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JAMB

SET/OUT DE 2005

11

A Associação Médica

Brasileira e a Pro Teste –

Associação Brasileira de

Defesa do Consumidor

lançaram, no final de se-

tembro, uma cartilha “Aci-

dentes de Consumo”, que

orienta consumidores e

médicos a identificar, no-

tificar e prevenir acidentes

de consumo. A publicação

compila os direitos dos

consumidores, conceitua

os acidentes de consumo

de acordo com o Código

de Defesa do Consumidor,

apresenta exemplos co-

muns de falhas de produtos e de serviços, e também

traz um guia completo mostrando onde e como recor-

rer quando se é vítima de acidentes ocasionados por

falhas em produtos e serviços.

Distribuída gratuitamente a consumidores e médi-

cos, a cartilha faz parte de um esforço conjunto da

Pro Teste e da Associação Médica Brasileira para

conscientizar a sociedade e sensibilizar o Congres-

so Nacional quanto à aprovação, com urgência, do

Projeto de Lei 4.302/04, de autoria do deputado

Dimas Ramalho (PPS-SP), que cria o Sistema Nacio-

nal de Acidentes de Consumo (Sinac).

Crianças são as maiores vítimas

Até meados de 2004, o Brasil não tinha a menor

idéia das seqüelas sociais e econômicas originadas

pelos acidentes do consumo. Imaginava-se que o

problema fosse grave, como em outros países. Nos

Estados Unidos, por exemplo, apenas de outubro

de 1998 a setembro de 1999, as falhas em produtos

e serviços foram responsáveis por mais de 4 mi-

lhões de ferimentos tratados em salas de emergên-

cia de hospitais, que provocaram 4.308 mortes e

custaram U$ 300.557.000 ao sistema de saúde.

Com o objetivo de dimensionar os acidentes de

consumo no Brasil, e de atacá-los eficazmente, a

DEBATE

– No dia 22 de setem-

bro, o presidente da AMB,

Eleuses Vieira de Paiva, partici-

pou do debate promovido pela

Folha de S. Paulo

sobre o trata-

mento de câncer no Sistema Úni-

co de Saúde, no auditório do jor-

nal, na capital paulista. Também participaram da discussão a

secretária municipal da Saúde de São Paulo, Maria Cristina Cury,

o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, a repórter da

Folha

Cláudia

Collucci, o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Luiz

Roberto Barradas Barata, e a presidente da Sociedade Paulista de

Oncologia Clínica, Nise Yamaguchi.

CREDIBILIDADE EM ALTA

– Uma pesquisa realizada pelo

Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostra

que a classe médica é a instituição com maior credibilidade na

opinião do povo brasileiro, com um índice de 81% de confiança.

Pela pesquisa, os médicos são mais confiáveis até mesmo que a

Igreja Católica, segunda instituição commaior confiança com 71%,

seguida pelas Forças Armadas (69%). Entre os demais profissio-

nais liberais avaliados, engenheiros e advogados alcançam índices

de confiança de 61% e 48%, respectivamente.

Na outra ponta da tabela, entre as instituições nas quais os brasi-

leiros menos confiam, aparecem os políticos com 90%, os parti-

dos políticos (88%), a Câmara dos Deputados (81%), o Senado

(76%) e a polícia (61%).

Segundo o Ibope, para chegar a esses números, foram entrevista-

dos, entre os dias 18 e 22 de agosto, 2.002 eleitores em 143 muni-

cípios do País. Amargem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para

mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.

Informações mais detalhadas sobre a pesquisa podem ser encon-

tradas no

site

www.ibope.com.br.

Cartilha previne

acidentes de consumo

CARTÕES TELEFÔNICOS

DIVULGAM A CAMPANHA

DO ATO MÉDICO

– A Asso-

ciação Médica Brasileira e o

Conselho Federal de Medicina

lançaram, em parceria com a

Brasil Telecom, cartões telefôni-

cos com imagem referente à

campanha pela regulamentação da medicina, apresentada no

Projeto de Lei do Senado 25/02. O objetivo é divulgar à popula-

ção a importância desta regulamentação, que garante ao paciente

o diagnóstico e a indicação terapêutica realizados pelo médico,

profissional cuja formação é adequada a tais competências.

Todas as demais profissões da área da saúde já têm normas

previstas na legislação nacional. A divulgação da campanha

pelos cartões telefônicos, distribuídos em 15 Estados, é uma ini-

ciativa da Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico, forma-

da por representantes da Associação Médica Brasileira e do

Conselho Federal de Medicina que se reúnem periodicamente.

ESCOLAS MÉDICAS

– Acompanhados pelo

deputado Amauri Gasques (PL-SP), o vice-presidente

da Região Centro-Sul e presidente eleito da AMB, José

Luiz Gomes do Amaral, o 2º vice-presidente da entida-

de, Ronaldo da Rocha Loures Bueno, e a secretária-

geral do CFM, Livia Garção, tiveram uma audiência,

no dia 29 de setembro, em Brasília, com o ministro da

Educação, Fernando Haddad, oportunidade em que

discutiram os critérios para a autorização de novos

cursos de medicina e entregaram ao ministro o trabalho

“Abertura de escolas de medicina no Brasil: relatório

de um cenário sombrio”, elaborado pela Associação

Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina.

“O ministro foi muito receptivo e mostrou-se extremamente interessado em encontrar soluções para setor”,

afirma Ronaldo Bueno. “Apresentamos uma proposta sugerindo uma nova moratória para a abertura de novas

escolas de medicina até a aprovação do Projeto de Lei 65/03, de autoria do deputado Arlindo Chinaglia

(PT-SP). Na Comissão de Seguridade Social e Família, esse PL recebeu substitutivo da relatora, deputada

Angela Guadagnin (PT-SP), ampliando a abrangência da moratória para as demais profissões da área de saúde,

além de poder decisório ao CNS e CNE”, completa Bueno. Segundo diretores da AMB, o ministro Haddad

elogiou o trabalho elaborado pelas entidades médicas nacionais e prometeu que o assunto será amplamente

debatido durante evento específico, em Fórum previsto para o próximo mês, em Brasília.

Pro Teste e a Associação

Médica Brasileira (em

parceria o Hospital São

Paulo da Unifesp/EPM,

Hospital Universitário

da Irmandade da Santa

Casa de Misericórdia de

São Pau l o , Hosp i t a l

das Clínicas da FMUSP

e Hospital Universitário

da Universidade de São

Paulo) mapearam, du-

rante três meses, vítimas

de acidentes de consu-

mo. Foram realizadas

2.021 entrevistas com

c o n s u m i d o r e s

lesionados por produtos (1.465) e serviços (556).

O resultado foi alarmante: a pesquisa consta-

tou que as crianças (60%) são as principais víti-

mas dos casos de obstrução aérea (nariz e ouvi-

do), e que se machucam com seus brinquedos

( 38%) ou ou t r os i t ens (ma t e r i a l e s co l a r ) .

OsÊadultos são vítimas,Ê principalmente, deÊ quei-

maduras, conseqüência de acidentes com produ-

tos de limpeza (álcool, cloro) e utensílios domés-

ticos (panelas). Eles são, também, as maiores

v í t ima s de ac i den t e s que p r ovocam l e sõe s

ou ferimentos, principalmente no ouvido (43%),

em sua ma i o r i a , ac i den t e s com co t one t e s ,

quandoÊ o algodão se desprende das hastes.

Devido às quedas de escadas portáteis e em

pisos cerâmicos, os adultos também sofrem,

com maior freqüência,Ê entorses e contusões,

que lesionam membros inferiores (54%). Já os

s e r v i ços de t r anspo r t e , j un t amen t e com os

desníveis das calçadas, são responsáveis pela

maior parte dos casos de cortes, conforme consta-

tou a pesquisa. Essas vítimas chegam aos pron-

tos-socorros também com entorses ou contusões,

que acontecem na maioria das vezes nos transpor-

tes (60%) e atingem, principalmente, os membros

inferiores (68%).

TRATADO ANTIFUMO

– Entidades médicas e organizações

não-governamentais de todo o Brasil realizaram uma manifes-

tação em Brasília, no dia 28 de setembro, pela aprovação da

Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, tratado inter-

nacional de saúde pública que estabelecerá medidas rigorosas

de combate ao fumo, como preços e tributos mais elevados e a

total proibição em ambientes fechados e locais públicos. Nos

últimos meses, a sociedade civil tem promovido diversas

campanhas e atos públicos em defesa da Convenção-Quadro,

pois, caso o Brasil não a ratifique até o dia 7 de novembro,

não poderá participar da primeira conferência dos países

signatários, prevista para fevereiro de 2006, perdendo a opor-

tunidade de interferir na definição das normas e de discutir

alternativas de cultura e subsídios para os fumicultores. A

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica afixou 20

outdoors

em Brasília, no início de setembro, questionando os parlamen-

tares sobre o lobby da indústria. A próxima campanha, com o

slogan “Dando Nome aos Bois”, pretende anunciar à mídia e à

população em geral quem são os senadores que votarão a favor

e os que votarão contra a Convenção-Quadro.