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MAI/JUN DE 2005

12

Conselho Científico reunido em Brasília

Ato Médico, CBHPM, fracio-

namento de medicamentos, RDC

102/00, Comissões Especiais e

Fórum Permanente do Mercosul

foram os assuntos em pauta

durante a reunião do Conselho

Científico, no dia 27 de abril, na

sede do Conselho Federal de

Medicina, em Brasília.

Além destes assuntos, o proces-

so eleitoral na Associação Médica

Brasileira também foi abordado

pelo presidente da entidade, Eleuses

Paiva, na abertura da reunião. E a

exemplo do Conselho Deliberativo,

os membros do Científico aprova-

ram a condução do processo eleito-

ral na entidade da forma proposta

pela atual diretoria.

“Nossa proposição é uma can-

didatura única e consensual. Como

desejamos que este processo

eleitoral seja aberto e totalmente

transparente, estamos abertos a

ouvir todos os postulantes àAMB”,

afirmou Eleuses Paiva.

O assunto seguinte da pauta,

aprovado por todos, foi a criação de

Comissões Especiais que terão como

objetivo analisar e avaliar propostas

de inclusão de novas áreas.

“Temos recebido muitas con-

sultas de especialidades que englo-

bam novas áreas de conhecimento

ou que são multidisciplinares pe-

dindo a inclusão junto ao Conse-

lho Científico’, justificou Fábio

Jatene, diretor. Científico da AMB,

para colocar o assunto em pauta.

O PLS 25/02, que trata da Lei

do Ato Médico, foi abordado pelo

representante da AMB na Comis-

são Nacional em Defesa do Ato

Médico, Jurandir Marcondes

Filho, que citou as propostas

definidas na última reunião da

AMB em audiência sobre prática

da optometria por não-médicos

Liminar suspende a Resolução 1755

Reunião do Científico em Brasília: pauta diversificada

Comissão. Além da apresentação

das estratégias para a aprovação do

PL, Jurandir solicitou também que

as Sociedades de Especialidade

abram espaço em seus eventos para

a divulgação do Projeto de Lei. Em

seguida, Marcondes falou sobre o

atual estágio do PL 3466/04, que

referencia a CBHPM no sistema

nacional de saúde.

“A votação de mais de dez

Medidas Provisórias está travando

a pauta na Câmara dos Deputados.

Assim, será muito difícil que o

nosso Projeto seja votado nos

próximos dias, apesar de ter sido

aprovado o regime de urgência”,

esclareceu.

O coordenador da Comissão

Nacional de Honorários Médicos,

Amilcar Giron, apresentou um

resumo sobre o processo de revisão

da CBHPM. Ele explicou que das

57 Sociedades de Especialidade, 44

solicitaram revisão. Destas, 28 já

foram ouvidas na Câmara Técnica,

enquanto que as demais já finali-

zaram o trabalho de revisão.

“Se tudo ocorrer dentro da

normalidade, acredito que somen-

te mais duas reuniões serão sufi-

cientes para a finalização do pro-

cesso de revisão da CBHPM”,

afirmou Giron.

Quanto ao item fracionamento

de medicamentos, o secretário-geral

da Associação Médica Brasileira,

Edmund Baracat, solicitou às Espe-

cialidades que enviem àAssociação

Médica Brasileira, por escrito, a

posição oficial da entidade sobre o

assunto.

“Como forma de contribuição,

encaminharemos à Anvisa o posi-

cionamento das nossas especia-

lidades”, explicou Baracat. Ele

também comunicou que encami-

nhou à Anvisa todas as contribui-

ções recebidas das Especialidades

em relação à RDC 102/00, que

regulamenta a propaganda de me-

dicamentos. Segundo Baracat, a

resolução contemplará as suges-

tões apresentadas.

O último assunto discutido

foi o Fórum Permanente do Mer-

cosul, que objetiva a regulamen-

tação do trabalho médico entre os

países membros. Um dos itens da

pauta da próxima reunião do

Fórum, segundo o diretor de Re-

lações Internacionais da Associa-

ção Médica Brasileira, David

Miguel Cardoso, será a formação

do especialista.

“Por isso estamos pedindo

ajuda às Especialidades apresen-

tando-nos os critérios desejáveis”,

declarou David.

No dia 22 de junho, o presidente

da Associação Médica Brasileira,

Eleuses Vieira de Paiva, e o presiden-

te do Conselho Brasileiro de Oftal-

mologia, Elisabeto Ribeiro Gonçal-

ves, participaram de audiência públi-

ca na Câmara dos Deputados sobre o

Projeto de Lei 2783/2003, que regu-

lamenta a prática da optometria por

não-médicos.

Proposto pelo deputado Mário

Assad Júnior (PL-MG), o Projeto de

Lei visa habilitar profissionais com

diploma de curso superior em

optometria, expedido por escolas ofi-

ciais, reconhecidas e registradas no

Ministério da Educação. Pelo Proje-

to, os optometristas poderiam tomar

medidas para restaurar, desenvolver e

conservar a acuidade visual do paci-

ente, e prescrever soluções ópticas nos

casos de ametropias (problemas de

grau na visão). O PL foi rejeitado na

Comissão de Educação e Cultura e

agora tramita na Comissão de Traba-

lho, Administração e Serviço Público.

O Tribunal Regional Federal da 1ª

Região, com sede em Brasília, conce-

deu ao Simers liminar suspendendo os

efeitos da Resolução CFM 1.755/04,

que estabelece a revalidação periódi-

ca de Títulos de Especialista no país.

Ainda cabe recurso por parte do CFM,

de agravo regimental, e a assessoria

jurídica da entidade atualmente

prioriza e trabalha neste sentido. A

medida vale apenas e restritivamente

para aqueles profissionais cujo título

foi obtido e registrado nos Conselhos

Regionais de Medicina até 2 de abril

deste ano, data da entrada em vigor

da Resolução. Com isso, preserva-se

o direito adquirido pelo profissional.

Segundo o 1º secretário da AMB e re-

presentante da entidade na Comissão

de Acreditação, Aldemir Humberto

Soares, “o processo de revalidação dos

Títulos terá início apenas em janeiro

de 2006, com a revalidação ocorren-

do apenas a partir de 2011. É tempo

suficiente para análise do mérito des-

ta ação e para reflexão daqueles que

ainda têm dúvidas sobre o funciona-

mento correto do processo”, avalia.