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MAI/JUN DE 2005

2

DIRETORIA

P

RESIDENTE

Eleuses Vieira de Paiva

P

RIMEIRO

V

ICE

-P

RESIDENTE

Lincoln Marcelo Silveira Freire

S

EGUNDO

V

ICE

-P

RESIDENTE

Ronaldo da Rocha Loures

Bueno

V

ICE

-P

RESIDENTES

Remaclo Fischer Junior, Flavio Link Pabst,

Ranon Domingues da Costa, Ricardo Saad,

Carlos D.A. Bichara, David M. Cardoso Filho,

Lúcio Antonio Prado Dias, José Guerra Lages,

J. Samuel Kierszenbaum, José Luiz G. doAmaral

S

ECRETÁRIO

-G

ERAL

Edmund Chada Baracat

1º S

ECRETÁRIO

Aldemir Humberto Soares

1º T

ESOUREIRO

Amilcar Martins Giron

2º T

ESOUREIRO

:

José Alexandre de Souza Sittart

Revalidar é preciso

EDITORIAL

ARTIGO

Resgate da dignidade

dos médicos

responsabilidade inerente à profissão pressupõe que

o médico se mantenha atualizado com os avanços do

conhecimento para cumprir com a missão de melhor aten-

der os seus pacientes. O estudo isolado e por iniciativa própria

é insuficiente e impensável nos dias de hoje, quando o número

de informações novas é espantoso e, muitas vezes, é difícil

reconhecer o que realmente significa avanço efetivo. A troca

de experiências entre profissionais encurta caminhos e bene-

ficia a todos os envolvidos no processo de qualificação do

sistema de saúde: médicos, pacientes, instituições e governo.

Uma organização que possibilite a difusão do conhecimento

a todos os interessados, obedecendo critérios científicos e

éticos é de fundamental importância para médicos e estudan-

tes e encontra terreno fértil nas associações médicas que

sempre estiveram alicerçadas em programas de educação

continuada.

O Título de Especialista autoriza o médico a exercer deter-

minado ramo da medicina referendado pela sua Sociedade de

Especialidade que, por sua vez, reúne os

experts

naquele

assunto.

A revalidação do Título de Especialista é a materialização dos

programas que visam a atualização do médico, oferecendo e

facilitando o acesso a novos conhecimentos, cumprindo,

portanto, uma função social. A experiência dos países desen-

volvidos tem mostrado repercussão positiva da educação conti-

nuada na qualificação dos médicos refletindo uma melhora da

assistência. O associativismo médico sente-se responsável pela

manutenção de tais programas que beneficiam médicos e

população. A Amrigs apóia incondicionalmente a iniciativa

da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de

Medicina, defende a necessidade da revalidação do Título de

Especialista e oferece programas de educação continuada sem

custo a todos os seus associados.

Colocar-se contrário a esta idéia sem oferecer alternativas é

uma atitude irresponsável que tenta destruir o trabalho do

associativismo médico brasileiro. Criticar o estudo continuado

com seus processos de acompanhamento e certificação é

ameaçar a liderança do médico, condenando-o a tornar-se um

mero coadjuvante da equipe de saúde. Facilitar ao médico o

acesso à informação é contribuir para a valorização da profissão

em benefício da comunidade.

Newton Barros

Presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul

O Projeto de Lei 3466 de autoria de meu

colega deputado Inocêncio Oliveira

(PFL-PE) implanta no Brasil a Classificação

Brasileira Hierarquizada de Procedimentos

Médicos (CBHPM), uma lista de referência

de práticas médicas reconhecida internaci-

onalmente. Este projeto pode ser conside-

rado um exemplo do modo democrático,

transparente e coletivo de produção das leis

e de como a sociedade brasileira, quando

participa da vida política é capaz de cons-

truir acordos e promover a melhoria das

relações entre diversos atores sociais e

conseqüentemente a melhoria da prestação

de serviços públicos com vantagens para a

população em geral.

Neste caso, os interessa-

dos diretos são os usuários

de planos de saúde, a clas-

se médica, os hospitais e as

operadoras de saúde. En-

carregado de relatar o

Projeto,Êdeparei-me com

todos os legítimos inte-

resses em jogo e me empe-

nhei intensamente na

construção de um texto de consenso.

Na condição de presidente da Frente

Parlamentar da Saúde fui procurado

inicialmente por representantes do

Conselho Federal de Medicina (CFM), da

Associação Médica Brasileira (AMB) e da

Federação Nacional dos Médicos (Fenam)

que se revelaram, durante todo o proces-

so de discussão de meu substitutivo, de

extrema capacidade de diálogo, espírito

público, generosidade e paciência com as

constantes idas e voltas que um debate

sobre questões cruciais para o sistema de

saúde, que atinge toda a população brasi-

leira, deve suscitar.

No dia 2 de março, a Frente Parlamen-

tar da Saúde realizou uma reunião no

auditório Nereu Ramos da Câmara dos

Deputados e pudemos perceber o quanto

a classe médica estava mobilizada e

motivada em torno da criação da CBHPM.

Por diversos Estados do País, profis-

sionais médicos se mobilizavam e cresci-

am as greves e os boicotes aos planos de

saúde. Percebi, então, que aquele era o

momento de cumprir uma das obrigações

do mandato de um deputado federal:

intermediar conflitos que possam vir a

prejudicar a população brasileira - no caso,

o atendimento à saúde - sem inviabilizar

a sobrevivência de qualquer que seja o

setor, garantindo, ao mesmo tempo, a

dignidade de usuários, prestadores e

operadores do sistema de saúde.

Promovi então uma série de reuniões

com os interessados e construímos o texto

de consenso. O meu substitutivo foi apro-

vado por unanimidade pelos meus pares

da Comissão de Seguridade Social e

Família. Acordo com todos os líderes dos

partidos com represen-

tação na Câmara dos

Deputados permitiu a

aprovação do regime de

urgência, do mérito em

plenário, ficando a vota-

ção dependendo de acer-

tos finais. Após mais

uma série de reuniões,

em que envolvemos

também a Agência

Nacional de Saúde (ANS), chegamos

finalmente ao texto definitivo que se

encontra hoje sobre a Mesa Diretora

da Câmara para ser votado assim que

conseguirmos destrancar a pauta de vota-

ções, obstruída pelo excesso de Medidas

Provisórias editadas pelo Governo.

Considero este Projeto muito impor-

tante, tanto porque vem no sentido de disci-

plinar o mercado quanto porque traz no seu

cerne o resgate da dignidade do profissio-

nal médico, tão aviltada ultimamente. Creio

ser este o ponto mais importante deste

Projeto. Agradeço a meus pares, integran-

tes da Frente Parlamentar da Saúde, que

assumiram esta luta, sem nenhuma vacila-

ção, desde o primeiro momento, ajudando a

amplificar o debate para todos os parlamen-

tares. Espero, brevemente, estar transmi-

tindo a todos a boa notícia da aprovação.

Rafael Guerra

Deputado Federal (PSDB-MG), presidente da

Frente Parlamentar da Saúde do Congresso

Nacional e ex-secretário de Estado da Saúde de

Minas Gerais

Este PL resgata

a dignidade

profissional

do médico

I

MPRESSÃO

: CLY

F

ILIADO

À

ANATEC

R

EDAÇÃO

E

A

DMINISTRAÇÃO

Rua São Carlos do Pinhal, 324

01333-903 – São Paulo – SP

Tel. (11) 3178-6800 – Fax (11) 3178-6816

E-Mail:

jamb@amb.org.br

A

SSINATURA

Fone (11) 3178-6800, ramal 130

Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00.

As colaborações assinadas expressam

unicamente a opinião de seus autores,

não coincidindo necessariamente

com as posições da AMB.

D

IRETOR

R

ESPONSÁVEL

Horácio José Ramalho

E

DITOR

E

XECUTIVO

César Teixeira (Mtb 12.315)

C

OLABORAÇÃO

Camila Kaseker

D

IAGRAMAÇÃO

, E

DITORAÇÃO

E

A

RTE

Sollo Comunicação

D

EPARTAMENTO

C

OMERCIAL

Fone (11) 3178-6806

T

IRAGEM

: 100.000 exemplares

P

ERIODICIDADE

: Bimestral

D

IRETORES

Cultural

- Severino Dantas Filho;

Relações Internacionais

- David

Miguel Cardoso Filho;

Científico

-

Fabio Biscegli Jatene;

Defesa

Profissional

- Eduardo da Silva Vaz;

DAP

- Martinho Alexandre R.A. da

Silva;

Economia Médica

- Marcos

Pereira de Ávila ;

Marketing

- Roque

Salvador A. e Silva;

Saúde Pública

-

Samir Dahas Bittar;

Atendimento ao

Associado

- Ricardo de Oliveira Bessa;

Proteção ao Paciente

- Jurandir M.R.

Filho;

Acadêmico

- Elias F. Miziara;

Comunicações

- Horácio José Ramalho