Simpósio
Começa a discussão sobre
fator de qualidade
T
endo como tema princi-
pal o fator de qualidade
(Resolução nº 364/ ANS) e
seis eixos centrais – qualificação
e titulação médica, ética, boas
práticas, desfechos clínicos, evi-
dências científicas e qualidade
do serviço médico no mundo –, a
diretoria de Defesa Profissional
da Associação Médica Brasileira
(AMB), com apoio do Conselho
Federal de Medicina (CFM), reali-
zou no dia 29 de março, em São
Paulo, o I Simpósio Nacional de
Qualidade em Saúde.
Esse foi o primeiro even-
to criado para discutir o fator
de qualidade, previsto na Lei
da Contratualização (13.003/14),
que estabelece a obrigatorie-
dade de contratos por escrito e
detalhados entre operadoras e
prestadores de serviço. O fator
de qualidade servirá como pa-
râmetro para reajuste de contra-
tos entre operadoras e médicos,
que terão como base o Índice
Nacional de Preços ao Consumi-
dor Amplo (IPCA).
“Quando se fala em fator de
qualidade, vislumbramos a cons-
trução de um instrumento que
seja aplicável e valorize o profis-
sional bem qualificado. Estamos
abertos a melhores alternativas,
sempre buscando o melhor para
o paciente”, disse o presidente
da AMB, Florentino Cardoso, na
abertura do evento.
Por sua vez, o presidente do
CFM, Carlos Vital, destacou a
importância das discussões so-
bre o assunto. “Temos aqui um
tema que interessa a todos: o
que é qualidade e como incorpo-
rá-la para que possamos decidir
melhores caminhos na relação
entre o médico, a sociedade e as
operadoras de planos de saúde.”
A diretora de desenvolvi-
mento setorial da Agência Nacio-
nal de Saúde Suplementar (ANS),
Martha Oliveira, não escondeu
contentamento ao iniciar o seu
tema de discussão. “Este é um
momento histórico, que marca
para onde vamos nesse proces-
so. Define outra perspectiva em
saúde, porque hoje começa a de-
finição de um novo modelo de
prestação de serviço. É um pas-
so enorme na assistência à saúde
e só poderia nascer aqui mesmo,
no seio da AMB e do CFM”, afir-
mou. Em sua apresentação, Mar-
tha destacou os modelos de re-
muneração e seus reflexos nos
modelos assistenciais.
Também representando a
ANS, Raquel Lisbôa, gerente ge-
ral de Regulação Assistencial à
Saúde, tratou da qualificação na
CésarTeixeira
Mesa de abertura contou com os presidentes da AMB e do CFM.
César Teixeira
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JAMB
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MARÇO/ABRIL – MAIO/JUNHO
2016