Medicina

da Universidade Cidade de São Paulo

(Unicid). A ação, baseada em parecer

elaborado pelo departamento jurídico

da Associação Médica Brasileira,

deve-se ao fato de a autorização pré-

via do Ministério da Educação (MEC)

para o funcionamento do curso ter ex-

pirado em outubro do ano passado.

Dentre os argumentos utilizados para

embasar a mencionada ação judicial,

as entidades médicas citam a existên-

cia de ressalvas apresentadas no pare-

cer 308/2002, do Conselho Nacional

de Educação/Câmara de Educação

Superior, quando da manifestação fa-

vorável para concessão da autorização

prévia para criação do curso de Medi-

cina. Na oportunidade, a Unicid rece-

beu as seguintes recomendações:

1. Construção de dois laboratórios

multiuso com capacidade, cada um, para

25 alunos;

2. Ampliação do acervo da biblioteca, na

área básica de saúde;

3. Realização do treinamento dos

docentes propostos para o ensino em

ABP (Aprendizagem Básica em Pro-

blemas), com carga horária mínima de

156 horas, por equipe experiente na

filosofia de ensino.

Como o pedido de liminar foi indefe-

rido no último dia 4 de dezembro, cujo

intuito era impedir a realização do vesti-

bular marcado para os dias 6 e 7 de de-

zembro de 2003, as entidades médicas

interpuseram recurso junto ao Tribunal

Regional Federal da 3ª Região, reque-

rendo a suspensão dos efeitos do vesti-

bular, ou seja, a suspensão da divulga-

ção dos classificados e do processo de

matrícula. Vale lembrar que o Conselho

Nacional de Saúde foi contrário à cria-

ção do curso de Medicina da Unicid.

Ação contra curso deMedicina daUnicid

O 1º Secretário da AMB, Aldemir

Humberto Soares, esteve reunido no dia

11 de fevereiro com a Frente Parlamen-

tar de Saúde (na foto acima, o primeiro

da esq. para à dir., ao lado do deputado

Rafael Guerra) para discutir o impacto

que o novo valor de contribuição da

Cofins – alteração de 3% para 7,6%,

representando um aumento real de

150% - acarreta para o setor de saúde.

Na ocasião, os deputados da Fren-

te Parlamentar aprovaram o enca-

minhamento de uma emenda à MP 164

reduzindo o valor de cobrança de 7,6%

para 3% para todos os segmentos de

saúde. Na MP aprovada, apenas os

setores hospitalar e de bancos de san-

gue foram beneficiados com a manu-

tenção da cobrança de 3%.

“Recebemos mais esse importante

apoio da Frente Parlamentar, que se

comprometeu a encaminhar a emenda ao

plenário com a máxima urgência para

apreciação”, ressalta Aldemir Soares.

Emenda propõe alteração

na contribuição da Cofins

Comissãodiscutirá Ordem dos Médicos