JAMB
OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2002
6
SÃO CAMILO-
REPETE
o dia 10 de outubro, o
Conselho Deliberativo da
AMB reuniu-se em São
Paulo, contando com a presença de
representantes de Federadas e de
Sociedades de Especialidade. Entre
os assuntos constantes na pauta de
reunião estavam: apuração geral do
pleito eleitoral das Federadas e da
AMB, referente ao triênio 2002/
2005, Classificação Hierarquizada
de Procedimentos Médicos, forta-
lecimento do movimento associa-
tivo e Projeto Diretrizes.
O presidente da AMB, Eleuses
Paiva, deu início à reunião trazendo
à tona o processo eleitoral. Enfatizou
a importância da continuidade ao tra-
balho que vem sendo realizado, além
de uma avaliação crítica às ativida-
des desenvolvidas na última gestão.
Dentro das novas propostas para o
próximo triênio, observou o desejo
de aumentar o envolvimento das
Federadas e dos diretores. “Evoluí-
mos muito, porém temos que avan-
çar ainda mais. Para isso passa a ser
de fundamental importância a parti-
cipação de todos”, disse.
Na ocasião, Edevard Araújo, de
Santa Catarina, foi apresentado
como novo representante da AMB
no Conselho Federal de Medicina,
em substituição a Remaclo Fischer
que vinha desenvolvendo tal fun-
ção. “É muito importante que a
AMB e o CFM continuem em
sintonia. O Dr. Edevard terá papel
preponderante nessa ligação”, pon-
derou o presidente da AMB.
Colocando em pauta o fortaleci-
mento do movimento associativo, o
presidente daAMB reforçou a neces-
sidade de maior agregação na próxi-
ma gestão. “Por ser uma associação,
acredito que omovimento nosso é de
somar, nunca de dividir”, afirmou,
despertando a atenção para a forma-
ção de um grupo mais crítico, inte-
grado e atuante na própria diretoria.
Além dessa solicitação, mais
duas propostas foram colocadas
como prioridades para 2003: os es-
forços de trabalho deverão ser dire-
cionados para a implantação da
Classificação Hierarquizada dos
Procedimentos Médicos (mais de-
talhes na página seguinte) e a dis-
cussão da abertura de Escolas Mé-
dicas no país. No que se refere ao
último ponto, a idéia é montar uma
comissão específica para esse con-
trole em Brasília, com auxílio das
assessorias parlamentar e jurídica.
O presidente da AMB também
fez menção às câmaras técnicas
(Con t r a t u a l i -
zação e Assun-
tos Médicos)
instaladas na
Agência Na-
cional de Saúde
Suplementar,
para rediscutir
o contrato entre
médicos e ope-
radoras de saú-
de. Além disso,
relatou a con-
clusão do pro-
jeto das discus-
sões das Especialidades Médicas do
país, que contou com o envol-
vimento da Comissão Nacional de
Residência Médica, AMB e CFM.
Um projeto de lei que tramita no Se-
nado e que pretende garantir o título
Reunião do Deliberativo: fortalecimento do movimento medico associativo
de especialista ao médico que cum-
prir dois anos do Programa de Saú-
de da Família (PSF) foi outro assunto
que mereceu atenção. “Não só não
podemos aceitar, como devemos atu-
ar de forma veemente contra essa
possibilidade” sentenciou o presi-
dente da AMB, agregando-se às in-
disposições gerais
da plenária
contra o proje-
to. O Programa
também rece-
beu críticas por
parte da Socie-
dade Brasileira
de Pediatria.
“Lamenta-
velmente, esse
programa está
sendo implanta-
do à revelia dos
médicos, sem
nenhuma discussão. OMinistério da
Saúde temse recusado a dialogar com
a Sociedade Brasileira de Pediatria,
num espaço de trabalho que tem tudo
a ver com o pediatra”, afirmou
Lincoln Freire, presidente da Socie-
Deliberativo reunido São Paulo
A
IMPLANTAÇÃO DA
CLASSIFICAÇÃO
HIERARQUIZADA E A
LUTA CONTRA A
ABERTURA DE NOVAS
ESCOLAS MÉDICAS
SERÃO
PRIORIDADE EM
2003
Escolas Médicas, Classificação Hierarquizada: alguns dos assuntos em pauta na reunião
Amilcar Martins Giron apresenta a nova metodologia a ser empregada na hierarquização
dade Brasileira de Pediatria. “O pior
é que se está colocando na mão de
profissionais não-médicos a atenção
básica de crianças e adolescentes.
É inadmissível que simplesmente
fiquemos a assistir a esses fatos”.
Também fez parte das discussões
o surgimento de cursos para a
formação de tecnólogos de nível
superior, que habilitam profissionais
para práticas inerentes à área médi-
ca, semque tenhamo título para isso.
Diante disso, o presidente da AMB
destacou a importância da aprovação
do projeto de lei, já oficializado pelo
CFM em forma de resolução e em
trâmite no Senado, que aborda as
prerrogativas do ato médico.
Quanto ao Projeto Diretrizes, que
já teve sua primeira edição impres-
sa contendo 40 Diretrizes, conta
atualmente com outras 54 já finali-
zadas. Todas serão disponibilizadas
no site da AMB. Há ainda outras 20
diretrizes emprocesso de finalização
e atualmente as Sociedades de
Especialidade estão elaborando
outras 30, totalizando cerca de 140
diretrizes envolvidas no processo.
Fotos: Osmar Bustos
pag-6-jamb
04/11/2002, 17:20
6