B
otelho
RV
et
al
.
402
R
ev
A
ssoc
M
ed
B
ras
2014; 60(4):400-403
para elucidar casos em que há falta de associação entre
os sintomas e a imagem da RM para análise dinâmica
ou a presença de componente ósseo contribuindo no
estreitamento do canal vertebral. Outra possibilidade é
a contraindicação da RM em portadores de marca-pas-
so e claustrofobia. A sedação ou a RM em campo aber-
to são opções para a realização do exame em pacientes
com claustrofobia (
C
).
17-21
Recomendação
O exame diagnóstico mais indicado nessa situação é a ra-
diografia simples, mais presente em nosso meio, no en-
tanto a ressonância magnética tem sua indicação em pa-
cientes com estenose lombar sintomática.
O
s
substitutos
ósseos
são
iguais
ou
superiores
ao
enxerto
autólogo
nessa
situação
?
Dois ensaios clínicos randomizados
23,24
avaliaram a asso-
ciação do expansor ósseo beta-tricalciofosfato ao osso
“local” proveniente dos elementos vertebrais posteriores
e compararam seus resultados aos do enxerto autólogo
de ilíaco, considerado o padrão-ouro para esse cenário
clínico. Ambos os estudos descreveram não ter havido di-
ferenças clínicas e radiográficas entre os grupos estuda-
dos, sendo que a utilização de expansores ósseos evitou
a ocorrência de dor na região doadora do ilíaco (
A
).
23,24
Recomendação
A associação de enxerto ósseo local (proveniente dos ele-
mentos vertebrais posteriores) ao beta-tricalciofosfato é
uma opção terapêutica à retirada do enxerto ósseo autólo-
go do ilíaco (
A
).
D
eve
-
se
reduzir
a
espondilolistese
?
Na pesquisa por descritores e termos indexados, recupe-
raram-se 388 artigos, dos quais 47
abstracts
, sendo eleitos
para análise três ensaios clínicos comparativos. A análise
apurada identificou que os três artigos eram do tipo sé-
rie de casos com casuística pequena, dois dos quais com
perda do seguimento de 60% e resultados conflitantes
(
C
).
25-27
Em virtude da baixa qualidade dos artigos, não
foi possível gerar recomendação.
H
á
diferença
entre
as
diferentes
modalidades
de
artrodese
?
Não há ensaios randomizados comparando as várias mo-
dalidades de artrodese com foco na espondilolistese de-
generativa, em especial no que concerne aos espaçadores
intersomáticos. Foi constatado que estudos observacio-
nais de menor qualidade que utilizaram diferentes técni-
cas de fusão lombar e em população de estudo heterogê-
nea apresentaram maior taxa de fusão nos pacientes
submetidos a artrodese circunferencial, mas sem evidên-
cia de melhores resultados funcionais (
B
).
28-30
Recomendação
Não há ensaios randomizados comparando as várias mo-
dalidades de artrodese e o uso de espaçadores intersomá-
ticos em espondilolistese degenerativa, por isso não é pos-
sível recomendar uma técnica específica (
B
).
R
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