CIENTíFICo DISCuTE
APLICAção DE NoVA LEI DE
RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA
câncer. No entanto, sua exequibilidade foi
questionada, e algumas preocupações foram
levantadas, como: quais serviços estariam
devidamente aparelhados para tal procedi-
mento; qual o impacto da lei sobre o sistema
público; e se o médico seria responsabilizado
caso a lei não pudesse ser cumprida por cau-
sa de deiciências no sistema público.
Baracat pediu, então, que as três especiali-
dades envolvidas (plástica, mastologia e can-
cerologia) elaborem um documento com ar-
gumentos técnicos e enviem à AMB.
RESIDÊNCIA MÉDICA
Outro assunto debatido foi a residên-
cia médica. José Bonamigo, representante
da AMB na Comissão Nacional de Residên-
cia Médica (CNRM), passou alguns informes
sobre o que foi discutido na última plenária
do grupo, realizada no mês de abril.
Ele mencionou algumas mudanças que
podem ocorrer na forma como o Programa
de Valorização do Proissional da Atenção
Básica (Provab) é aplicado, com boniicação
reduzida e apenas em cidades com menos
de 50 mil habitantes. O assunto, porém, ain-
da será tratado nas próximas plenárias da
CNRM. “A AMB é contra esse tipo de boni-
icação, inclusive já nos pronunciamos a res-
peito. Como não existem vagas de residência
para todos, achamos que os melhores médi-
cos devem ocupá-las”, falou Florentino Car-
doso, presidente da AMB.
u
m dos itens da pauta da reunião do
Conselho Cientíico da AMB, reali-
zada no dia 25 de abril (foto), foi a
Lei nº 12.802/13, promulgada pela
presidente Dilma Roussef e que
trata da obrigatoriedade da cirurgia plástica
reparadora da mama, no mesmo ato cirúrgi-
co, em casos de mutilação decorrente de tra-
tamento de câncer na rede de unidades in-
tegrantes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Por sugestão de Edmund C. Baracat, diretor
cientíico da AMB, o assunto foi levado para
o debate entre os representantes da Socieda-
de Brasileira de Mastologia, de Cancerologia
e de Cirurgia Plástica.
Todos consideraram a lei muito impor-
tante, pois 80% das mulheres não retornam
à mesa de cirurgia depois da primeira ope-
ração. Além de valorizar a mulher, a recons-
trução da mama faz parte do tratamento de
Fotos: César Teixeira
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JAMB
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MAIO/JUNHO
2013