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Treze motivos para a AMB apoiar as

manifestações:

1.

Os escândalos de corrupção no atual governo estão

enfraquecendo e envergonhando o país. Cada real gasto

com propina ou superfaturamento em contratos faz grande

falta à saúde pública, principalmente no atendimento à

população mais carente, que depende do sistema único de

saúde (SUS) e é obrigada a enfrentar longas filas de espera.

2.

OMinistério da Saúde virou uma grande máquina de

propaganda do governo federal, com foco voltado para ações

que gerem visibilidade, simpatia e dividendos políticos.

3.

A qualidade está sendo negligenciada há anos pelo atual

governo, que sempre prioriza ações que gerem números

impressionantes e não necessariamente resultados

importantes para a saúde da população.

4.

A participação do governo federal no financiamento da

saúde caiu de quase 60% em 2000 para menos de 45% em

2010, evidenciando a total falta de compromisso do poder

central com a saúde da população.

5.

Em dois anos do Mais Médicos, o Brasil desembolsou quase

R$ 3,2 bilhões, mas menos de R$ 970 milhões foram usados

para remunerar os intercambistas cubanos no país. O

restante (mais de R$ 2,2 bilhões) foi dividido entre a

Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) – em um

contrato secreto – e o governo de Cuba.

6.

Dispensa da exigência do Revalida e até mesmo da tradução

do diploma dos profissionais estrangeiros que vieram fazer

parte do eleitoreiro Mais Médicos, negligenciando os

cuidados necessários para que a população tivesse garantido

o atendimento por ummédico de verdade.

7.

Agentes do governo cubano, pagos com dinheiro dos

contribuintes brasileiros, atuam livremente com a funesta

função de intimidar os médicos cubanos que estão no

Brasil, para garantir que voltem para Cuba.

8.

O orçamento da saúde em 2015 sofreu dois cortes, que,

juntos, somam quase R$ 13 bilhões.

9.

O decreto presidencial 8.497/2015, publicado em 5 de

agosto de 2015 e criado sob o pretexto de regulamentar a

formação do Cadastro Nacional de Especialistas, era na

verdade um Cavalo de Troia. Um golpe dentro do golpe.

Quase um AI-5 da saúde, que permitiria ao governo fazer o

que quisesse com o modelo de formação de especialistas,

sem diálogo com ninguém.

10.

A criação de novas vagas de residência para medicina de

família,mesmo sabendo que as atuais não são preenchidas, é

um total descaso comos recursos do contribuinte.

11.

A situação calamitosa dos hospitais universitários e asmás

condições de trabalho/formação dos residentes nesses locais

comprovamque oMinistério da Saúde não valoriza a formação

de especialistas comqualidade para atendimento à população

do SUS.

12.

As filas nos hospitais do SUS continuam intermináveis, com

pacientes sendo atendidos e até mesmo internados nos

corredores, onde faltam remédios e os equipamentos

sucateados não atendem às necessidades de diagnóstico ou

tratamento.

13.

Escândalos de corrupção, como a Máfia das Próteses,

eclodem semana sim, semana não, apontando os ralos por

onde os recursos, tão importantes para a saúde brasileira,

somem.

As manifestações do dia 16

de agosto reuniram quase 2 mi-

lhões de pessoas emmais de 200

cidades e em todas as capitais

brasileiras. Foi caracterizada pelo

tom crítico, pacífico e pelo bom

humor. Avalia-se que a adesão

aos protestos foi maior se com-

parada a abril, mas menor em re-

lação aos protestos demarço.

Houve grande repercussão

internacional nos principais jor-

nais da Europa e dos Estados

Unidos, alguns com matérias

publicadas nos dias 15, 16 e 17.

Repercussão no mundo

El País

NY Times

JULHO/AGOSTO

2015

JAMB

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