Background Image
Previous Page  11 / 36 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 11 / 36 Next Page
Page Background

O secretário da Saúde do estado do Ceará

e ex-ministro de estado da fazenda, Ciro Fer-

reira Gomes, prestigiou a cerimônia e ressal-

tou a importância das discussões da Assem-

bleia da WMA. “A causa do povo é uma tarefa

de todos nós. Os senhores, mais do que quais-

quer outros, que deram suas vidas para a voca-

ção de salvar pessoas, devem encontrar ideias

inovadoras para celebrar, um dia – e que este

não seja distante – um mundo capaz de garan-

tir qualidade de vida a todos os cidadãos”.

O presidente da Associação Médica Bra-

sileira, Florentino Cardoso, agradeceu a pre-

sença de todos os membros da WMA e repre-

sentantes de países do mundo todo. “Estamos

muito felizes com os temas debatidos e com a

qualidade das apresentações e debates, inclu-

sive na sessão científica, onde pudemos trocar

experiências sobre os determinantes sociais,

como estilo de vida, tabagismo, alcoolismo,

obesidade e doenças crônicas não transmis-

síveis”. Falou também da honra de receber no

Ceará a assembleia geral da WMA. Finalizou

desejando parabéns a todos os médicos pelo

transcurso do dia doMédico, 18 de outubro.

Associação Médica Mundial publica revisão

da Declaração de Helsinki durante assembleia no Brasil

Para garantir maior proteção para as pessoas que participam de

pesquisas clínicas, a Associação Médica Mundial (WMA) propôs

mudanças em sua Declaração de Helsinki (DoH).

Depois de um processo de dois anos de revisões, a WMA adotou e

publicou uma versão revisada da Declaração de Helsinki em pesquisa

clínica, que irá celebrar seu aniversário de 50 anos no próximo ano.

Membros da Assembleia Anual da WMA em Fortaleza (CE), no Brasil,

apoiaram as mudanças na Declaração, que não só proporcionam maior

proteção para grupos vulneráveis envolvidos em pesquisas, mas também

incluem uma nova disposição para compensar as pessoas prejudicadas

como resultado de sua participação na pesquisa. Além disso, há requisitos

expandidos para acordos pós-estudo para garantir que os participantes

envolvidos na pesquisa continuem a ter acesso ao tratamento que foi

benéfico a eles e possam ser informados sobre os resultados da pesquisa.

A presidente da WMA, Margaret Mungherera, ressaltou a importância da

revisão: “As mudanças aprovadas são para o fornecimento de um maior

grau de proteção para as pessoas envolvidas em pesquisa. Nós passamos

dois anos consultando as Associações Médicas dos países membros da

WMA, especialistas externos e o público e estamos satisfeitos de hoje

termos uma declaração que exige maior transparência sobre a pesquisa

médica e maior responsabilidade sobre a segurança do paciente”.

Miguel Jorge, diretor de relações internacionais da AMB, fez parte do

grupo da WMA que revisou a DoH e comentou a importância de ela

ser colocada em prática no Brasil. “A AMB reconhece a importância

da DoH como um conjunto de princípios éticos consumado por

sociedades médicas de todo o mundo e entende que o Brasil necessita

estar alinhado com todos os países onde pesquisas são feitas”.

Essa foi a sétima revisão da Declaração de Helsinki desde a sua criação,

com notas de esclarecimentos adicionadas em 2002 e 2004. É um dos mais

importantes regulamentos internacionais éticos na pesquisa biomédica.

Ela foi originalmente adotada pela 18ª Assembleia Geral da WMA em

Helsinki, na Finlândia, em 1964, e consiste em princípios éticos que

estabelecem orientações claras para pesquisas médicas envolvendo seres

humanos. Confira a nova versão da Declaração de Helsinki em: http://

www.wma.net/en/20activities/10ethics/10helsinki/index.html

Associação Médica Mundial apoia AMB e condena políticas contrárias à revalidação de diploma internacional

Na última sessão da Assembleia, membros da WMA e representantes de associações nacionais de todo o mundo aprovaram

documento manifestando apoio aos médicos brasileiros na luta contra o programa Mais Médicos, condenando qualquer política

ou prática que interrompa os padrões aceitos para revalidação do diploma internacional de assistência em medicina. AWMA

pede que o governo brasileiro respeite o Código Internacional de Ética Médica. A Assembleia também endossa que o governo

brasileiro trabalhe em conjunto com a classe médica e escolas de medicina do país em todos os problemas relacionados à educação

médica, certificação dos médicos e da prática em medicina, além de respeitar o papel da Associação Médica Brasileira.

A resolução de apoio à AMB foi estabelecida e aprovada pela WMA no contexto do programa Mais Médicos, criado pelo governo

federal. Dentre outras medidas, o Brasil está importando médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma e sem realizar

exames que comprovem a fluência na língua portuguesa.

Fotos: Maísa Thomaz e Orlando

Florentino Cardoso, presidente da AMB

NOVEMBRO/DEZEMBRO

2013 •

JAMB

9