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A
nais
do
V CONGRESSO SAMMG | 29
de
setembro
– 1
de
outubro
de
2016 | B
elo
H
orizonte
/MG:37-62
mundo. O cuidado em saúde mental na Atenção Básica é
bastante estratégico pela facilidade de acesso das equipes
aos usuários. A dificuldade em referenciar esses pacientes
a especialistas faz com que o médico da equipe de saúde
da família, muitas vezes despreparado, realize diagnóstico
e proponha tratamentos inadequados.
Objetivos:
Orientar
sobre a realização do diagnóstico dos transtornos depres-
sivos, bem como de seus diagnósticos diferenciais, além
de esclarecer os efeitos adversos a longo prazo do uso de
antidepressivos.
Metodologia:
Foram usados os bancos de
dados disponíveis: Medline, Pubmed, Scielo, Jama, Lan-
cet. Palavras chave: depression, depressive-symptoms,
primary care e antidepressant, sendo incluídos no estudo
artigos de revisão bibliográfica, ensaios clínicos randomi-
zados, estudos observacionais, retrospectivos e diretrizes,
totalizando 31 artigos publicados entre os anos de 1996
a 2015, na língua inglesa e portuguesa.
Discussão:
Para
um diagnóstico correto são necessários: treinamento espe-
cífico dos médicos, instrumentos adequados e, principal-
mente, avaliação do estado clínico e mental dos pacientes.
Os instrumentos mais utilizados atualmente são: DSM
V e CID-10, porém, principalmente na atenção primá-
ria, é comum que queixas somáticas sejam consideradas
e tratadas como transtornos de humor superestimando a
frequência desses transtornos e ampliando prescrição de
ansiolíticos e antidepressivos. Os inibidores seletivos da
recaptação de serotonina (ISRS) são os antidepressivos
mais utilizados, principalmente pela população idosa,
devido ao perfil favorável de efeitos colaterais. Estudo rea-
lizado em 2007 mostrou que o uso diário por mais de 5
anos de ISRS apresenta a mesmo risco para fraturas osteo-
poróticas em pacientes com mais de 50 anos que o uso
diário de corticoides.
Conclusão:
Diante dos graves riscos
a longo prazo pelo uso de antidepressivos, mesmo em clas-
ses com efeitos mais toleráveis a curto prazo, torna-se inci-
sivo uma maior capacitação dos médicos não especialistas
para a realização de correto diagnóstico dos transtornos de
humor e uma prescrição mais consciente, individualizada
e acompanhada dessa classe medicamentosa.
Palavras-chave:
depressão, sintomas depressivos e
antidepressivos.
Associação entre diabetes mellitus tipo 2 e
psoríase: revisão sistemática
A
ssociation
between
type
2
diabetes
mellitus
and
psoriasis
: S
ystematic
review
S
ilveira
JG¹, F
reitas
MAC¹, O
liveira
LCR¹, A
lencar
JS¹,
R
ückl
S
2
¹Acadêmica do 8º período do curso de medicina da Universidade
José do Rosário Vellano (UNIFENAS-BH)
2
Professora do curso de medicina da Universidade José do
Rosário Vellano (UNIFENAS -BH)
Contato:
jacquelinegomes90@gmail.com; (31) 99984-1430
Introdução:
A psoríase é uma doença dermatológica
crônica, inflamatória e imunomediada caracterizada por
placas eritemato-escamosas, que acomete cerca de 2 a 4%
da população adulta mundial
1
. Já o diabetes mellitus tipo 2
(DM2) acomente, aproximadamente, 415 milhões pessoas
no mundo
2
. Sendo ambas doenças crônicas prevalentes na
população mundial. Uma vez que a psoríase é caracteri-
zada por uma inflamação sistêmica e ambas possuem as
mesmas bases fisiopatológicas, pode haver uma relação
entre psoríase e DM 2, porém os resultados são inconclu-
sivos
2
,
justificando a necessidade da realização dessa revi-
são sistemática.
Objetivo:
Realizar uma revisão sistemá-
tica de literatura para verificar se há ou não uma relação
epidemiológica entre as duas doenças.
Metodologia:
As
seguintes combinações “diabetes e psoríase”
e
“
psoria-
sis and diabetes
” foram pesquisadas
nos bancos de dados
Bireme, Pubmed e Portal de periódicos CAPES/MEC.
Foram utilizados artigos de revisão, metanálise, estudos
transversal, caso-controle e coorte. Foram encontrados
5753 artigos nas bases de dados, sendo 1.070 no PubMed,
4.052 no CAPES/MEC e 631 no Bireme. Selecionaram-se
14 estudos por meio dos fatores de inclusão e exclusão,
títulos e resumos.
Discussão:
Psoríase e DM2 são carac-
terizadas por uma inflamação crônica que envolve diver-
sos marcadores inflamatórios e citocinas, como fator de
necrose tumoral (TNF), interleucina 1 (IL-1), IL-6, IL-22,
células T do tecido adiposo e fator nuclear kB (FN-kB)
3-
5
. Essas juntamente com a resposta TH1 desencadeiam as
alterações cutâneas da psoríase, promovem resistência à
insulina e metabolismo desordenado, podendo levar a sín-
drome metabólica
6,7
. Onze estudos revelaram que o DM é
significativamente mais comum em pacientes com pso-
ríase do que na população em geral. De forma inversa,
apenas um estudo verificou que pacientes diabéticos tem
maior risco de desenvolver psoríase. Dois estudos não
constataram associação entre essas doenças. Além disso,
o tratamento com insulina aumenta o risco de psoríase e
exacerba suas manifestações clínicas
5
.
Conclusão:
Con-
clui-se que há uma relação epidemiológica entre DM2 e
Psoríase. Essa relação parece ser bidirecional, porém há
mais evidências demonstrando um risco maior de portado-
res de psoríase desenvolver DM, do que o inverso. Por isso,
é necessário que os profissionais de saúde estejam alertas
para a relação epidemiológica da psoríase e do DM2.
Palavras-chave:
diabetes, psoríase, psoriasis.
Correlações anatômicas entre insônia e depressão
A
natomical
correlations
between
insomnia
and
depression
D
ornelas
EHB¹, C
unha
JS²
¹Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; ²Universidade
Federal de Minas Gerais
Contato:
ehenriquebd@hotmail.com; ehenriquebd@gmail.com;
(31) 975121518
Introdução:
Estudos enfatizam a comorbidade entre
insônia e depressão devido a fatores de risco comuns,
exemplo disso é a pesquisa da universidade Johns Hop-
kins com 1053 estudantes que revelou riscos maiores