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MARÇO/ABRIL 2009

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CBHPM: referencial

Desdeodia31demarçoanomen-

clatura e a codificação da CBHPM

estão sendo utilizadas no âmbito

da saúde suplementar. Essa decisão

é resultado do processo decorrente

da implantação da TISS (Troca de

Informações em Saúde Suplemen-

tar), quando tornou-se necessária

a padronização das informações no

sistema de saúde suplementar, pois

cada operadora de saúde utilizava

referencial próprio, com nomen-

clatura e codificação distintas. Em

função disso, a ANS decidiu elabo-

rar uma listagem na qual constam

procedimentos médicos e de outros

profissionais de saúde, que recebeu

o nome de Terminologia Unificada

da Saúde Suplementar (TUSS).

A CBHPM foi escolhida como

referencial para os procedimentos

médicos na TUSS. Para isso, foi

necessário um ajuste técnico para

compatibilizá-la com o rol da ANS

e com as diferentes tabelas utili-

zadas pelas operadoras de planos

de saúde. Este ajuste foi finalizado

após quase um ano de trabalho,

resultando também na quinta edi-

ção da CBHPM, que incorporou

novos procedimentos e descartou

outros poucos que já não vinham

sendo praticados. Findo este tra-

balho a ANS divulgou a Instrução

Normativa nº 30 de 9/9/08, que

determina em seu Art.1º que “as

operadoras de planos privados de

assistência à saúde e prestadores de

serviços de saúde deverão obrigato-

riamente adotar a TUSS, conforme

proposto pela AMB, para codifica-

ção de procedimentos médicos’’. O

Art. 2º determina a data de entrada

em vigor da Normativa: a partir de

31 de março de 2009.

“Devemos lembrar que na

década de 90, após o lançamento da

Tabela AMB 92, que não foi aceita

por algumas operadoras de saú-

de, perdemos o domínio sobre os

honorários profissionais. Perdemos

também o referencial de nossa ati-

vidade, já que muitas operadoras

passaram a trabalhar com tabelas

próprias, incorporando ou não, sem

a participação da classe médica,

novos procedimentos. Em função

disso é que a AMB lançou, em 2003,

a CBHPM, mecanismo que nos fez

recuperar o domínio sobre o re-

ferencial de nossa atividade”, diz

Florival Meinão, coordenador da

Comissão Nacional de Consolida-

ção e Defesa da CBHPM.

Por sua vez, o Comitê de Pa-

dronização de Informações da

Saúde Suplementar da ANS (CO-

PISS) decidiu também que: a) Será

responsabilidade da Associação

Médica Brasileira definir a codi-

ficação e os termos que constitui-

rão a Terminologia Unificada da

Saúde Suplementar; b) A AMB

será responsável pela manutenção,

atualização e divulgação da TUSS

referente a procedimentos médicos,

e suas propostas serão encaminha-

Fausto Pereira (esq.) e José Luiz Gomes do Amaral assinam convênio inédito

“As diretrizes contribuirão não

para uma, mas para diversas ações

dentro do sistema”, disse.

Wanderley Bernardo, coorde-

nador do Programa Diretrizes da

AMB/CFM, traçou histórico das

atividades desenvolvidas desde

2000, ano de criação do projeto. De

2002 a 2005, foram elaboradas 120

diretrizes; de 2006 a 2007, mais 120;

e de 2008 até agora, outras 120. Esse

trabalho contou com a participação

de 47 Sociedades de Especialidade.

“Desde o começo trabalhamos

para capacitar e produzir diretrizes

em linguagem única, baseada em

evidências científicas. Estava faltan-

do disseminar este material”, disse.

“Existe hoje uma tendência mun-

dial pela utilização de diretrizes na

assistência à saúde. A AMB e o CFM

já haviam vislumbrado essa propen-

são em 2000, quando deram início

ao projeto diretrizes. A assinatura

deste convênio é o reconhecimento à

importância deste trabalho, se obser-

vado por sua relevância no sentido

de auxiliar o médico em sua prática

diária. Também refletirá positiva-

mente na remuneração profissional

com a definição parâmetros para sua

implementação. Isso, sem dúvida,

trará enorme impacto na qualidade

da assistência”, afirma Akira Ishida,

professor titular do departamento

de Ortopedia da Unifesp e diretor de

Associação da Paulista de Medicina.

Akira Ishida: Convênio refletirá na

remuneração profissional