los abordou aspectos que diminuem cada
vez mais o hábito de fazer atividade f ísica,
como os aparelhos eletrônicos (as pessoas
passam mais tempo em frente à TV), a fal-
ta de segurança para caminhar nas ruas e o
padrão de alimentação que tem sido incen-
tivado pela sociedade de consumo, como o
fast-food
. Ele também mostrou estudos so-
bre a influência direta do aumento da ativi-
dade f ísica na redução do diabetes tipo 2 e
de doenças cardiovasculares.
Tabaco e saúde pública
O representante da Associação Médica Fin-
landesa, Heikki Palve, mostrou a realidade da
Finlândia e as políticas que foram aplicadas
em seu país para, cada vez mais, reduzir o
fumo e deixar os ambientes livres de tabaco.
Alberto Araújo, representando a AMB,
trouxe para discussão o papel dos profissio-
nais de saúde no controle das políticas do ta-
baco. Alberto ressaltou que o médico deve
fazer uso de sua posição estratégica na pre-
venção e no combate ao fumo. “Para colaborar
com isto, a AMB tem um programa de apoio
aos médicos fumantes”, finalizou Alberto.
Álcool e saúde pública
A representante da Associação Médica Finlan-
desa, Mervi Kattrlus, compartilhou as ações
e políticas da União Europeia (EU) contra os
efeitos nocivos do álcool. O tema do abuso do
álcool por adolescentes também foi abordado
por Sérgio de Paula Ramos, representante da
AMB, destacando que o abuso do álcool gera
2,5 milhões de mortes todo ano e apontando
que a propaganda da indústria da cerveja exer-
ce grande influência no incentivo ao consumo
da bebida por parte dos adolescentes.
Nova presidência da WMA
Margaret Mungherera tornou-se a primeira
mulher africana a assumir o posto de presi-
dente da AssociaçãoMédica Mundial. Em seu
primeiro discurso como presidente da WMA,
no penúltimo dia da Assembleia, ela ressaltou
a importância de as associações médicas na-
cionais lutarem a favor dos pobres.
“Não há nenhuma parte do globo que não
tenha pessoas pobres, que não podem acessar
serviços de saúde; pessoas com doenças men-
tais que são discriminadas; pessoas que são ví-
timas de tortura. Como médicos, temos o pri-
vilégio de poder fazer algo sobre isso. Podemos
fazer individualmente, mas podemos fazer ain-
da melhor por meio da medicina organizada,
por meio das Associações Médicas Nacionais e
daAssociaçãoMédicaMundial”, disseMargaret.
Para seu ano presidencial, Margaret esco-
lheu alguns focos de trabalho: doenças não
transmissíveis, saúde materna e saúde men-
tal. Ela ressaltou que esses problemas, em
muitas áreas do mundo, especialmente as
mais pobres, não possuem recursos aplica-
dos. Ela também pediu para que as associa-
ções médicas nacionais defendam cinco es-
tratégias: prática baseada em evidências;
forte atenção à saúde; medicina preventi-
va; força de trabalho adequada, qualificada e
motivada em saúde; e, por último, relaciona-
mento e parcerias, especialmente com seto-
res de fora do segmento médico, para abor-
dar os determinantes sociais da saúde, como
tabaco e falta de saneamento.
Evento reuniu lideranças
médicas internacionais
Mungherera, nova presidente da WMA
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JAMB
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NOVEMBRO/DEZEMBRO
2013