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SET/OUT DE 2005

9

Implantação da CBHPM: novas ações

Reunião da CNI com as Comissões Estaduais de Honorários em Belém, Pará

Samir Bittar, coordenador da CNI, homenageou o presidente da AMB, Eleuses Paiva, com placa de agradecimento

CNI

– A Comissão Nacional para

Implantação da CBHPM esteve reuni-

da no dia 9 de setembro, em Belém,

no Pará, na véspera do encontro nacio-

nal das Comissões Estaduais de Hono-

rários Médicos. Além da elaboração da

pauta para a reunião nacional, assun-

tos como o PL 3466, contratualização,

revisão da CBHPM e novas estratégias

para sua implantação também foram

abordados no encontro.

No dia 6 de outubro, o Projeto de Lei 3466/04, que referencia a

CBHPM em âmbito nacional no sistema suplementar de saúde, foi

aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição, Justiça e

Cidadania da Câmara dos Deputados. O parecer do relator, deputado

Nelson Pellegrino (PT-BA), atestando a constitucionalidade,

juridicidade e técnica legislativa do PL, foi aceito com complementação

de voto, porque houve uma pequena mudança estrutural na redação

do PL. Antes, outras duas Comissões, a de Desenvolvimento Econô-

mico, Indústria e Comércio e a de Seguridade Social e Família, tam-

bém jáÊhaviam aprovado o Projeto de Lei. A próxima etapa agora será

a votaçãoÊno plenário da Câmara, pois o PL tramita em regime de

urgência. Se aprovada, seguirá para o Senado Federal.

Projeto de Lei da CBHPM

As empresasAmil e Medial Saú-

de serão os próximos alvos do mo-

vimento nacional para a implanta-

ção da Classificação Brasileira

Hierarquizada de Procedimentos

Médicos. Esta foi a principal deci-

são tomada na reunião da CNI -

Comissão Nacional para Implanta-

ção da CBHPM com as Comissões

Estaduais de Honorários Médicos,

realizada no dia 9 de setembro, em

Belém, que contou também com

representantes da AMB, Conselho

Federal de Medicina e Federação

Nacional dos Médicos.

“Já fechamos acordos com o

grupo Unidas, com o sistema

Unimed e reabrimos as negocia-

ções com o grupo Fenaseg, que re-

presenta o segmento de seguro-

saúde. No entanto, há uma total

falta de disposição do sistema de

medicina de grupo, representado

pela Abramge, em negociar com os

médicos”, afirmou Samir Bittar,

coordenador da CNI, ao justificar

a escolha do grupo Abramge como

alvo do movimento.

Ficou acertado que as Comis-

sões Estaduais de Honorários terão

prazo até outubro para avaliar e or-

ganizar o movimento de parali-

sação. Também ficou definida uma

ordem de preferência: se possível,

Amil em primeiro lugar e depois a

Medial, porém se a Comissão Es-

tadual estiver em processo de ne-

gociação ou mesmo se já finaliza-

do acordo com qualquer dos planos

escolhidos, terá liberdade para de-

finir outro plano, de preferência

filiado ao sistema Abramge. ACNI

também tentará uma abertura de ne-

gociações com o grupo Amil na

busca de uma solução para os

impasses regionais. Segundo o úl-

timo balanço realizado pela CNI

junto às Comissões Estaduais, ape-

nas dois Estados firmaram acordos

com a Amil: Piauí e Rio Grande do

Norte, sendo que o Rio de Janeiro

encontra-se em fase adiantada de

negociações com a empresa.

Outra decisão importante

aprovada na reunião foi uma

ampla mobilização no sentido

de recredenciar os profissionais

que foram descredenciados pela

participação no movimento de

implantação da CBHPM. Esta

será uma das exigências das enti-

dades médicas que se encontram

na reta final do processo de

contratualização com Bradesco e

SulAmerica.

Além dessas decisões, outras

propostas foram apresentadas - e

aprovadas - objetivando criar estra-

tégias para fortalecer o movimento

nacional de implantação. Estas su-

gestões serão encaminhadas às Co-

missões Estaduais de Honorários

para avaliação e implantação. Du-

rante a reunião, a última da atual

gestão, o coordenador da CNI,

Samir Bittar, aproveitou para fazer

uma homenagem ao presidente da

AMB, Eleuses Paiva, que deixará

o cargo em outubro, após seis anos

à frente da entidade.

“Estes anos de trabalho capita-

neados pelo Dr. Eleuses modifica-

ram a trajetória do movimento mé-

dico nacional. Juntamente com o

Conselho Federal de Medicina e a

Federação Nacional dos Médicos,

tivemos oportunidade de vivenciar

momentos especiais, com enormes

benefícios à classe. O Dr. Eleuses

tem enorme participação nisso,

principalmente pela forma harmô-

nica com que levou adiante o tra-

balho junto às três entidades”, des-

tacou Bittar antes de entregar uma

placa de agradecimento ao presi-

dente da AMB.

“É uma homenagem justíssima”,

frisou José Roberto Murisset, repre-

sentante da Fenam na reunião. “Seu

papel moderador, conciliador e

equilibrado foi relevante pela

reunificação e unidade existente

hoje entre entidades médicas”,

finalizou. “A classe médica bra-

sileira será eternamente grata ao

Dr. Eleuses, que nestes anos se de-

dicou de maneira grandiosa e com

total empenho à defesa das causas

da categoria. Devemos enorme gra-

tidão a essa sua dedicação”, emen-

dou Luiz Sallim Emed, membro da

CNI e representante do Conselho

Federal de Medicina na reunião.

“Sempre trabalhei em equipe e

os triunfos conquistados nestes

últimos anos foram em virtude do

trabalho de um seleto grupo de

pessoas que nos auxiliou não ape-

nas na Associação Médica Brasi-

leira, como no Conselho Federal

de Medicina, Fenam e Sociedades

de Especialidade. Essa união sim

possibilitou alguns avanços, e por

isso eu é que devo agradecer a

oportunidade e o privilégio de ter

convivido com todos”, destacou

Eleuses Paiva, em agradecimento

à homenagem.