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MARÇO/ABRIL 2009
entrevista
Formado emMedicina pela Univer-
sidade Federal de Goiás, com espe-
cialização em Medicina Preventiva
e Social pela Universidade Federal
de Minas Gerais, Fausto Pereira
dos Santos é, desde 2004, diretor-
presidente da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS). An-
tes de ocupar o cargo, atuou como
diretor de Regulação, Avaliação e
Controle de Sistemas da Secretaria
de Atenção à Saúde, do Ministério
da Saúde. Foi ainda secretário mu-
nicipal de Saúde de Ipatinga (MG) e
secretário adjunto da Secretaria de
Saúde de Belo Horizonte. Nesta en-
trevista, Fausto fala sobre a TUSS,
CBHPM como referencial para o
setor de saúde suplementar e revi-
são do Rol de Procedimentos.
Qual a importância das diretri-
zes AMB/ANS para o sistema de
saúde suplementar?
A correta tomada de decisão em
situações clínicas, aliada à utiliza-
ção de tecnologias seguras e efeti-
vas para o diagnóstico e tratamen-
to das doenças, tem um impacto
crucial na qualidade da assistência
à saúde, especialmente quando
aliada ao estímulo e à realização
de ações que sejam eficazes na pro-
moção da saúde e na prevenção
de doenças. Além da melhoria da
qualidade assistencial, estas ações
trazem como resultado a alocação
mais eficiente de recursos.
Por que a ANS decidiu imple-
mentar diretrizes clínicas?
Há hoje um consenso em âmbito
internacional de que a implementa-
ção de diretrizes para a prevenção,
diagnóstico, tratamento e reabili-
tação de doenças, definidas a partir
das melhores evidências científicas
disponíveis acerca da eficácia e efe-
tividade de intervenções, produz
melhores resultados na população
assistida que a sua não utilização.
Desta forma, inúmeras organiza-
ções em diversos países do mundo
têm se dedicado à sistematização
de diretrizes para a assistência à
saúde.
Como estas diretrizes serão im-
plementadas no sistema? A ANS
exigirá sua obrigatoriedade?
A forma de implementação dessas
diretrizes ainda está sendo avaliada,
mas com certeza existem inúmeras
formas de fazê-la. A discussão per-
passará um Seminário Internacio-
nal, no Rio de Janeiro, e contará com
experiências do Chile, Colômbia e
Portugal. Esse seminário vem sendo
formulado em conjunto com a AMB
e a OPAS e visa, entre outras coisas,
avaliar formas de implementação de
Diretrizes Clínicas em outros países.
DiretrizesAMB/ANS:
Impactona qualidade
da assistência
Divulgação/ANS