Campanha Nacional
AMB sedia lançamento de
campanha nacional contra a
hepatite C
N
o Dia Mundial de Luta
Contra as Hepatites Vi-
rais, instituído no dia 28
de julho, a Sociedade Brasileira
de Hepatologia (SBH) e a Socieda-
de Brasileira de Infectologia (SBI)
realizaram uma programação
especial voltada principalmen-
te para a conscientização sobre
a hepatite C, doença que mata
mais de 9 mil pessoas por ano
no Brasil e infecta cerca de 2 mi-
lhões. O evento, que teve apoio e
foi realizado no auditório da As-
sociação Médica Brasileira (AMB),
reuniu representantes de entida-
des médicas e diversos veículos
de comunicação.
Um dos grandes objetivos da
edição da campanha deste ano foi
a conscientização dos profissio-
nais médicos de diversas especia-
lidades, assim como da popula-
ção em geral, sobre a importância
do exame e do diagnóstico pre-
ventivo da hepatite C. “A popula-
ção de risco é composta por indi-
víduos com 40 anos ou mais, que
constituem 70 a 80% dos infecta-
dos por hepatite C. Essa popula-
ção é atendida por profissionais
de várias especialidades e é preci-
so que esses médicos se lembrem
e tenham a consciência de que,
muitas vezes, a hepatite C é uma
infecção que passa totalmente as-
sintomática”, explicou Edison Ro-
berto Parise, presidente da SBH.
Por evoluir lentamente e de
forma silenciosa, podendo trazer
consequências graves, como cir-
rose e câncer com morbidades va-
riadas, e altas taxas de mortalida-
de, Parise enfatizou a urgência de
se tratar a hepatite C. Atualmen-
te,mais de 60%dos infectados não
sabem da doença, e menos de 5%
deles já foram curados. “Estima-se
que, nos próximos anos, teremos,
no Brasil, um aumento de 95% des-
ses casos, se não forem tomadas
providências urgentes para rever-
ter esse quadro. Hoje, um dos prin-
cipais problemas que enfrenta-
mos para diminuir esses índices é
a falta de informação”, alertou.
“Infelizmente, temos números
muito aquém do desejado no con-
trole da hepatite C. Portanto, sa-
bemos que o primeiro passo é o
engajamento de médicos para le-
varmos informação e confiabili-
dade aos pacientes e, consequen-
temente, mais esclarecimentos
para que a própria população se
preocupe em fazer o diagnóstico
precoce”, analisou Giovanni Gui-
do Cerri, diretor científico da AMB.
Pela ausência de sintomas na
maioria dos casos, o paciente só
descobre a doença quando o qua-
dro já está bastante avançado e
a possibilidade de cura é menor.
“Subdiagnóstico é o grande proble-
ma. Levantamos essa discussão
para reforçar aos colegas de outras
especialidades a importância de
Cr
édito:OsmarBustos
Lançamento da campanha na AMB: envolvimento dos médicos
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JAMB
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JULHO
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AGOSTO
2015