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JAMB

SETEMBRO/OUTUBRODE 2000

2

DIRETORIA

P

RESIDENTE

Eleuses Vieira de Paiva

V

ICE

-P

RESIDENTES

Ronaldo da Rocha Loures Bueno,

Remaclo Fischer Junior, Rui Haddad,

Lincoln Marcelo Silveira Freire, Neri

João Bottin, Samir Dahas Bittar,

Jadelson Pinheiro de Andrade, Flavio

Link Pabst, Lineu Ferreira Jucá,

José Luiz Amorim de Carvalho.

S

ECRETÁRIO

-G

ERAL

Aldemir Humberto Soares

1º S

ECRETÁRIO

Amilcar Martins Giron

1º T

ESOUREIRO

Edmund Chada Baracat

2º T

ESOUREIRO

:

José Alexandre de Souza Sittart

D

IRETORES

:

Cultural

- Severino Dantas Filho;

Relações

Internacionais

- David Miguel Cardoso Filho;

Científico

- Fabio Biscegli Jatene;

Defesa

Profissional

- Eduardo da Silva Vaz;

DAP

-

Martinho Alexandre R.A. da Silva;

Economia

Médica

- Lúcio Antonio Prado Dias;

Marketing

- Paulo Roberto Davim;

Saúde Pública

-

Mauro Chrysóstomo Ferreira;

Atendimento

ao Associado

- Ricardo de Oliveira Bessa;

Jamb

- Horácio José Ramalho.

CONSELHOFISCAL

Membros:Ricardo

Saad,Valdeci Ribeiro de

Carvalho, Sérgio da Hora Farias, Plínio José

Cavalcante Monteiro, Luiz Carlos Espíndola,

Maria do Carmo Silva Chagas, Any Vieira da

Rocha, João Modesto Filho, Eudes Kang

Tourinho, Máximo da Costa Soares

D

IRETOR

R

ESPONSÁVEL

Horácio José Ramalho

R

EDATOR

-C

HEFE

César Teixeira (Mtb 12.315)

D

IAGRAMAÇÃO

, E

DITORAÇÃO

E

A

RTE

Cristhiani Paderes Gonçalves

P

UBLICIDADE

Américo Moreira Publicações

D

EPARTAMENTO

C

OMERCIAL

Fone (11) 3266-6800

T

IRAGEM

: 150.000 exemplares

P

ERIODICIDADE

:

Mensal

F

OTOLITO

:

B

UREAU

R

ELEVO

A

RAÚJO

I

MPRESSÃO

:

Lithográphica Ypiranga

R

EDAÇÃO

E

A

DMINISTRAÇÃO

Rua São Carlos do Pinhal, 324

01333-903 – São Paulo – SP

Fone (11) 3266-6800

Fax (11) 3266-9412

E-Mail

jambramb@amb.org.br imprensa@amb.org.br

A

SSINATURA

Fone (11) 3266-6800, ramal 137

Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00.

As colaborações assinadas expressam

unicamente a opinião de seus autores,

não coincidindo necessariamente

com as posições da AMB.

E

LEUSES

V

IEIRA

DE

P

AIVA

Presidente da AMB

EDITORIAL

Resultados

positivos

mobilização e a união da clas-

se, fruto da organização sem

precedentes da AMB e CFM,

vêm conquistando resultados extre-

mamente positivos para a categoria

médica e para a população. O movi-

mento contra o poder arbitrário do

CADE, no final de junho, em Brasília,

conseguiu sensibilizar um grande nú-

mero de parlamentares, ganhar reper-

cussão nacional e, o mais importante,

conquistar expressivas alianças.

Da Frente Parlamentar da Saúde,

composta por cerca de 150 parlamen-

tares, recebemos a promessa de ter

como bandeira de luta essa irrefletida

decisão do CADE. Do presidente do Se-

nado, Antonio Carlos Magalhães, além

do apoio, conseguimos uma audiência,

juntamente comoutros representantes

de entidades médicas, e um inflamado

discurso no plenário da casa contra o

CADE. Diante desses fatos e da con-

fiança no bom senso, a nossa sensibili-

dade nos revela, sem nenhuma fração

de leviandade, que essa equivocada

sentença está com os dias contados.

No início do mês de agosto, o Sena-

do referendou a decisão anteriormen-

te assumida pela Câmara dos Deputa-

dos, aprovando em segundo turno, por

67 votos a 2, a Proposta de Emenda

Constitucional, conhecida como PEC

da Saúde, que garantirá financiamen-

to extra ao setor, um antigo anseio de

nossas entidades por melhores condi-

ções de atendimento à população.

O Ministério da Educação, por sua

vez, adotou providências concretas

quanto ao ensino superior de má qua-

lidade, solicitando o fechamento de

três faculdades de Medicina – em

Valença (RJ), Pelotas (RS) e Presidente

Prudente (SP) – e propondo prazo de

um ano para que outras cinco melho-

rem a qualidade de ensino, sob pena

de descredenciamento, fato que não

deixa de ser um triunfo, mesmo que

parcial, de nossa luta contra a abertu-

ra de novas escolas e o ensino médico

de má qualidade.

Essas conquistas são decorrência

da união da classe que, a partir de ago-

ra, está mais fortalecida ainda com a

inauguração, no último dia 13 de se-

tembro, do nosso escritório emBrasília,

resultado do esforço conjunto das 56

Sociedades de Especialidade e 27

Federadas da AMB. Não estamos em

Brasília para concorrer, mas para tra-

balhar conjuntamente com o Conse-

lho Federal. Não vamos disputar espa-

ço, apenas somar, unir forças, estar

mais próximos do poder, pois temos

outras importantes ações pela frente.

Entre os temas que estão sendo tra-

balhados pelas duas entidades encon-

tram-se, por exemplo, a elaboração da

nova Lista de Procedimentos Médicos,

o estabelecimento de Consensos e Di-

retrizes, a reavaliação do sistema pri-

vado de saúde, educaçãomédica con-

tinuada, a abertura indiscriminada de

escolas médicas e a questão do finan-

ciamento da saúde pública. Sabemos

que existemmais demil projetos de in-

teresse da classemédica tramitando em

Brasília. É preciso conhecê-los, incen-

tivar a criação de Frentes Parlamenta-

res da Saúde nos estados. Vamos fazer

oposição ao Managed Care, aos paco-

tes com valores prefixados, à

cartelização do setor de planos e segu-

ros em função da entrada do capital

estrangeiro e ao seguro mal-practice.

Para a AMB e o CFM, a atenção deve

incluir, ainda, os estudantes das 102

escolas médicas do País.

A partir de agora vamos trabalhar

profissionalmente e isso não significa

realizar lobby, como fazem as empre-

sas mercantis do setor saúde ou como

agem alguns empresários da área de

ensino. Simplesmente estaremos nos

profissionalizando para lutar em nível

de igualdade com essas pessoas ou

empresas que, semdúvida, não trazem

nenhuma contribuição social ao nos-

so País.

A união dos médicos e suas enti-

dades continua sendo fundamental

para que os nossos objetivos sejam

alcançados, a classe fortalecida e a

população beneficiada. Se tivermos

a capacidade de nos mantermos or-

ganizados, alcançaremos, como nos

exemplos citados, novas e expressi-

vas conquistas para o setor de saú-

de. Portanto, esse é um momento

para, mais uma vez, estarmos refle-

tindo sobre a capacidade da unidade

no movimento médico, a força que

fomos capazes de aglutinar, a respon-

sabilidade de cada um em assumir o

seu papel. E também de comprovar

que reivindicar mais verbas para a

saúde, exigir escolas médicas com-

petentes ou prestar uma medicina

digna não são movimentos corporati-

vistas, como muitos insistem em qua-

lificar, mas um compromisso com a

saúde da nossa população, com a

boa prática da medicina e com servi-

ços de qualidade, quer seja no setor

público ou privado.

PALAVRA DO MÉDICO

Direito à saúde

Vejo, entre tristeza e revol-

ta, os principais jornais brasilei-

ros publicarema posição que o

Brasil ocupa, perante as outras

nações, no atendimento à saú-

de: 125º lugar! Esta liderança ao

contrário merece o mais vee-

mente e enfurecido libelo da

diretoria da AMB na imprensa

televisiva e imprensa nacionais,

mostrando a frouxidão de nos-

sas autoridades quanto aomais

elementar direito do cidadão:

o direito à saúde. Presidente,

não deixe passar esta oportuni-

dade. O povo sempre entende

(e aplaude) quem quer traba-

lhar e ajudar o nosso país.

Renzo Sansoni

Uberlândia - MG

Cade

Parabéns pela criação do

escritório de assessoria parla-

mentar em Brasília. Chega de

onanismos mentais de médi-

cos e entidades médicas. Ne-

cessitamos de ações. Estamos

exaustos de associações mé-

dicas, cremesps, sindicatos,

conselhos federais, que até

agora nada resolveramembe-

nefício da classe médica. A deci-

são do CADE é uma vergonha. Há

43 anos vejo o mesmo quadro. A

sociedade como o governo

tripudia sobre a classe, e esta, sem

reação. Está na hora de um basta.

Walmor Erwin Belz

Blumenau – SC

Atuação da AMB

Foi muito firme e coerente o seu

posicionamento na entrevista com

Bóris Casoy. Primeiro, porque pla-

nejou-seuma atuaçãodaAMBmais

rápida na mídia para responder as

demandas pertinentes à classemé-

dica e isso foi feito commuita pres-

teza. Segundo, porque procurou

resgatar a mística da profissão mé-

dica pontuando que o nosso mun-

do é e deve ser regido por valores

éticos. Terceiro, porque deixou cla-

ro que a AMB tem adotado postu-

ras e traçado diretrizes básicas, não

para a solução definitiva, que não

depende de nós, mas para permitir

que surjam caminhos que levem a

soluçõesmais abrangentes. Quarto

porque, como líder que acredita no

que fala, expõeque as relaçõesmé-

dicas sociais e o sistema de saúde

tem que deixar essa visão míope,

tacanha e perniciosa em torno do

lucro e buscar um novo para-

digma e este deve ter funda-

mento humanístico e ético em

toda a sua concepção. Estou or-

gulhosa de pertencer a AMB e

me sinto plenamente represen-

tada por seu presidente.

Isabela Goulart

Uberlândia – MG

Medicina

Creio que a melhor posição

para a medicina – que ainda é

uma profissão liberal – seja: a)

Atendimento universal a todos

os pacientes com uma Tabela

da AMB – exigindo que não

haja preço vil; b) deixar o con-

tato exclusivo entre médicos

e outros profissionais de saú-

de e seus assegurados c) dei-

xar o contato exclusivo entre

os médicos e outros profissio-

nais de saúde e seus clientes;

d) notificar que quaisquer de-

clarações, atestados, etc para

uso específico das empresas

de saúde sejam pagos pelos

seus clientes, independente da

relação destes com as empre-

sas de saúde.

Carlos A. Leite

Rio de Janeiro – RJ