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19

JORNAL DA

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA • AMB

- NOV/DEZ -

2008

Com a implantação da TISS, tor-

nou-se necessária a padronização das

informações no sistema de saúde su-

plementar, pois cada operadora de

saúde utilizava referencial próprio,

com nomenclatura e codificação dis-

tintas. Em função disso, a ANS deci-

diu elaborar uma listagem na qual

constam procedimentos médicos e de

outros profissionais de saúde, que re-

cebeu o nome de Terminologia Unifi-

cada da Saúde Suplementar (TUSS).

ACBHPMfoi escolhida como o sis-

tema a ser utilizado como referencial

para procedimentos médicos na TUSS.

Para isso, foi necessário um ajuste téc-

nico para compatibilizá-la com o Rol

da ANS e com as diferentes tabelas uti-

lizadas pelas operadoras de planos de

saúde. Este ajuste foi finalizado após

quase um ano de trabalho, resultando

também na quinta edição da CBHPM,

que incorporou novos procedimentos e

descartou outros poucos que já não vi-

nham sendo praticados. Findo este tra-

balho, aANS divulgou a InstruçãoNor-

mativa nº 30, de 9/9/08, que determina

em seu Art.1º que “as operadoras de

planos privados de assistência à saúde

e prestadores de serviços de saúde de-

verão obrigatoriamente adotar a TUSS,

conforme proposto pela AMB, para

codificação de procedimentos médicos.

O Art. 2º determina a data de entrada

em vigor da Normativa: a partir de 31

de março de 2009.

“Devemos lembrar que na década de

90, após o lançamento da Tabela AMB

92, que não foi aceita por algumas ope-

radoras de saúde, perdemos o domínio

sobre os honorários profissionais. Perde-

mos tambémo referencial de nossa ativi-

dade, já que muitas operadoras passa-

ram a trabalhar com tabelas próprias,

incorporando ou não, sem a participa-

çãoda classemédica, novos procedimen-

CBHPM é referencial na área da

saúde suplementar

Foto: César Teixeira

Reunião da Comissão Nacional de Honorários: apresentação oficial da 5ª edição da CBHPM

tos. Em função disso é que a AMB lan-

çou, em 2003, a CBHPM, mecanismo

que nos fez recuperar o domínio sobre o

referencial de nossa atividade”, diz Flo-

rivalMeinão, coordenador daComissão

de Implantação da CBHPM.

Por sua vez, o COPISS (Comitê de

Padronização de Informações da Saú-

de Suplementar) decidiu também que:

a) Será responsabilidade da Associação

Médica Brasileira definir a codifica-

ção e os termos que constituirão a Ter-

minologia Unificada da Saúde Suple-

mentar; b) A AMB será responsável

pela manutenção, atualização e divul-

gação da TUSS referente a procedimen-

tos médicos, e suas propostas serão en-

caminhadas à ANS por meio do CO-

PISS; c) AAMBmanterá, para este tra-

balho, uma Câmara Técnica em cará-

ter permanente, sob sua coordenação,

composta por representantes nacionais

das entidades médicas, das sociedades

de especialidade e das entidades repre-

sentativas de planos de saúde.

“Esta decisão é de enorme importân-

cia para a classe médica, pois concede à

AMB, e por extensão às Sociedades de

Especialidade, a prerrogativa de incor-

poraçãode novos procedimentos na prá-

tica médica. Além de retomarmos esse

direito, a CBHPM passa também a ser

o único referencial para o setor de saúde

suplementar”, comemora Meinão, que

também representa a AMB no COPISS.

Honorários

A 5ª edição da CBHPM foi oficial-

mente apresentada à Comissão Naci-

onal de HonoráriosMédicos (CNHM)

em reunião realizada no dia 26 de se-

tembro, na sede da AMB (foto acima).

“Esta edição contém os últimos proce-

dimentos aprovados pela Câmara Téc-

nica, e o trabalho de ‘de-para’ entre o

rol da ANS e a quarta edição que con-

templa todos os procedimentos de co-

bertura obrigatória”, diz Amilcar Gi-

ron, presidente da Comissão.

A CNHM também aprovou o iní-

cio dos trabalhos que visa a compara-

ção entre a CBHPM e a tabela utiliza-

da pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Pretendemos elaborar um ‘de-para’

com as nomenclaturas, correspondên-

cia e os valores”, explica Giron.