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C

esariana

a

pedido

R

ev

A

ssoc

M

ed

B

ras

2015; 61(4):296-307

301

Efeito do parto cesáreo a pedido materno ou sem indicação na

ocorrência de asfixia neonatal

No grupo de parto cesáreo a pedido materno, a taxa de as-

fixia neonatal (

B

)

3-5

é de 0,06%

versus

0,25% no grupo de par-

to vaginal planejado na avaliação da média de todos os tra-

balhos. Não há redução significativa do risco absoluto com

relação à taxa de asfixia entre os dois grupos (IC95%: -0,01

a -0,00; p=0,0002; I

2

=88%; Figura 3.2) (Tabela 6), embora

exista diferença demonstrada pelo gráfico da metanálise.

Efeito do parto cesáreo a pedido materno ou sem indicação

sobre as complicações respiratórias

Quatro estudos (

B

)

3-5,8

avaliam as complicações respira-

tórias no recém-nascido relacionadas ao parto cesáreo a

pedido materno ou sem indicação. A média obtida a par-

tir de todos os trabalhos demonstra que as complicações

respiratórias no grupo de cesárea são de 3,1%

versus

5,7%

no grupo de parto vaginal planejado (Tabela 6). Entretan-

to, a metanálise demonstra que o parto cesáreo a pedido

materno está associado com aumento significativo de 1,0%

(IC95%: 0,01 a 0,02; p<0,00001; I

2

=96%; Figura 3.3) no ris-

co absoluto do surgimento de complicações respiratórias.

Efeito do parto cesáreo a pedido materno ou sem indicação na

taxa de infecção infantil

A média de complicações infecciosas (

B

)

3-5

no grupo de

cesárea a pedido materno é de 0,4%, enquanto o grupo de

parto vaginal planejado apresenta taxa de infecção de

TABELA 6

 Complicações infantis.

Cesárea sem indicação

n

Parto vaginal

n

p

Peso médio ao nascer (DP)

Karlström, 2013 3.558 (±448)

5.877

3.665 (±467)

12.936

<0,0000001

Crowther, 2012 3.462 (±451)

1.098

3.571 (±495)

1.225

<0,0000001

Liu, 2012

3.438 (±393)

22.462

3.332 (±375)

409.242

<0.0000001

Larsson, 2011 3.339

247

3.617

294

<0,001

Dahlgren, 2009 3.383,8 (±415,96)

1.046

3.531,4 (±441,85) 38.021

<0,0000001

Cesárea sem indicação médica n

RA

PC

Parto vaginal

n

RA

PV

RRA(-) ARA(+) IC

Escore de Apgar ≤ 7 (%)

Karlström, 2013 38 (0,6)

5.877 0,65% 252 (1,8)

13.774 1,83% -1,18%

-1,48, -0,88

Crowther, 2012 0 (0,0)

1.098 0,0 1 (0,1)

1.225 0,08% -0,08%

-0,24, 0,08

Larsson, 2011

média

-

média

-

Dahlgren, 2009 0 (0,0)

1.046 0,0 182 (0,48)

38.021 0,48% -0,48%

-0,55, -0,41

Complicações respiratórias (%)

Karlström, 2013 159

5.877 2,7% 153

13.774 1,11% 1,59%

1,14, 2,04

Crowther, 2012 2

1.098 0,18% 1 (0,1)

1.225 0,08% 0,10%

-0,20, 0,40

Dahlgren, 2009 91

1.046 8,7% 2.900 (7,63)

38.021 7,63% 1,07%

-0,65, 2,80

Schindl, 2003 1

147 0,68% 0 (0,0)

903

0,0% 0,68%

-0,65, 2,01

Asfixia (%)

Karlström, 2013 3 (0,1)

5.877 0,05% 78 (0,5)

13.774 0,56% -0,51%

-0,65, -0,38

Crowther, 2012 1 (0,1)

1.098 0,09% 6 (0,5)

1.225 0,49% -0,40%

-0,83, 0,03

Dahlgren, 2009 1 (0,1)

1.046 0,10% 51 (0,13)

38.021 0,13% -0,04%

-0,23, 0,15

Infecção (%)

Karlström, 2013 29 (0,5)

5.877 0,11% 111 (0,8)

13.774 0,0% 0,11%

-0,11, 0,33

Crowther, 2012 1 (0,1)

1.098 0,09% 4 (0,3)

1.225 0,33% -0,23%

-0,60, 0,13

Dahlgren, 2009 1 (0,1)

1.046 0,09% 29 (0,08)

38.021 0,08% 0,02%

-0,17, 0,21

Internação em UTI neonatal (%)

Crowther, 2012 4 (0,4)

1.098 0,36% 7 (0,6)

1.225 0,57% -0,21%

-0,76, 0,34

Larsson, 2011 13 (5,3)

247 5,26% 15 (5,1)

294

5,10% 0,16%

-3,59, 3,91

Souza, 2010 33 (1,2)

2.685 1,23% 4.532 (1,8)

256.869 1,76% -0,53%

-0,95, -0,11

Wiklund, 2007 5

99 5,05% 12

237

5,06% -0,01%

-5,15, 5,12

Schindl, 2003 0 (0,0)

147 0,0% 1 (0,1)

903

0,11% -0,11%

-0,33, 0,11

Valores de p<0,05 e intervalos de confiança que excluem valores nulos estão em negrito.