JAMB
JANEIRO/FEVEREIRO DE 2003
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AMB e CFM estruturam
agenda comum para 2003
Entre as propostas de ação conjunta apresentadas estão:
Escolas Médicas, Áreas de Atuação das Especialidades,
Residência Médica, Ato Médico e Diretrizes
Associação Médica Bra-
sileira e o Conselho Fede-
ral de Medicina elabora-
ram, em reunião realizada no dia
9 de janeiro na sede da AMB, uma
agenda de ações conjuntas para
este ano. O presidente da AMB,
Eleuses Vieira de Paiva, apresen-
tou 10 pontos que considera prio-
ridade entre as propostas feitas
pela AMB e o CFM. Um dos te-
mas que ele destacou foi a abertu-
ra de escolas médicas.
“Devemos discutir a abertura de
escolas médicas, temos que atuar
energicamente”. O presidente da
AMB também listou como pauta:
Classificação Hierarquizada, Pro-
jeto Diretrizes – que tem recebido
propostas para tradução em países
da América do Sul e da Associação
Médica Inglesa, revalidação de
Título de Especialista, Sinam,
Cartões de Descontos e edição con-
junta dos jornais daAMB e do CFM.
O presidente do CFM, Edson
Andrade, classificou a reunião
como uma cooperativa. “Nós esta-
mos aqui para discutir assuntos que
estão bem identificados e a finali-
dade é sair da reunião com idéias e
direcionamentos”.
“É importante um posiciona-
mento oficial da AMB”, acrescen-
tou Eleuses Vieira de Paiva, em
relação ao Sinam e Cartões de Des-
conto”, um dos primeiros pontos
que foram discutidos no encontro.
O presidente do Conselho Federal
de Medicina, EdsonAndrade, refor-
çou que o cartão de desconto é uma
agressão à população. “Os cartões
de desconto não dão nenhum tipo
de cobertura, passam como se fos-
sem planos de saúde e na realidade
não são, não conseguem preencher
nenhum requisito existente na lei
dos planos de saúde”, salientou.
OAto Médico também será pau-
ta nos próximos meses. AMB e
CFM pretendem distribuir um
informativo, no qual constará a
importância da medicina e o signi-
ficado da profissão médica. Está
prevista uma reunião com a Comis-
são do Ato Médico do CFM, cuja
finalidade é estender o encaminha-
mento dos objetivos do Projeto de
Lei e estratégias para sua aprova-
ção no Senado Federal.
Foram discutidos temas ligados
à Comissão Mista de Especialida-
des. As propostas da CME para
este ano devem contemplar as
Áreas de Atuação que estão apro-
vadas. “Iremos promover um
clareamento das relações entre
Especialidades e Áreas de Atua-
ção”, informou.
A questão sobre Residência
Médica é pauta garantida nas
próximas discussões. Isso porque
os diretores decidiram nomear
o 1º secretário da AMB, Aldemir
Humberto Soares e o conselhei-
ro do CFM Antônio Pinheiro, do
Pará, como representantes das
duas entidades na elaboração
de um documento sobre Residên-
cia Médica.
O presidente do Conselho Fe-
deral de Medicina, EdsonAndrade,
argumentou que é preciso avaliar
junto à Comissão Nacional de
Residência Médica a importância
da formação de médicos especia-
listas. “Nós precisamos formar es-
pecialistas, porém temos dificulda-
de no financiamento de bolsas de
Residência Médica”, alegou.
O presidente da AMB, Eleuses
Vieira de Paiva, afirmou que “a
visão da AMB e do CFM é apos-
tar na qualificação, na capacitação
e na formação do profissional”.
Ele sugeriu que fossem feitas
normas de ação para esta finalida-
de, assim como a discussão dos
financiamentos para residência
médica. “Se fizermos essas normas
podemos mostrar como funciona o
sistema de financiamento para
Residência Médica e o que existe
de falha no modelo, e com isso,
avançar no setor”, completou.
Eleuses Vieira de Paiva sugeriu,
por fim, uma avaliação da necessi-
dade de médicos especialistas por
habitantes e região, inclusive de
acordo com a realidade socioeconô-
mica. “Acho que poderíamos pau-
tar esse assunto e desenvolver um
trabalho nessa linha até o mês de
abril”, avaliou.
Outro tema da pauta - Classi-
ficação Hierarquizada de Proce-
dimentos Médicos – terá as se-
guintes etapas: divulgação e im-
plantação do trabalho. No entan-
to, antes de dar início a essa nova
fase, as Sociedades de Especia-
lidade deverão encaminhar à
AMB propostas para decidir se
haverá ou não diferenciação na
consulta. Além disso, a AMB já
solicitou à Fipe (Fundação Insti-
tuto de Pesquisas Econômicas da
USP) o encaminhamento de um
estudo contendo propostas sobre
consultas englobando todas as es-
pecialidades, como por exemplo
tipos de consultas (primeira con-
sulta e consultas repetitivas) e
consultas diferenciadas por espe-
cialidade. A discussão específica
sobre o assunto acontecerá em
uma reunião extraordinária do
Conselho Científico, ocasião em
que também se definirá como
será a apresentação da Classifi-
cação Hierarquizada de Procedi-
mentos Médicos: se por especia-
lidades, ordem alfabética ou por
região anatômica.
Diretorias da AMB e CFM reunidas: agenda comum de ações conjuntas
AMB
ULTRAGEL
(para contato em ultra-sonografia e Sonar Doppler)
ELETROCARDIOGEL
(para eletrocardiografia e miografias)
ORTOGEL
(para fisioterapia)
OSTEOGEL
(para osteossonometria)
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Comissão
Mista avalia
Áreas de Atuação
A reunião da Comissão Mista de Especialidades
(CME) - formada por representantes da Associação
Médica Brasileira, do Conselho Federal de Medicina e da
Comissão Nacional de Residência Médica - realizada no
último dia 20 de dezembro, em Brasília, analisou as questões
apresentadas e discutidas durante o ano de 2002.
Dentre as propostas encaminhadas pelas Sociedades de Es-
pecialidade em relação as especialidades médicas, foram apro-
vadas pela Comissão Mista a divisão da Angiologia e Cirurgia
Vascular. A CME, após análise dos documentos e da apresentação
realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia
Vascular, decidiu aceitar a divisão da especialidade em: Angiologia
com pré-requisito clínico e Cirurgia Vascular, com pré-requisito
cirúrgico. Dessa forma, será necessário que a Sociedade realize jun-
to à CNRM a adequação dos programas de Residência Médica. A
AMB deverá promover, ainda este ano, exames independentes para
ambas as especialidades, com requisitos equivalentes aos da CNRM.
“Foram avaliadas as demais áreas de atuação, com uma série
de reivindicações e que já estão sendo encaminhadas para sanar os
problemas”, afirmou o Aldemir Humberto Soares, integrante da
Comissão Mista de Especialidades.
Outra medida tomada pela CME diz respeito a Sociedade Bra-
sileira de Citopatologia e a Sociedade Brasileira de Endoscopia
Digestiva. A Comissão determinou que a Citopatologia deverá
permanecer como Área de Atuação, tendo como pré-requisito
o Programa de Residência Médica ou Título de Especialista
em Patologia. Foi deliberado ainda que AMB preserve o di-
reito da Sociedade Brasileira de Citopatologia de represen-
tar este segmento para a finalidade de certificação.
Para a Sociedade Brasileira de Endoscopia
Digestiva, após análise dos documentos e da
reunião realizada com a diretoria da Sociedade
no último dia 20 de dezembro, a CME decidiu
que a Endoscopia Digestiva continuará a ser
uma Área de Atuação, com os pré-requisi-
tos já estabelecidos tanto para
os Programas de Residência
Médica, como para os Títulos
de Especialista
da AMB.