Simpósio
CésarTeixeira
Evento debateu pontos importantes
para a definição do fator de qualidade.
incorporação da tecnologia no
rol de procedimentos. Qualida-
de e ética foi o tema abordado
por Sérgio Ibiapina, membro da
Câmara Técnica de Bioética do
CFM. Os debatedores Salomão
Rodrigues, coordenador da Co-
missão Nacional de Saúde Su-
plementar (Comsu), e Emílio Zil-
li, diretor de Defesa Profissional
da AMB, destacaram que o se-
tor precisa se manter em equi-
líbrio. “Os pacientes querem pa-
gar menos nas mensalidades,
os prestadores de serviço preci-
sam ser mais bem remunerados
e as operadoras, evidentemen-
te, querem aumentar sua mar-
gem de lucro. Todos nós quere-
mos mais qualidade”, defendeu
Rodrigues.
Outra mesa, coordenada por
Florentino Cardoso, debateu as
diferenças entre qualidade e
qualificação profissional. Nesse
aspecto, Florentino defendeu o
título de especialista, obtido por
meio das sociedades de especia-
lidade filiadas à AMB ou pelas
residências da Comissão Nacio-
nal de Residência Médica. “De-
fendemos que o ponto de cor-
te seja o título de especialista,
de forma a estabelecer algo que
seja sustentável”, destacou.
Participaram da mesa como
expositores o assessor jurídico da
AMB, Carlos Michaelis; José Ce-
chin, presidente da Federação Na-
cional de Saúde Suplementar (Fe-
naSaúde); José Bonamigo Filho, 1º
tesoureiro da AMB; e Ricardo Ko-
matsu, representante do Instituto
Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.
Para debater esse tema, compuse-
ram a mesa principal Ana Maria
Malik, coordenadora do Centro de
Estudos em Planejamento e Ges-
tão de Saúde da FundaçãoGetulio
Vargas, e Luiz Augusto Carneiro,
do Instituto de Estudos de Saúde
Suplementar (IESS).
Qualidade e ferramentas de
avaliação foi o tema das discus-
sões no período da tarde. Como
expositores, participaram Clau-
dio Lottenberg, do Hospital Israe-
lita Albert Einstein, que apresen-
tou experiências de certificação
e a possibilidade de serem ado-
tadas por serviços e consultórios;
e Eduardo Vaz, presidente da So-
ciedade Brasileira de Pediatria,
que debateu a avaliação da qua-
lidade e sua interferência na me-
lhoria do atendimento.
O diretor da Associação
Nacional de Hospitais Priva-
dos (ANAHP), Carlos Figueire-
do, apresentou números que
mostram o que mudou, na prá-
tica, a acreditação nos hospitais
de “ponta”, enquanto Martha Oli-
veira voltou ao debate para apre-
sentar como adequar qualidade
e remuneração.
O evento foi finalizado com
a conferência “Como adotar a
qualidade de forma eficaz em
nosso sistema de saúde: será
possível unificar a saúde públi-
ca e a suplementar?”, por Bruno
de Abreu, do Sindicato da Indús-
tria de Produtos Farmacêuticos
no Estado de São Paulo (Sindus-
farma).
“A Lei 13.003 foi responsável
por esse simpósio, pois exige
que esse tema seja colocado em
prática. Tivemos aqui a enor-
me contribuição de todos para
construirmos esse caminho. Te-
mos que chegar até o final do
ano com um fator de qualida-
de que interesse a todos. Esse é
o nosso grande desafio”, disse
o diretor de Defesa Profissional
da AMB, Emilio Zilli, ao encer-
rar o evento.
M
ARÇO/ABRIL – MAIO/JUNHO
2016
■
JAMB
■
9